BISCAINHO, LUIZ WAGNER PEREIRA Restauraοc~ao Digital de Sinais de Áudio Provenientes de Gravaοc~oes Musicais Degradadas [Rio de Janeiro] XI, p., 9,7 c

Μέγεθος: px
Εμφάνιση ξεκινά από τη σελίδα:

Download "BISCAINHO, LUIZ WAGNER PEREIRA Restauraοc~ao Digital de Sinais de Áudio Provenientes de Gravaοc~oes Musicais Degradadas [Rio de Janeiro] XI, p., 9,7 c"

Transcript

1 RESTAURACο ~AO DIGITAL DE SINAIS DE ÁUDIO PROVENIENTES DE GRAVACο ~OES MUSICAIS DEGRADADAS Luiz Wagner Pereira Biscainho TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENACο ~AO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUACο ~AO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENCο ~AO DO GRAU DE DOUTOR EM CI^ENCIAS EM ENGENHARIA ELÉTRICA. Aprovada por: Prof. PauloSérgioRamirez Diniz, Ph.D. Prof. Eduardo Ant^onio Barros da Silva, Ph.D. Prof. Jacques Szczupak, Ph.D. Prof. MárcioNogueira de Souza, D.Sc. Prof. Weiler Alves Finamore, Ph.D. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL DEZEMBRO DE

2 BISCAINHO, LUIZ WAGNER PEREIRA Restauraοc~ao Digital de Sinais de Áudio Provenientes de Gravaοc~oes Musicais Degradadas [Rio de Janeiro] XI, p., 9,7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc., Engenharia Elétrica, ) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. Restauraοc~ao de Áudio. Processamento Digital de Sinais I. COPPE/UFRJ II. T tulo (série) ii

3 Resumoda Tese apresentada a COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenοc~ao do grau de Doutor em Ci^encias (D.Sc.) RESTAURACο ~AO DIGITAL DE SINAIS DE ÁUDIO PROVENIENTES DE GRAVACο ~OES MUSICAIS DEGRADADAS Luiz Wagner Pereira Biscainho Dezembro/ Orientador: PauloSérgioRamirez Diniz Programa de Engenharia Elétrica Este trabalho apresenta um conjunto de técnicas de processamento digital de sinais de áudio orientadas para a restauraοc~ao de gravaοc~oes musicais deterioradas. Mesclandoaspectos teóricos e práticos, discute-se e afere-se odesempenhodas técnicas correntes es~ao propostas contribuiοc~oes no sentidode melhor interpretá-las e analisá-las, reduzir seu esforοco computacional ou melhorar seu desempenho. S~ao abordados tratamentos de ru do de fundo, ru do impulsivo e pulsos longos, envolvendo principalmente modelagem estat stica de sinais, representaοc~ao de sinais na freqü^encia, sistemas adaptativos, sistemas multitaxa e wavelets. Como coprodutos, traοcam-se discuss~oes sobre modelos, cujas aplicaοc~oes transcendem a restauraοc~ao de áudio. Há um esforοco em aplicar, quando poss vel, métodos objetivos adequados a avaliaοc~aode resultados práticos. iii

4 Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.) DIGITAL RESTORATION OF AUDIO SIGNALS FROM DEGRADED MUSICAL RECORDINGS Luiz Wagner Pereira Biscainho December/ Advisor: PauloSérgioRamirez Diniz Department: Electrical Engineering This work investigates a myriad of digital signal processsing techniques applied to restoration of degraded musical recordings. Mixing theoretical and practical aspects, current techniques have their performance discussed and analyzed, leading tonew contributions aiming new interpretations and analysis methods, reduced computational effort or better performance. Elimination of background noise, impulsive noise and long duration pulses are achieved by employing several techniques, mainly through statistical signal modelling, signal frequency description, adaptive systems, multirate systems and wavelets. As by-products, results related to ARMA models in sub-bands are advanced, of which potential applications transcend audio restoration. An effort is made in employing, whenever possible, appropriate objective methods to evaluate the quality oftherestored audiosignals. iv

5 Dedicoeste trabalho a Música e aos músicos, que, artistas que s~ao, fazem de sua loucura uma mensagem a Humanidade. v

6 Agradeοco a todas as pessoas que possibilitaram a elaboraοc~ao deste trabalho: minha fam lia, minha analista Ana Maria Rozzante de Castro e meus amigos extra-trabalho, pelo suporte pessoal; meus alunos-amigos que se aventuraram comigo nesta pesquisa, Paulo Ant^onio Andrade Esquef, Arthur Haerdy Jr., Fábio Pacheco Freeland, Mauro Flores de Carvalhoe CristianoNogueira dos Santos, sem os quais n~ao teria realizado a tese; meus outros alunos, que fazem parte do lado mais gratificante da minha profiss~ao; meu amigo duas vezes orientador PauloSérgio Ramirez Diniz, pela inspiraοc~ao e confianοca; meu amigo Eduardo Ant^onio Barros da Silva, pelo est mulo e exemplo; demais colegas-professores do Departamento de Eletr^onica, pelo apoio irrestrito que me proporcionaram; funcionários e demais alunos que também me honraram com sua colaboraοc~ao. Gostaria ainda de destacar que minha participaοc~ao no LPS tem sido inesgotável fonte de energia para minha evoluοc~aoprofissional e pessoal. vi

7 Sumário Folha de Rosto Ficha Catalográfica Resumo Abstract Dedicatória Agradecimentos Sumário i ii iii iv v vi vii Apresentaοc~ao. Uma Breve História do ÁudioGravado O Problema-Objetivo Elementos da Descriοc~ao de Sinais Musicais de Áudio Dom niocont nuo Modelo Estat stico Conteúdo Espectral Faixa Din^amica Percepοc~ao Dom niodiscreto Modelo Estat stico Taxa de Amostragem Númerode Bits de Representaοc~ao Percepοc~ao vii

8 .3..5 Padr~ao Adotado neste Trabalho I Sistemas e Modelos Efeito de Zeros, Pólos e Pares Zero-Pólo sobre uma Funοc~ao de Transfer^encia Discreta 3. Efeitode Zeroou Pólo Individual Efeitode Par Zero-Pólo Exemplo Efeito da Quantizaοc~ao sobre a Obtenοc~ao do Modelo AR para um Sinal de Áudio 9 3. Apresentaοc~ao do Problema Ind cio: Interpolaοc~aode Amostras Faltantes Baseada em Modelo Origem: CálculodoModeloAR Testes Adicionais Premissas Teóricas Descriοc~aodoErro de Quantizaοc~ao Estimaοc~aoLS de Par^ametros de Modelo AR Desviona Estimativa depar^ametros devido aru doaditivo Desviodos Pólos do Filtro Gerador devido ao Desvio nos Par^ametros domodeloar Explicaοc~oes e Soluοc~ao Modelo para um Processo AR Analisado em Oitavas por Banco de Filtros 4 4. Motivaοc~ao: Restauraοc~aode Áudio em Sub-Bandas CasoGeral: Modelo para um Processo ARMA Dividido em Sub-Bandas Modelo para um Processo AR Divididoem Oitavas Correlaοc~aoentre Sub-Bandas Uma Representaοc~ao Hierárquica Discuss~ao da Validade do Modelo Mapeamento de Zeros e Pólos em cada Sub-Banda viii

9 4.7. Bancode Filtros Ideais Bancode Filtros Realizáveis Exemplos Práticos e Constataοc~oes Aliasing e Reconstruοc~ao Perfeita no Processamento Multitaxa 9 II Restauraοc~ao 96 6 Psicoacústica e Avaliaοc~ao Objetiva de Qualidade Avaliaοc~aoda Qualidade de Sinais de Áudio Psicoacústica Audibilidade Mascaramento Bandas Cr ticas Espalhamento Compress~ao PAQM Proposta: PAQM Adaptada a Aferiοc~ao da Qualidade de Sinais Restaurados Interpolaοc~ao de Amostras Faltantes Baseada em Modelo 7. Formulaοc~aodoProblema Técnica de Base Determin stica: LS Estimativa deml Estimaοc~aopor EM A Necessidade do Vetor-Par^ametro Estimativa peloamostrador de Gibbs Da Implementaοc~ao Investigaοc~ao Realizada Testes e Resultados Interpolaοc~aode Sinal Quantizado Tratamento de Ru do Impulsivo 8. Caracterizaοc~ao ix

10 8. Restauraοc~ao sem Modelo: Filtragem por Mediana Restauraοc~ao com Modelagem do Sinal Notaοc~aoAdotada Detecοc~aopor Filtragem Inversa domodeloar + Interpolaοc~ao Restauraοc~aoBayesiana Aperfeiοcoamentoda Detecοc~ao por Invers~ao do Modelo AR Determinaοc~aoda Extens~ao da Falha Reiteraοc~aoe Parada doalgoritmopor Bloco Desempenho do Algoritmo Modificado N~ao-Detecοc~ao efalsoalarme Avaliaοc~aoSubjetiva Avaliaοc~aoObjetiva porcritérios Perceptivos Tratamentoem Sub-bandas Descriοc~aoe Discuss~ao Implementaοc~aoe Avaliaοc~ao Tratamento de Pulsos Longos 4 9. Restauraοc~ao por Similaridade Testes Realizados Supress~ao por Separaοc~ao de Processos AR Detecοc~ao Rápida Restauraοc~ao de Sinais Contaminados por Ru do de Fundo 55. Métodos Baseados noespectro Fundamentos Subtraοc~aoEspectral Filtragem de Wiener Investigaοc~ao Realizada Avaliaοc~aoInicial de Desempenho Proposiοc~oes Avaliaοc~aodas Proposiοc~oes Método Baseado em Wavelet: Wavelet Shrinkage Princ pios da DWT x

11 .. Compress~ao de Informaοc~aoUsandoWavelets A Reduοc~ao de Ru dode Fundo Métodos de Cálculodos Limiares Método Minimax e Variante Prática Método SURE (Stein's Unbiased Risk Estimate) Método H brido Investigaοc~ao: Avaliaοc~aoda Wavelet Shrinkage Sinais e Estratégia Medidas Conclus~oes ComentárioFinal Supressor Adaptativo de Ru do 8. Filtragem Adaptativa Supressor Adaptativo de Ru do Investigaοc~ao Realizada Testes Práticos sobre Sinais Reais Expectativas de Desempenho Avanοcos nos Métodos em Sub-bandas 89. Tratamento de Ru do Impulsivo Baseado em Modelo Realizado em Sub-bandas Revisitado Tratamentode Ru dode Fundopor Filtragem de Wiener Baseada na DFT numa Estrutura em Oitavas Filtragem de Wiener Baseada na DFT Filtragem de Wiener diretamente nas Sub-bandas Composiοc~aoProposta Descriοc~ao Avaliaοc~ao Refer^encias Bibliográficas xi

12 Cap tulo Apresentaοc~ao Aidéia para otema desta tese resultou, inicialmente, de um antigointeresse pessoal em música quanto as obras, as interpretaοc~oes e, como extens~ao natural, a sua gravaοc~ao. A formaοc~ao em Engenharia Eletr^onica e sua subseqüente especializaοc~ao em Processamento de Sinais forneceram o arsenal técnico que permitirácon- tribuir um pouco para a preservaοc~ao da integridade de realizaοc~oes art sticas únicas notempo. Cronologicamente, o desenrolar do trabalho partiu de uma ampla pesquisa dos métodos mais modernos e em aplicaοc~aona restauraοc~aodigital de gravaοc~oes musicais degradadas, na forma em que estavam documentados na literatura cient fica. O passoseguinte, que envolveu maciοcas doses de bom-senso e criatividade, foi implementar os métodos de maior interesse e testá-los em condiοc~oes reais. Detectados seus principais problemas e limitaοc~oes, buscaram-se meios de explicá-los, reduzi-los e/ou solucioná-los. Alguns dos meios teóricos empregados acabaram por merecer qualificaοc~ao como tópicos independentes, por sua generalidade. A avaliaοc~ao quantitativa dos resultados práticos também mereceu especial cuidado. A organizaοc~ao final do texto assumiu uma ordem bem diferente daquela em que o trabalho foi realizado. Preferiu-se apresentar na Parte I os desenvolvimentos e resultados mais genéricos referentes aos modelos associados ao processamento, deixandopara a Parte II oque diz respeito a restauraοc~aopropriamente dita. Embora isson~aopareοca óbviopreliminarmente, todos os Cap tulos se interligam. Por outro lado, excetuando-se o Cap tulo final, houve um esforοco em torná-los autocontidos, aomenos quantoaoseu assuntoprincipal, ocasionandoum m nimode redund^ancia.

13 As publicaοc~oes do autor associadas a este trabalho s~ao [] (Cap tulo ); [] (Cap tulo 3); [3] e [4] (Cap tulo 4); [5] e [6] (Cap tulo 8); [7] (Cap tulo 9); e [8] (Cap tulo). O autor tentou fazer com que o texto seguisse estritamente o vocabulário recomendado em [9]. A ediοc~aofoi feita em LaTeX [, ].. Uma Breve História do Áudio Gravado Como forma de ambientar historicamente oalvodeste trabalho, é apresentada a seguir uma cronologia [, 3] bastante simplificada do som gravado. 877 Edison faz a primeira gravaοc~aonum fonógrafo para cilindros de lat~ao. 885 Bell & Tainter patenteiam o grafofone para cilindros de cera, com sulcos cortados verticalmente. 888 Berliner patenteia o gramofone para discos de vulcanite de 7" de di^ametro, com sulcos cortados lateralmente e só lado gravado a 7 rpm, para produοc~ao em massa. 897 Os discos passam a ser feitos de goma-laca, ainda reproduzidos a partir de agulhas de aοcode press~ao equivalente a 7 g. 898 Poulser patenteia o telegrafone, gravador magnéticopara fiode aοco. 9 A Victor Co. lanοca discos de "a78rpm. 94 A Odeon produz em massa discos gravados em ambos os lados. 96 É lanοcada a vitrola, com corneta embutida. 9 Edison obtém qualidade acústica superior com o uso de agulhas de diamante. 93 Edison fabrica discos. 95 S~ao produzidos os primeiros discos gravados eletricamente, pelosistema Western Electric, desenvolvido nos Bell Labs da AT&T. Vitaphone & Warner Brothers demonstram discos de alum nio coberto de acetato a 33 /3 rpm para uso em sincronismo com filmes.

14 96 Brush vende agulhas piezoelétricas superleves. 97 A AMI Co. faz as primeiras jukeboxes. 98 Pleufmer patenteia a aplicaοc~aode pó magnético a fita de papel. 99 Edison fabrica os últimos cilindros e discos. A RCA se funde a Victor. 93 Blumlein patenteia um método de gravaοc~aobinaural (estéreo). A RCA apresenta discos de Victrolac com sulco largoa 33 /3 rpm, que n~ao se popularizam. 93 A BASF e a AEG-Telefunken desenvolvem a gravaοc~ao em fita magnética a partir da patente de Pleufmer, vindoa lanοcar o magnetofone em É cunhada a express~ao alta-fidelidade (Hi-Fi). 939 Camras inventa independentemente o gravador de fio, que se torna muito popular até 955 entre amadores. 948 A Columbia apresenta o disco long-play (LP) de " com microssulco a 33 /3 rpm em vinilite. É lanοcada a fita coberta de óxido férrico3m Scotch. A Magnecord faz oprimeirogravador de fita de rolo estéreo. 949 ARCA Victor apresenta odiscoextended-play (EP) de 7" com microssulco a 45 rpm em vinilite, mais tarde em poliestireno. 95 AMPEX e RCA comeοcam a trabalhar num video-tape recorder (VTR), fabricandoa primeira unidade móvel em ARCA Victor vende as primeiras fitas de rolo estéreo pré-gravadas. 958 O padr~aopara discos em estéreoé estabelecido. 963 A Philips demonstra o primeiro audiocassete compacto com fita de /8" de largura a 7/8 ips. 3

15 969 O sistema Dolby NR (Noise Reduction) é introduzido em fitas pré-gravadas. A Sony apresenta oprimeirovideocassete. 97 A Philips apresenta oprimeiroreprodutor de laser-disc (LD). 975 A Sony apresenta o video-cassete recorder (VCR) Betamax doméstico com fita de horade duraοc~ao. 976 AJVC apresenta ovcr VHS domésticocom fita de horade duraοc~ao. 977 RCA anuncia fitas de v deo de 4 horas de duraοc~ao. 978 A Pioneer desenvolve old. 979 ASony apresenta o walkman. 98 S~ao comercializados compact-discs (CD's) de 5". 983 É lanοcadoobeta HiFi VCR comsomfmdealta qualidade. 987 É apresentada a digital audio tape (DAT). 997 O digital video disc, depois digital versatile disc (DVD), se torna dispon vel comercialmente como meio de armazenamentode áudioe v deo e de dados de computador.. O Problema-Objetivo Com a tecnologia digital [4, 5], oarmazenamentode áudio sofreu sua maior revoluοc~aodesde a invenοc~aodofonógrafo. Pela primeira vez, foi poss vel gerar cópias rigorosamente iguais, garantir a perenidade de uma matriz, utilizar recursos de processamentoantes impensáveis e ter ocontrole sobre o bin^omio quantidade x qualidade da informaοc~ao. Por raz~oes históricas e art sticas, imediatamente se quis estender as gravaοc~oes analógicas as conquistas da nova era, quanto a possibilidade de preservá-las e, num passo adiante, de restaurar ou mesmo aumentar sua qualidade. Curiosamente, a mais ousada destas metas aumentar a qualidade motivou a primeira utilizaοc~aode processamento digital em música, na primeira metade dos anos 4

16 7 [6, 3], quandose aplicou a modelagem f sica dos sistemas de gravaοc~aodoin cio doséculo para, por filtragem inversa, reconstituir o sinal original. Considerando que o objetivo principal deste trabalho é o tratamento de sinais de áudiopré-gravados com vistas a recuperaοc~aode qualidade, faz-se necessário definir, em termos gerais, oconjunto-universo onde ele se insere. O primeiro aspecto a delimitar é o tipo das matrizes de áudio de que se ocupará otrabalho: cilindros, discos e fitas magnéticas [7]. Sendo essas as origens dos sinais, podemos classificar grosseiramente as falhas encontráveis em dois grandes grupos: distribu das e localizadas. As falhas distribu das podem ser de diversos tipos: ru do na forma de um chiado de fundo, de espectro largo em freqü^encia, aproximadamente plano (ru do branco) ou n~ao (ru do colorido), associado, em geral, ao uso de fitas magnéticas como meio de armazenamento; ru do de fundo de baixa freqü^encia, associado, em geral, a vibraοc~ao de motor no equipamento de gravaοc~ao ou reproduοc~ao; flutuaοc~oes de velocidade periódicas, originadas por excentricidade de disco, e n~ao-periódicas, origináveis na ediοc~ao e mixagem de diversas tomadas de som; e distorοc~oes globais, originadas em n~ao-linearidades inerentes aos processos de gravaοc~aoe reproduοc~ao. As falhas localizadas também podem ser de diversos tipos: ru do na forma de estalidos breves que, se muito próximos, podem dar a impress~ao de continuidade, caracterizado por pequenos pulsos dispersos aleatoriamente ao longo do sinal, e estalos n~ao-periódicos, caracterizados por pulsos de duraοc~ao relativamente longa, associados, em geral, a res duos agregados ou falhas no material do disco ou cilindro; estalos periódicos, também caracterizados por pulsos de duraοc~aorelativamente longa, originados por arranh~aoou quebra do discoou cilindro; ru dos periódicos de duraοc~ao muito longa, por vezes assemelhando-se a uma raspagem, originados, em geral, por res duos agregados no material ou desgaste n~ao-homog^eneo do disco ou cilindro; distorοc~ao por saturaοc~ao, caracterizada por limitaοc~ao r gida na amplitude do sinal, associada, em geral, a desgaste do disco ou cilindro ou a ajuste inadequado doequipamento de gravaοc~ao. Vale destacar que nem todos os ru dos presentes numa gravaοc~ao s~ao objeto de processamento. Pode ser desejável, por exemplo, preservar os ru dos da platéia em uma execuοc~ao aovivo, em nome da fidelidade. 5

17 .3 Elementos da Descriοc~ao de Sinais Musicais de Áudio O objetivo dessa Seοc~ao é prover alguma familiaridade com os sinais que se pretenderá, em geral, processar e com alguns princ pios e consideraοc~oes que podem ser empregados em sua modelagem..3. Dom nio Cont nuo.3.. Modelo Estat stico Descrever matematicamente um sinal de áudio musical gravado t pico de forma completa é uma tarefa imposs vel, se se consideram as infinitas possibilidades envolvendo seu espectro em freqü^encia (relacionado diretamente as notas musicais e aos timbres dos instrumentos) e sua pot^encia (relacionada diretamente a din^amica requerida) termos, aliás, imprecisos para essa categoria de sinais com caracter sticas t~aofortemente variantes notempo. Uma forma razoavelmente cautelosa de modelar um tal sinal é considerálo uma funοc~ao-amostra de um processo aleatório n~ao-estacionário [8, 9]. Nesse ponto, pode ser útil uma pequena discuss~ao: A maneira mais direta de associar esse modelo ao problema de restauraοc~ao, dadas diversas cópias de uma matriz, é interpretar cada uma como uma funοc~aoamostra de um processo composto de um sinal determin stico(osinal, propriamente dito) e outro, aleatório (as imperfeiοc~oes a eliminar). Contudo, na maioria dos casos, trata-se de restaurar uma única cópia dispon vel (ou de poucas cópias dispon veis) da gravaοc~ao, o que reduz a utilidade dessa abordagem. Alternativamente, pode-se atribuir um caráter aleatório ao próprio sinal de áudio (o que é mais usual). Porém, sem consideraοc~oes adicionais, a interpretaοc~ao f sica" do processo fica bem mais dif cil: o que formaria o ensemble? Avanοcando mais um passo nas hipóteses, se existe um intervalode tempo máximopara o qual o processo ainda pode ser considerado aproximadamente estacionário(oqual, para áudio musical t pico, costuma ser tomado entre 5 e 5 ms, conforme sua variabilidade maior ou menor no tempo) e se sup~oe a ergodicidade nesse intervalo (permitindo obter valores esperados a partir de médias temporais), está reabilitada a 6

18 interpretaοc~ao: uma única cópia do sinal (funοc~ao-amostra) pode responder peloprocesso n~ao-estacionário se janelas finitas permitirem caracterizar aproximadamente subprocessos estacionários ergódicos. Isso dispensa, na verdade, a interpretaοc~ao do ensemble, pois restringe a análise aotempo. Feitas tais consideraοc~oes, tornam a fazer sentido prático (para cada janela) pot^encia e espectro em freqü^encia, permitindo que se prossiga com a caracterizaοc~ao dosinal..3.. Conteúdo Espectral Costuma-se adotar os limites da audiοc~aohumana como Hz e khz[]. Assim sendo, parece razoável, para efeitode gravaοc~aode áudiomusical, buscar fidelidade aomenos dentrodesses limites. Contudo, este é um tópico pol^emico, gerando até hoje discuss~oes quanto ao limite superior útil do espectro em freqü^encia da informaοc~ao a gravar. Defendem alguns que freqü^encias n~ao decodificadas convencionalmente a partir do aparelho auditivo podem ser sentidas" de outras formas pelo corpo. Paralelamente, estudos t^em registrado que o espectro de instrumentos musicais (especialmente os de percuss~ao) pode atingir os khz com conteúdo ainda considerável! Outro dado importante, ligado ao refinamento necessário a descriοc~ao dos sinais musicais em freqü^encia, se refere a organizaοc~aoda escala musical. Atualmente, a música ocidental tradicional utiliza a escala temperada, que, adotando uma notapadr~ao, individualiza semitons dentrode cada oitavaespaοcados geometricamente. Por exemplo, escolhendo-se como padr~ao o lá em 44 Hz, o próximo lá estará em 88 Hz (a uma oitava de dist^ancia). E a raz~ao entre as freqü^encias de quaisquer semitons cont guos, por exemplo, si bemol e lá, é sempre ß ;6, ou seja, um semitom de dist^ancia corresponde a uma diferenοca de 6% em freqü^encia. Em funοc~ao do caráter predominantemente tonal da música, a inspeοc~ao do espectroem freqü^encia de um sinal de áudiomusical indica, usualmente, a presenοca de picos ressonantes e vales suaves. Representando-se esse sinal como a sa da de um filtro excitado por ru do branco (entrada com espectro plano), o filtro apresentará preferencialmente pólos a zeros. Outra representaοc~aoposs vel para osinal, de inspiraοc~aopróxima, é como uma combinaοc~aode senóides individualmente moduladas em 7

19 amplitude e freqü^encia [, ]. Alternativamente, a expans~ao do sinal como combinaοc~ao linear de funοc~oes-base apropriadas, como wavelets [3, 4], pode fornecer uma descriοc~ao que equilibra boa definiοc~aonotempoe na freqü^encia Faixa Din^amica A audiοc~ao humana responde a diferenοcas de press~ao sonora, entre o limiar da audiοc~aoe olimiar da dor, de aproximadamente db. Uma orquestra sinf^onica numa sala de concertos pode ultrapassar db de faixa din^amica. Tais valores prop~oem um limite ideal para o armazenamentodoáudio Percepοc~ao Embora esse tópico vá ser abordado com algum detalhe no Cap tulo6., vale mencionar dois aspectos [], ligados as Subseοc~oes.3.. e ffl A freqü^encia percebida auditivamente (pitch) n~aoé, em geral, a mesma emitida pela fonte sonora, podendo a diferenοca percentual entre elas variar com a própria freqü^encia emitida, com o conjunto de freqü^encias eventualmente emitidas em conjunto com ela, com a intensidade do som e até mesmo com o estado emocional do ouvinte! ffl O aparelhoauditivotem uma espécie de controle automáticode ganho, de tal forma que em ambientes silenciosos prepara-se para ouvir mais alto" (aumentando a capacidade de percepοc~ao de detalhes) e em ambientes mais ruidosos prepara-se para ouvir mais baixo" (protegendo o sistema auditivocontra continuada press~aoexcessiva). Esse mecanismotem uma inércia considerável; por isso, permanecemos um pouco surdos por um tempo após sair de um show em volume muitoelevado. Isso dá uma dimens~ao de quanto podem ser equ vocas as medidas quantitativas usuais na caracterizaοc~aodosom ouvido. 8

20 .3. Dom nio Discreto.3.. Modelo Estat stico Considerando o sinal de áudio discretizado, o modelo na forma de um filtro gerador excitado por ru do branco mencionado na Subseοc~ao.3.. recai na forma autorregressiva (AR), que utiliza um filtro IIR só-pólos; em geral, conforme o conteúdo espectral menos ou mais rico, uma ordem entre e 5 é suficiente para descrever o sinal. Outros modelos mais sofisticados podem ser adotados [6], como o autorregressivo com média móvel (ARMA), que acrescenta zeros ao filtro gerador [8, 5], e variaοc~oes do AR e do ARMA incorporando n~ao-linearidades..3.. Taxa de Amostragem Segundo o Critério de Nyquist [6], a menor taxa de amostragem de um sinal cont nuode espectrolimitadosuperiormente na freqü^encia f sup que permite sua perfeita recuperaοc~ao como sinal cont nuo é f sup. Tomando o limite superior da audiοc~ao como khz, o padr~ao mais popular ainda adotado para o áudio comercial de alta qualidade (o CD [4]) realiza a amostragem a 44, khz, após limitar convenientemente em freqü^encia osinal de áudiooriginal Número de Bits de Representaοc~ao O fato de o ouvido comprimir os sinais em pot^encia na percepοc~ao sugere que a quantizaοc~aodoáudioseja realizada de forma n~ao-linear, dando maior detalhe as diferenοcas entre pequenas amplitudes e menor detalhe as diferenοcas entre grandes amplitudes; pelomesmomotivo, parece desejável representar digitalmente suas amostras em ponto flutuante. Contudo, o padr~ao do CD [4] realiza quantizaοc~ao linear e representaοc~aoem pontofixocom 6 bits, oque resulta numa faixa din^amica teórica de cerca de 96 db Percepοc~ao Testes realizados com ouvintes especializados indicaram que a taxa de amostragem m nima e onúmerode bits m nimopara que fosse impercept vel a diferenοca entre uma gravaοc~ao analógica e uma gravaοc~ao digital eram 96 khz e 4 bits, res- 9

21 pectivamente. Deve-se notar que isso só determina o limite da pol^emica entre as gravaοc~oes digitais e analógicas, mas n~aoentre as gravaοc~oes digitais e o som original. De qualquer modo, a tecnologia já permite alcanοcar aqueles valores no padr~ao do DVD. Import^ancia crescente tem sido dada aos aspectos perceptivos na codificaοc~ao de áudio, permitindo atingir elevadas taxas de compress~ao com alta qualidade Padr~ao Adotado neste Trabalho Nos testes práticos efetuados ao longo deste trabalho, a menos de menοc~ao contrária, os arquivo sdeáudioa processar eram monaurais, amostrados a 44, khz e representados em ponto fixo com 6 bits. O processamento foi feito na precis~ao da máquina e os arquivos de sa da foram levados de volta ao formato original.

22 Parte I Sistemas e Modelos

23 Nesta Parte, figuram os tópicos teóricos que se originaram das investigaοc~oes em restauraοc~ao de áudio da Parte II e tinham um grau de generalidade tal que justificou sua apresentaοc~ao a parte. A ordem adotada foi aproximadamente a de crescente especificidade. O estudo sistemático do efeito de zeros e pólos em funοc~oes de transfer^encia discretas (assunto do Cap tulo ) surgiu do interesse em julgar a possibilidaade de simplificar a ordem do modelo derivadopara oprocessoar divididoem sub-bandas de freqü^encia (assunto do Cap tulo 4). Este modelo resultou da idéia de realizar o tratamento de ru do impulsivo em sub-bandas, apresentada na Seοc~ao 8.5. O estudo dos efeitos da quantizaοc~ao do sinal na obtenοc~ao de seu modelo AR (assunto do Cap tulo 3) buscou explicar o insucesso da interpolaοc~ao de sinais de áudio sob certas condiοc~oes, constatado na Subseοc~ao7.8.. Por fim, a discuss~ao sobre a reconstruοc~ao perfeita veio a tona após o uso bem-sucedido de bancos de filtros sem essa propriedade no processamento de ru dode fundo, na Subseοc~ao..4..

24 Cap tulo Efeito de Zeros, Pólos e Pares Zero-Pólo sobre uma Funοc~ao de Transfer^encia Discreta Em inúmeras aplicaοc~oes práticas, associam-se modelos (justificados fisicamente ou apenas matematicamente) a sinais e sistemas reais, de forma a permitir realizar algum tipo de processamento. A complexidade dos modelos determina, em última análise, a velocidade com que se pode realizar o processamento, com conseqü^encias sobre o alcance de sua eficácia. Assim, a utilizaοc~aode um modelo pressup~oe quase sempre sua máxima simplificaοc~ao sem comprometer o refinamentoque dele se espera na aplicaοc~aoem vista. Tendo em mente o interesse em reduzir a ordem do modelo adotado para um sistema discreto no tempo (aplicando-se, assim, diretamente, aos resultados do Cap tulo4), este Cap tulotenta quantificar oefeitoque oabandonode um zero, um pólo ou um par zero-pólo da funοc~ao de transfer^encia correspondente causaria sobre a resposta em freqü^encia do modelo. Como par^ametros de avaliaοc~ao, escolheramse os máximos desvios de módulo e de fase que os candidatos a descarte imp~oem, individualmente, a funοc~ao de transfer^encia. A estratégia adotada será, partindode um sistema de fase m nima, sem perda de generalidade, isolar a parcela que se deseja eliminar de sua funοc~aode transfer^encia global H(z) e compará-la com a funοc~ao de transfer^encia unitária. Os máximos desvios em relaοc~aoa esta representar~ao oerrocometido com a simplificaοc~ao. 3

25 Os diversos casos a seguir ser~ao apresentados, grosso modo, dos mais particulares para os mais gerais, de forma a facilitar sua interpretaοc~ao, embora pudessem ser todos reunidos no último, mais abrangente. Em [7, 8], a busca de fórmulas para cálculo de jh(e j! )j máx e jh(e j! )j m n para escalamento de filtros com funοc~oes de transfer^encia H(z) acaba por chegar a express~oes equivalentes as de desvio de módulo deste últimocaso equaοc~oes (.46), (.47) e (.48), embora descritas em funοc~aodos coeficientes dofiltro. Na seqü^encia, contudo, além de se formular também o desvio de fase, os resultados ser~ao descritos em funοc~ao dos módulos e fases dos zeros e pólos do filtro. Outrotrabalhoem linha próxima foi recentemente publicado em [9].. Efeito de Zero ou Pólo Individual Inicialmente, seráavaliada a eliminaοc~ao de zeros ou pólos. Pergunta a responder: qual a contribuiοc~ao do termo abandonado" a funοc~ao de transfer^encia global? Ser~ao examinados os casos de um zero real, dois zeros complexos conjugados, um pólo real e dois pólos complexos conjugados. Partindo do módulo e da fase de sua resposta em freqü^encia isolada, ser~ao obtidos em relaοc~ao a! o módulo m nimo m e o módulo máximo M, levando ao desvio máximo em relaοc~ao ao módulo unitário (ideal) M =máx( m; M ); (.) e o desvio máximo em relaοc~ao a fase nula (ideal). Tais par^ametros dependem da localizaοc~ao dos zeros ou pólos, em funοc~ao da qual ser~ao descritos anal tica e graficamente. Com refer^encia ao zero real a, considere-se a transfer^encia parcial Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por e H zr (z) = z a ; jaj < : (.) z jh zr (e j! )j = a cos! + a (.3) H zr (e j! ) = arctg a sen! a cos! : (.4) 4

26 Abandonar" o zero a corresponderia a fazer chega-se a H zr (z) ß : (.5) Definindo-se m como o m nimo e M como o máximo valor de jh zr (e j! )j, m = jaj; em! = 8 < : ß; se a< ; se a> (.6) e M =+jaj; em! = 8 < : ; se a< ß; se a>: (.7) O desvio máximode módulo, obtido pela equaοc~ao (.), é M = jaj: (.8) Definindo-se como o máximovalor do desvio j H zr (e j! )j, chega-se a na freqü^encia! = arccos a. = arcsen jaj; (.9) Com isso, obtiveram-se as express~oes que descrevem o efeito do zero real a sobre a resposta em freqü^encia global. Com refer^encia ao par de zeros complexos conjugados Ae ±jff, considere-se a transfer^encia parcial H zc (z) = z A cos ffz + A Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por e z ; A<: (.) jh zc (e j! )j = 4A cos ff cos! +A [ cos ff +cos(!)] 4A 3 cos ff cos! + A 4 (.) H zc (e j! ) = arctg A cos ff sen! A sen (!) A cos ff cos! + A cos(!) : (.) Abandonar" os zeros Ae ±jff corresponderia a fazer H zc (z) ß : (.3) 5

27 chega-se a e m = Definindo-se m como o m nimoe M comoomáximovalor de jh zc (e j! )j, 8 >< >: p Aj cos ffj + A ; se j cos ffj > p ( A )jsenffj; se j cos ffj < M = p +Aj cos ffj + A ; em! = A +A ; em! = 8 < : A +A ; em! = arccos O desvio máximode módulo M se obtém pela equaοc~ao (.). sendo 8 < : ; se <ff< ß ß; se ß <ff<ß +A A cos ff ; ß (.4) ß; se <ff< (.5) ; se ß <ff<ß: Definindo-se como o máximovalor dodesvioj H zc (e j! )j, chega-se a = máx (j H zc(e j! )j); (.6)! = arccos ( + 3A )cosff ± p ( A +9A 4 )cos ff +8A ( A ) 4A (.7) com»!» ß. Com isso, obtiveram-se as express~oes que descrevem oefeitodos zeros Ae ±jff sobre a resposta em freqü^encia global. A Figura. ilustra, respectivamente, os desvios de módulo e fase resultantes do abandono" de zeros, como funοc~oes de A, para ff =; ß 8 ; ß 4 ; 3ß 8 ; ß ; 5ß 8 ; 3ß 4 ; 7ß 8 e ß. Alguns exemplos: ffl Admitindo-se um desvio M = ; no módulo, o módulo máximo de cada zero descartável vai de A = p ;9 ß ;4359, para ff = ß, até A = ;, para ff =;ß. ffl Admitindo-se um desvio = ß na fase, o módulo máximo de cada zero descartável vai de A = p sen ß ß ;5559, paraff = ß,até A =senß ß ;564, para ff =;ß. O quadrado foi empregado por se tratar de um par de zeros, a fim de preservar a compatibilidade com os par^ametros definidos para o zero real simples. O fator foi empregado por se tratar de um par de zeros, a fim de preservar a compatibilidade com o par^ametro definido para o zero real simples. 6

28 ,5,9 α,8, π α M,7,6,5,4,3 π/8, 7π/8 π/4, 3π/4 3π/8, 5π/8 π/ θ,5, π π/8, 7π/8 π/4, 3π/4 3π/8, 5π/8, π/,,,,3,4,5,6,7,8,9 A,,,3,4,5,6,7,8,9 A Figura.: Efeito de zero sobre a transfer^encia. Com refer^encia ao pólo real b, considere-se a transfer^encia parcial H pr (z) = z ; jbj < : (.8) z b Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por e jh pr (e j! )j = Abandonar" o pólo b corresponderia a fazer chega-se a b cos! + b (.9) H pr (e j! b sen! ) = arctg b cos! : (.) H pr (z) ß : (.) Definindo-se m como o m nimo e M como o máximo valor de jh pr (e j! )j, m = +jbj ; em! = 8 < : ; se b< ß; se b> (.) e M = jbj ; em! = 8 < : ß; se b< ; se b>: O desvio máximode módulo, obtido pela equaοc~ao (.), é M = jbj jbj (.3) (.4) 7

29 Definindo-se como o máximovalor do desvio jh pr (e j! )j, chega-se a = arcsen jbj; (.5) na freqü^encia! = arccos b. Com isso, obtiveram-se as express~oes que descrevem o efeito do pólo real b sobre a resposta em freqü^encia global. Com refer^encia ao par de pólos complexos conjugados Be ±jfi, considere-se a transfer^encia parcial H pc (z) = z z ; B < : (.6) B cos fiz + B Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por e jh pc (e j! )j = 4B cos fi cos! +B [ cos fi +cos(!)] 4B 3 cos fi cos! + B 4 (.7) H pc (e j! ) = arctg [B cos fi sen! B sen (!)] B cos fi cos! + B cos(!) : (.8) Abandonar" os pólos Be ±jfi corresponderia a fazer H pc (z) ß : (.9) chega-se a Definindo-se m como o m nimoe M como o máximovalor 3 de jh pc (e j! )j, m = p +Bj cos fij + B ; em! = 8 < : ß; se <fi< ß ; se ß <fi<ß: (.3) e M = 8 >< >: B ; se j cos fij > p Bj cos fij+b +B ; em! = 8 < : B ; se j cos fij < p( B )jsenfij +B ; em! = arccos ; se <fi< ß ß; se ß <fi<ß +B B cos fi : (.3) O desvio máximode módulo M se obtém pela equaοc~ao (.). 3 O quadrado foi empregado por se tratar de um par de pólos, a fim de preservar a compatibilidade com os par^ametros definidos para o pólo real simples. 8

30 Definindo-se como o máximovalor 4 dodesvioj H pc (e j! )j, chega-se a = máx (j H pc(e j! )j); (.3) sendo! = arccos (+3B )cosfi ± p ( B +9B 4 )cos fi +8B ( B ) 4B (.33) com»!» ß. Com isso, obtiveram-se as express~oes que descrevem oefeitodos pólos Be ±jfi sobre a resposta em freqü^encia global. A Figura. ilustra, respectivamente, os desvios de módulo e fase resultantes do abandono" de pólos, como funοc~oes de B, para fi =; ß 8 ; ß 4 ; 3ß 8 ; ß ; 5ß 8 ; 3ß 4 ; 7ß e ß. 8,5,8 β,6 β,4, π,, π M π/8, 7π/8 θ π/8, 7π/8,8,6,4 π/4, 3π/4 3π/8, 5π/8,5 π/4, 3π/4 3π/8, 5π/8 π/, π/,,,3,4,5,6,7,8,9 B,,,3,4,5,6,7,8,9 B Figura.: Efeito de pólo sobre a transfer^encia. Alguns exemplos: ffl Admitindo-se um desvio M = ; no módulo, o módulo máximo de cada pólo descartável vai de B = p ß ;466, para fi = ß, até B = ß ;99, para fi =;ß. ffl Admitindo-se um desvio = ß na fase, o módulo máximo de cada pólo descartável vai de B = p sen ß ß ;5559!, para fi = ß, até B = sen ß ß ;564, para fi =;ß. 4 O fator foi empregado por se tratar de um par de pólos, a fim de preservar a compatibilidade com o par^ametro definido para o pólo real simples. 9

31 Nota-se que zeros e pólos de fases próximas de zero ou próximas de ß t^em efeitomais significativoque zeros epólos de fases próximas de ß. Assim, é poss vel formular um teste simplificado que adote um único módulo como limiar de abandono", qualquer que seja a fase do zero ou pólo; nesse caso, deve ser usadoode pior caso, correspondente a fase nula.. Efeito de Par Zero-Pólo Na seqü^encia, será avaliado o cancelamento entre zeros e pólos próximos. Pergunta a responder: qual a contribuiοc~aodoquociente abandonado" a funοc~aode transfer^encia global? Ser~ao examinados os casos de um zero real com um pólo real e dois zeros complexos conjugados com dois pólos complexos conjugados. Partindo do módulo e da fase da resposta em freqü^encia isolada da raz~ao entre zero e pólo, ser~ao obtidos em relaοc~ao a! o módulo m nimo m e o módulo máximo M, levando ao desvio máximo M em relaοc~ao ao módulo unitário (ideal), e o desvio máximo em relaοc~ao a fase nula (ideal). Tais par^ametros dependem da localizaοc~ao dos zeros e pólos, em funοc~ao da qual ser~ao descritos anal tica e graficamente. Com relaοc~aoaozeroreal a e ao pólo real b, considere-se a transfer^encia parcial Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por H zpr (z) = z a ; jaj; jbj < : (.34) z b e jh zpr (e j! )j = a cos! + a b cos! + b (.35) H zpr (e j! (a b) sen! ) = arctg (a + b)cos! + ab : (.36) Cancelar" o pólo b com o zero a corresponderia a fazer chega-se a H zpr (z) ß : (.37) Definindo-se m como o m nimo e M como o máximo valor de jh zpr (e j! )j, m = 8 < : +a ; se a<b; em! = ß +b (.38) a b ; se a>b; em! =

32 e M = 8 < : a ; se a<b; em! = b (.39) +a +b ; se a>b; em! = ß: O desvio máximode módulo, obtido pela equaοc~ao (.), é M = ja bj jbj (.4) Definindo-se comoomáximovalor do desvio j H zpr (e j! )j, chega-se a na freqü^encia! = arccos a+b +ab. = arcsen ja bj ab ; (.4) Com isso, obtiveram-se as express~oes que descrevem o efeito de raz~ao entre ozeroreal a e opólo real b sobre a respo sta em freqü^encia global. Com refer^encia ao par de zeros complexos conjugados Ae ±jff e aopar de pólos complexos conjugados Be ±jfi, considere-se a transfer^encia parcial H zpc (z) = z A cos ffz + A z ; A; B < : (.4) B cos fiz + B Sua resposta em freqü^encia pode ser descrita por e jh zpc (e j! )j = 4A cos ff cos! +A [ cos ff +cos(!)] 4A 3 cos ff cos! + A 4 4B cos fi cos! +B [ cos fi +cos(!)] 4B 3 cos fi cos! + B 4 H zpc (e j! ) = arctg (.43) sen! A cos ff sen! sen! B cos fi sen! arctg cos! A cos ff cos!+a cos! B cos fi cos!+b : (.44) Cancelar" os zeros Ae ±jff com os pólos Be ±jfi corresponderia a fazer H zpc (z) ß : (.45) chega-se a Definindo-se m como o m nimoe M como o máximovalor 5 de jh zpc (e j! )j, m = q m n(jh zpc ()j; jh zpc ( )j; jh zpc (e j! )j;:::;jhzpc (e j! I )j) (.46) 5 O quadrado foi empregado por se tratar de um par de zeros e um par de pólos, a fim de preservar a compatibilidade com os par^ametros definidos para o par zero-pólo real simples.

33 e M = q máx(jh zpc ()j; jh zpc ( )j; jh zpc (e j! )j; :::; jh zpc (e j! I )j); (.47) sendo! i ; i =; :::; I, asi poss veis soluοc~oes de 4AB[A( + B )cosfi B( + A )cosff]cos!+ +[4A B (cos ff cos fi) (A B )( A B )] cos!+ +A( + A )[( B ) +4B cos fi]cosff B( + B )[( A ) +4A cos ff]cosfi = (.48) com»!» ß. O desvio máximode módulo M se obtém pela equaοc~ao (.). Definindo-se como o máximovalor 6 dodesvioj H zpc (e j! )j, chega-se a = máx (j H zpc(e j! )j; :::; j H zpc (e j! J )j); (.49) sendo! j ; j =; :::; J, asj poss veis soluοc~oes de 4AB[A( B )cosfi B( A )cosff]cos 3! (A B )( + A B +4AB cos ff cos fi)cos!+ +[+3(A +B )+A B +4AB cos ff cos fi][a( B )cosff B( A )cosfi]cos! (A B )( A B )+[B ( A 4 )cos fi A ( B 4 )cos ff)] = com»!» ß. (.5) Com isso, obtiveram-se as express~oes que definem o efeito da raz~ao entre os zeros Ae ±jff e ospólos Be ±jfi sobre a resposta em freqü^encia global. Para ilustrar os desvios de módulo e fase resultantes do cancelamento aproximadode zeros por pólos, dois casos particulares ser~aoexaminados. As Figuras.3 e.4 mostram, respectivamente, os desvios de módulo e fase quando a fase dos zeros é igual a fase dos pólos como funοc~oes de A, e as Figuras.5 e.6 mostram, respectivamente, os desvios de módulo e fase quando o módulo dos zeros é igual aomódulo dos pólos como funοc~oes de ff, para B =; 6 ; 8 ; 4 ; e;9 efi =; ß 8 ; ß 4 ; 3ß 8 ; ß ; 5ß 8 ; 3ß 4 ; 7ß 8 e ß. Alguns exemplos: 6 O fator foi empregado por se tratar de um par de zeros e um par de pólos,afimdepreservar a compatibilidade com o par^ametro definido para o par zero-pólo real simples.

34 β=,π β=π/8,7π/8,9,9,8,8,7,7,6,6 M,5 M,5,4,4,3,3,,,, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A β=π/4,3π/4 β=3π/8,5π/8,9,9,8,8,7,7,6,6 M,5 M,5,4,4,3,3,,,, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A β=π/,9,8,7,6 M,5,4,3,, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A Figura.3: Efeito de zero e pólo de fases iguais no módulo da funοc~ao de transfer^encia. 3

35 β=,π β=π/8,7π/8,5,,8 θ θ,6,5,4, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A β=π/4,3π/4 β=3π/8,5π/8,9,8,8,7,6 θ,6 θ,5,4,4,3,,, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A β=π/,7,6,5 θ,4,3,, B /6 /8 /4 /,9,,,3,4,5,6,7,8,9 A Figura.4: Efeito de zero e pólo de fases iguais na fase da funοc~ao de transfer^encia. 4

36 B=/6 B=/8,,5,,,8 M,6 M,5,4,,,5 β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α B=/4 B=/,6,8,5,6,4,4, M,3 M,8,,6, β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α,4, β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α B=,9,8,6,4, M,8,6,4, β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α Figura.5: Efeito de zero e pólo de módulos iguais no módulo da funοc~ao de transfer^encia. 5

37 B=/6 B=/8,,,,8,5 θ,6 θ,,4,,5 β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α B=/4 B=/,9 θ,45,4,35,3,5, θ,8,7,6,5,4,5,3,,,5 β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α, β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α B=,9,4,,8 θ,6,4, β π/8 π/4 3π/8 π/ 5π/8 3π/4 7π/8 π,5,5,5 3 α Figura.6: Efeito de zero e pólo de módulos iguais na fase da funοc~ao de transfer^encia. 6

38 ffl Admitindo-se um desvio M = ; no módulo, o módulo de um zero que cancele aproximadamente um pólo de módulo B = ;9, tendoambos fase nula, vai de A =;89 até A =;9. ffl Admitindo-se um desvio = ß na fase, o módulo de um zero que cancele aproximadamente um pólo de módulo B =;9, tendo ambos fase nula, vai de A = ;9 sen( ß ) ;9sen( ß ) ß ;8654 até A = ;9+sen( ß ) +;9sen( ß ) ß ;96. ffl Admitindo-se um desvio M =; nomódulo, a fase de um zero que cancele aproximadamente um pólo de fase fi = ß, tendo ambos módulo igual a ;9, vai de ff ß ß ;445 até ff ß ß +;445. ffl Admitindo-se um desvio = ß na fase, a fase de um zero que cancele aproximadamente um pólo de fase fi = ß, tendo ambos módulo igual a ;9, vai de ff ß ß ;3345 até ff ß ß +;3345. No caso de fases iguais, nota-se que: para uma dada diferenοca relativa entre seus módulos, a raz~ao entre zeros e pólos de fases próximas de ou próximas de ß tem efeito mais significativo que a raz~ao entre zeros e pólos de fases próximas de ß; e o efeitoda diferenοca percentual entre os módulos do zero e do pólo se acentua com o aumentodomódulo do pólo. Assim, é poss vel formular um teste simplificado que adote para o zero um único módulo como limiar de cancelamento de um pólo, qualquer que seja sua fase; ent~ao, deve ser usado o de pior caso, correspondente a fase nula. No caso de módulos iguais, nota-se que: o efeito da diferenοca entre as fases do zero e do pólo se acentua com o aumento do módulo do pólo; para uma dada diferenοca entre suas fases, o efeito da raz~ao entre zeros e pólos tende a independer da fase dopólo, a medida que seu módulo aumenta. Assim, é poss vel formular um teste simplificadoque adote para ozerouma diferenοca de fase única como limiar de cancelamentode um pólo, qualquer que seja sua fase; ent~ao, por simplicidade, pode ser usado, ainda que n~aosendoo pior caso, o correspondente a fase igual a ß. No caso mais geral (e realista) em que módulos e fases s~ao diferentes, é poss vel adotar como teste simplificado a combinaοc~ao dos dois testes simplificados anteriores. 7

39 .3 Exemplo Para ilustrar ousodos critérios sugeridos para reduοc~ao da ordem de modelos, seja um modelo cuja funοc~aode transfer^encia inclui um pólo complexo ;9e j;5ß eum zero complexo ;89e j;7ß. Deseja-se saber se este par pode ser desprezado, caso se aceitem desvios M < ; e < ;ß na resposta em freqü^encia global. O cálculo diretofornece M = ;948 e = ;889ß, o u seja, opar pode ser desprezado. Adotando-se o critériocombinadobaseadonos módulos e fases do par, proposto no final da Seοc~ao.: supondo ff = fi = ß, B =;9 resultaria em M =;46 4 e = ;88ß; supondo A = B = ;9, fi = ß 4 resultaria em M = ;77 e = ;98ß. Tendo satisfeitoos testes simultaneamente, o par seria consideradodesprez vel. Alternativamente, adotando-se o critério combinado simplificado: supondo fases iguais e adotando as restriοc~oes referentes a fi =, B = ;9 resultaria em uma faixa ja ;9j < ; para que se admitisse o cancelamento do par; supondo módulos iguais e adotando as restriοc~oes referentes a fi = ß, B = ;9 resultaria em uma faixa jff ;5ßj < ;5ß para que se admitisse ocancelamentodopar. Ambas as condiοc~oes tendo sido atendidas, o teste simplificado também autorizaria a reduοc~ao da ordem do modelo. 8

40 Cap tulo 3 Efeito da Quantizaοc~ao sobre a Obtenοc~ao do Modelo AR para um Sinal de Áudio Uma situaοc~ao recorrente no processamento digital de sinais de voz e áudio é a necessidade de se estimar um modelo estat stico para descrever esses sinais. Um modelo freqüentemente adotado é oprocessoautorregressivo (AR), obtido pela passagem de ru do branco por um filtro digital linear só-pólos. E, tipicamente, as vers~oes discretas desses sinais s~ao representadas digitalmente em ponto fixo. Da o interesse em estudar oefeitodoerrode quantizaοc~ao dos sinais sobre seu modelo AR. Este Cap tulo parte de um problema prático encontrado num contexto de restauraοc~ao de sinais de áudio, mais especificamente na interpolaοc~ao de amostras faltantes baseada em modelo (v. Seοc~ao 7.8.), o qual mostra-se ter origem na estimativa polarizada do modelo AR para sinais que sofreram quantizaοc~ao. Revisam-se aspectos relacionados com o desvio dos coeficientes domodeloar devido a quantizaοc~ao do sinal modelado, permitindo descrever o desvio nos coeficientes em funοc~ao donúmerode bits da representaοc~aodosinal e, potencialmente, corrigi-lo. Investigase, ainda, a sensibilidade da posiοc~aodos pólos do filtro gerador associado em relaοc~ao aos coeficientes, explicando a ocorr^encia preferencial do desvio de pólos em dadas regi~oes do espectro. 9

41 3. Apresentaοc~ao do Problema 3.. Ind cio: Interpolaοc~ao de Amostras Faltantes Baseada em Modelo Em determinado estágio deste trabalho, no qual se estudava a interpolaοc~ao de amostras faltantes num sinal baseada em modelo (Subseοc~ao 7.8.), verificou-se que a quantizaοc~aodosinal pode prejudicar a interpolaοc~ao. O exemplo que denunciou o problema consistia em interpolar 4 amostras num sinal formado pela soma de senóides de freqü^encias distintas. O resultado, reproduzido na Figura 3., indica que a senóide de freqü^encia inferior n~ao foi interpolada entre as amostras 375 e x amostra k Figura 3.: Sinal quantizado interpolado. Testes preliminares revelaram que a anomalia era gradativamente eliminada com o aumento do número de bits com que se quantizava o sinal a interpolar (originando-se, portanto, nesta quantizaοc~ao) e ocorria preferencialmente com freqü^encias baixas. Por outro lado, n~ao era afetada pelo número de amostras a interpolar nem pelotamanhodobloco, sugerindoque poderia n~aoser propriamente a interpolaοc~aoa falhar, mas apenas ocálculodomodelo nela envolvido. 3

42 3.. Origem: Cálculo do Modelo AR O sinal doexemplocitadona Subseοc~ao3.. é um processo AR de 4a. ordem degenerado na soma de senóides, cujo filtro gerador teórico associado teria pólos e ±j ß e e ±j ß 5. Calcularam-se os pólos referentes a estimativa porm nimos Quadrados (LS) dos coeficientes domodeloar para o bloco completo do sinal quantizado em 6 bits, obtendo-se aproximadamente, ;93 e e ±j ß 53. Isso confirmou a observaοc~aode que só a senóide na freqü^encia superior era interpolada de fato, sóela era modelada, enquanto a outra dava origem a pólos reais. Com isso, o objetivopassou a ser explicar a relaοc~aoentre oerrona modelagem e a quantizaοc~ao do sinal a modelar, além do motivo da ocorr^encia preferencial do problema em baixas freqü^encias Testes Adicionais AR genéricos. Abandonou-se o caso especial da senóide e efetuaram-se testes sobre processos Processos de primeira ordem n~aotrouxeram informaοc~oes de interesse. Independendode quantizaοc~ao, processos de segunda ordem com pólos complexos forneceram indicaοc~oes de cunho geral: ffl O modelo falha para fase exageradamente baixa, abaixo de ß ; a t tulode ilustraοc~ao, no caso de áudioamostradoa 44, khz, uma senóide de freqü^encia ß corresponde a,5 Hz, ou seja, nolimite inferior da audiοc~aohumana. ffl A estimativa da localizaοc~ao dos pólos é t~ao menos precisa quanto mais o módulo m se afasta da unidade; isson~aoé necessariamente um problema, uma vez que pólos de módulo reduzido contribuem pouco na resposta em freqü^encia (v. Seοc~ao.). Passandoaocasode quarta ordem quantizado, em que se enquadra o exemplo já discutidodas senóides, fizeram-se outras constataοc~oes. ffl Embora houvesse a prefer^encia genérica pelas fases reduzidas, a anomalia ocorria em funοc~ao dos valores das duas fases tomados em conjunto; por exemplo, = ß = ß ß n~ao era modelada se combinada com < < ß, enquanto que n~aoera modelada se combinada com ß < < ß. 3

CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse

CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse Objetivos do Projeto Arquitetura EDW A necessidade de uma base de BI mais robusta com repositório único de informações para suportar a crescente necessidade

Διαβάστε περισσότερα

Eletromagnetismo. Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística. ...:: Solução ::...

Eletromagnetismo. Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística. ...:: Solução ::... Eletromagnetismo Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística Lista -.1 - Mostrar que a seguinte medida é invariante d 3 p p 0 onde: p 0 p + m (1)

Διαβάστε περισσότερα

Tema 3. Espazos métricos. Topoloxía Xeral,

Tema 3. Espazos métricos. Topoloxía Xeral, Tema 3. Espazos métricos Topoloxía Xeral, 2017-18 Índice Métricas en R n Métricas no espazo de funcións Bólas e relacións métricas Definición Unha métrica nun conxunto M é unha aplicación d con valores

Διαβάστε περισσότερα

Tema: Enerxía 01/02/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA

Tema: Enerxía 01/02/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA Tema: Enerxía 01/0/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA Nome: 1. Unha caixa de 150 kg descende dende o repouso por un plano inclinado por acción do seu peso. Se a compoñente tanxencial do peso é de 735

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS DE REFORZO: RECTAS E PLANOS

EXERCICIOS DE REFORZO: RECTAS E PLANOS EXERCICIOS DE REFORZO RECTAS E PLANOS Dada a recta r z a) Determna a ecuacón mplícta do plano π que pasa polo punto P(,, ) e é perpendcular a r Calcula o punto de nterseccón de r a π b) Calcula o punto

Διαβάστε περισσότερα

Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα

Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα - Γενικά Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα Quando foi emitido seu/sua [documento]? Για να ρωτήσετε πότε έχει

Διαβάστε περισσότερα

Pessoal Cumprimentos. Cumprimentos - Casamento. Cumprimentos - Noivado

Pessoal Cumprimentos. Cumprimentos - Casamento. Cumprimentos - Noivado - Casamento Συγχαρητήρια. Σας ευχόμαστε όλη την ευτυχία του κόσμου. Frase usada para felicitar um casal recém-casado Θερμά συγχαρητήρια για τους δυο σας αυτήν την ημέρα του γάμου σας. Frase usada para

Διαβάστε περισσότερα

Inscrição Carta de Referência

Inscrição Carta de Referência - Introdução Αγαπητέ κύριε, Αγαπητέ κύριε, Formal, destinatário do sexo masculino, nome desconhecido Αγαπητή κυρία, Αγαπητή κυρία, Formal, destinatário do sexo femino, nome desconhecido Αγαπητέ κύριε/κύρια,

Διαβάστε περισσότερα

Procedementos operatorios de unións non soldadas

Procedementos operatorios de unións non soldadas Procedementos operatorios de unións non soldadas Técnicas de montaxe de instalacións Ciclo medio de montaxe e mantemento de instalacións frigoríficas 1 de 28 Técnicas de roscado Unha rosca é unha hélice

Διαβάστε περισσότερα

Αιτήσεις Συνοδευτική Επιστολή

Αιτήσεις Συνοδευτική Επιστολή - Εισαγωγή Αξιότιμε κύριε, Επίσημη επιστολή, αρσενικός αποδέκτης, όνομα άγνωστο Αξιότιμη κυρία, Επίσημη επιστολή, θηλυκός αποδέκτης, όνομα άγνωστο Αξιότιμε κύριε/ κυρία, Prezado Senhor, Caro Senhor, Prezada

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS. 3. Cal é o vector de posición da orixe de coordenadas O? Cales son as coordenadas do punto O?

EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS. 3. Cal é o vector de posición da orixe de coordenadas O? Cales son as coordenadas do punto O? EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS Representa en R os puntos S(2, 2, 2) e T(,, ) 2 Debuxa os puntos M (, 0, 0), M 2 (0,, 0) e M (0, 0, ) e logo traza o vector OM sendo M(,, ) Cal é o vector de

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II Código: 26 (O alumno/a debe responder só os exercicios dunha das opcións. Puntuación máxima dos exercicios de cada opción: exercicio 1= 3 puntos, exercicio 2= 3 puntos, exercicio

Διαβάστε περισσότερα

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Gabarito - Monitoria 01-10/04/2007

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Gabarito - Monitoria 01-10/04/2007 EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA Gabarito - Monitoria 0-0/04/2007 Eduardo P Ribeiro eduardopr@fgvbr Professor Ilton G Soares iltonsoares@fgvmailbr Monitor 0 Sobre o coeficiente de determinação R 2 e o coeficiente

Διαβάστε περισσότερα

Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλητική Αρσ. γλ υκοί γλ υκών γλ υκούς γλ υκοί Θηλ. γλ υκές γλ υκών γλ υκές γλ υκές Ουδ. γλ υκά γλ υκών γλ υκά γλ υκά

Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλητική Αρσ. γλ υκοί γλ υκών γλ υκούς γλ υκοί Θηλ. γλ υκές γλ υκών γλ υκές γλ υκές Ουδ. γλ υκά γλ υκών γλ υκά γλ υκά Επίθετα και Μετοχές Nic o las Pe lic ioni de OLI V EI RA 1 Apresentação Modelo de declinação de adjetivos e particípios (επίθετα και μετοχές, em grego) apresentado pela universidade Thessaloniki. Só é

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού - Στην είσοδο Eu gostaria de reservar uma mesa para _[número de pessoas]_ às _[hora]_. Για να κάνετε κράτηση Uma mesa para _[número de pessoas]_, por favor. Για να ζητήσετε τραπέζι Eu gostaria de reservar

Διαβάστε περισσότερα

Ακαδημαϊκός Λόγος Κύριο Μέρος

Ακαδημαϊκός Λόγος Κύριο Μέρος - Επίδειξη Συμφωνίας De modo geral, concorda-se com... porque... Επίδειξη γενικής συμφωνίας με άποψη άλλου Tende-se a concordar com...porque... Επίδειξη γενικής συμφωνίας με άποψη άλλου Parlando in termini

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού - Στην είσοδο Eu gostaria de reservar uma mesa para _[número de pessoas]_ às _[hora]_. Για να κάνετε κράτηση Uma mesa para _[número de pessoas]_, por favor. Για να ζητήσετε τραπέζι Você aceita cartão de

Διαβάστε περισσότερα

Τ ο οριστ ικό άρθρο ΕΝΙΚΟΣ Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλ ητική Αρσενικός ο του το(ν) Θηλ υκός η της τη(ν) Ουδέτερο το του το ΠΛΗΘΥ ΝΤΙΚΟΣ

Τ ο οριστ ικό άρθρο ΕΝΙΚΟΣ Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλ ητική Αρσενικός ο του το(ν) Θηλ υκός η της τη(ν) Ουδέτερο το του το ΠΛΗΘΥ ΝΤΙΚΟΣ Apresentação Άρθρο και Ουσιαστικά Nic o las Pe lic ioni de OLI V EI RA 1 Modelo de declinação de artigos e substantivos (άρθρο και ουσιαστικά, em grego) apresentado pela universidade Thessaloniki. Só é

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2010 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2010 MATEMÁTICAS II PAU XUÑO 010 MATEMÁTICAS II Código: 6 (O alumno/a deber responder só aos eercicios dunha das opcións. Punuación máima dos eercicios de cada opción: eercicio 1= 3 punos, eercicio = 3 punos, eercicio 3 =

Διαβάστε περισσότερα

ln x, d) y = (3x 5 5x 2 + 7) 8 x

ln x, d) y = (3x 5 5x 2 + 7) 8 x EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: CÁLCULO DIFERENCIAL. Deriva: a) y 7 6 + 5, b) y e, c) y e) y 7 ( 5 ), f) y ln, d) y ( 5 5 + 7) 8 n e ln, g) y, h) y n. Usando a derivada da función inversa, demostra que: a)

Διαβάστε περισσότερα

COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS NEWTON C. BRAGA COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS VOLUME 2 Instituto Newton C. Braga www.newtoncbraga.com.br contato@newtoncbraga.com.br COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS Como testar componentes eletrônicos

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS PROBLEMAS M.H.S.. 1. Dun resorte elástico de constante k = 500 N m -1 colga unha masa puntual de 5 kg. Estando o conxunto en equilibrio, desprázase

Διαβάστε περισσότερα

REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ

REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA PEDIDO DE VISTO ΑΙΤΗΣΗ ΓΙΑ ΒΙΖΑ FOTO ΦΩΤΟΓΡΑΦΙΑ DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ TRÂNSITO TRABALHO F. RESIDÊNCIA

Διαβάστε περισσότερα

KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS

KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual está instalado este Kit. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y REGLAS

Διαβάστε περισσότερα

Tema 1. Espazos topolóxicos. Topoloxía Xeral, 2016

Tema 1. Espazos topolóxicos. Topoloxía Xeral, 2016 Tema 1. Espazos topolóxicos Topoloxía Xeral, 2016 Topoloxía e Espazo topolóxico Índice Topoloxía e Espazo topolóxico Exemplos de topoloxías Conxuntos pechados Topoloxías definidas por conxuntos pechados:

Διαβάστε περισσότερα

VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo,

VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo, 43 VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo, como em português. No presente, por exemplo, temos uma ação durativa ou linear. É uma ação em progresso,

Διαβάστε περισσότερα

Método de Diferenças Finitas Aplicado à Precicação de Opções EDÍLIO ROCHA QUINTINO Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Computação da Universidade Federal Fluminense como requisito

Διαβάστε περισσότερα

Business Opening. Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name

Business Opening. Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name - Opening Portuguese Greek Excelentíssimo Sr. Presidente, Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name Prezado Senhor, Caro Senhor, Formal,

Διαβάστε περισσότερα

Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome

Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome - Introdução Inglês Grego Dear Mr. President, Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome Dear Sir, Αγαπητέ κύριε, Formal,

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS DE ÁLXEBRA. PAU GALICIA

EXERCICIOS DE ÁLXEBRA. PAU GALICIA Maemáicas II EXERCICIOS DE ÁLXEBRA PAU GALICIA a) (Xuño ) Propiedades do produo de marices (só enuncialas) b) (Xuño ) Sexan M e N M + I, onde I denoa a mariz idenidade de orde n, calcule N e M 3 Son M

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Γενικά. Γενικά - Τα απαραίτητα. Γενικά - Συνομιλία. Παράκληση για βοήθεια. Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά αγγλικά

Ταξίδι Γενικά. Γενικά - Τα απαραίτητα. Γενικά - Συνομιλία. Παράκληση για βοήθεια. Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά αγγλικά - Τα απαραίτητα Podría ayudarme? Παράκληση για βοήθεια Habla inglés? Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά αγγλικά Habla_[idioma]_? Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά ορισμένη γλώσσα No hablo_[idioma]_. Διασαφήνιση ότι δεν

Διαβάστε περισσότερα

Métodos Matemáticos en Física L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro APL)

Métodos Matemáticos en Física L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro APL) L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro Condiciones de contorno. Fuerzas externas aplicadas sobre una cuerda. condición que nos describe un extremo libre en una cuerda tensa. Ecuación

Διαβάστε περισσότερα

At IP Barão de Geraldo

At IP Barão de Geraldo Prédio Povo At 6.8 8.3 IP Barão de Geraldo Ajuda na leitura: A cada parada, duas próximas palavras Igreja Igreja 1 E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja

Διαβάστε περισσότερα

SHEILA CRISLEY DE ASSIS

SHEILA CRISLEY DE ASSIS SHELA CRSLEY DE ASSS PROPAGAÇÃO DA ATTUDE DE SATÉLTES ARTFCAS ESTABLZADOS POR ROTAÇÃO: TORQUE RESDUAL MÉDO COM O MODELO DE QUADRPOLO PARA O CAMPO GEOMAGNÉTCO Tese apresentada à Faculdade de Engenharia

Διαβάστε περισσότερα

FILTRO DE RED METÁLICA

FILTRO DE RED METÁLICA FILTRO DE RED METÁLICA Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual está instalado el accesorio. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y a REGLAS

Διαβάστε περισσότερα

IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes

IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes 1.- Distancia entre dous puntos Se A e B son dous puntos do espazo, defínese a distancia entre A e B como o módulo

Διαβάστε περισσότερα

a a

a a Universidade Federal de Uberlândia - UFU Faculdade de Computação - FACOM Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação Caracterização de Imagens utilizando Redes Neurais Articiais Autor: Eduardo Ferreira

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Γενικά. Γενικά - Τα απαραίτητα. Γενικά - Συνομιλία. Παράκληση για βοήθεια. Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά αγγλικά

Ταξίδι Γενικά. Γενικά - Τα απαραίτητα. Γενικά - Συνομιλία. Παράκληση για βοήθεια. Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά αγγλικά - Τα απαραίτητα Você pode me ajudar, por favor? Παράκληση για βοήθεια Você fala inglês? Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά Você fala _[idioma]_? Ερώτηση σε πρόσωπο αν μιλά ορισμένη γλώσσα Eu não falo_[idioma]_.

Διαβάστε περισσότερα

Panel lateral/de esquina de la Synergy. Synergy πλαϊνή σταθερή πλευρά τετράγωνης καμπίνας. Rohová/boční zástěna Synergy

Panel lateral/de esquina de la Synergy. Synergy πλαϊνή σταθερή πλευρά τετράγωνης καμπίνας. Rohová/boční zástěna Synergy Instrucciones de instalación Suministrar al usuario ADVERTENCIA! Este producto pesa más de 19 kg, puede necesitarse ayuda para levantarlo Lea con atención las instrucciones antes de empezar la instalación.

Διαβάστε περισσότερα

Puerta corredera de la Synergy Synergy Συρόμενη πόρτα Posuvné dveře Synergy Porta de correr da Synergy

Puerta corredera de la Synergy Synergy Συρόμενη πόρτα Posuvné dveře Synergy Porta de correr da Synergy Instrucciones de instalación Suministrar al usuario ADVERTENCIA! Este producto pesa más de 19 kg, puede necesitarse ayuda para levantarlo Lea con atención las instrucciones antes de empezar la instalación.

Διαβάστε περισσότερα

A circunferencia e o círculo

A circunferencia e o círculo 10 A circunferencia e o círculo Obxectivos Nesta quincena aprenderás a: Identificar os diferentes elementos presentes na circunferencia e o círculo. Coñecer as posicións relativas de puntos, rectas e circunferencias.

Διαβάστε περισσότερα

Lógica Proposicional. Justificación de la validez del razonamiento?

Lógica Proposicional. Justificación de la validez del razonamiento? Proposicional educción Natural Proposicional - 1 Justificación de la validez del razonamiento? os maneras diferentes de justificar Justificar que la veracidad de las hipótesis implica la veracidad de la

Διαβάστε περισσότερα

Lógica Proposicional

Lógica Proposicional Proposicional educción Natural Proposicional - 1 Justificación de la validez del razonamiento os maneras diferentes de justificar Justificar que la veracidad de las hipótesis implica la veracidad de la

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2012 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2012 MATEMÁTICAS II PAU Código: 6 XUÑO 01 MATEMÁTICAS II (Responder só aos exercicios dunha das opcións. Puntuación máxima dos exercicios de cada opción: exercicio 1= 3 puntos, exercicio = 3 puntos, exercicio 3= puntos, exercicio

Διαβάστε περισσότερα

Ξεκινήστε εδώ Καλώς ορίσατε στον οδηγό γρήγορης έναρξης

Ξεκινήστε εδώ Καλώς ορίσατε στον οδηγό γρήγορης έναρξης Blu-ray Disc/DVD Home Theatre System Σύστημα οικιακού κινηματογράφου Blu-ray Disc/DVD BDV-L800 BDV-L800M Comece aqui Bem-vindo, este é o seu guia de início rápido Ξεκινήστε εδώ Καλώς ορίσατε στον οδηγό

Διαβάστε περισσότερα

bab.la Φράσεις: Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές ελληνικά-πορτογαλικά

bab.la Φράσεις: Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές ελληνικά-πορτογαλικά Ευχές : Γάμος Συγχαρητήρια. Σας ευχόμαστε όλη την ευτυχία του κόσμου. Desejando a vocês toda felicidade do mundo. νιόπαντρο ζευγάρι Θερμά συγχαρητήρια για τους δυο σας αυτήν την ημέρα του σας. Parabéns

Διαβάστε περισσότερα

Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice de aluminio.

Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice de aluminio. HCH HCT HCH HCT Ventiladores helicoidales murales o tubulares, de gran robustez Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice

Διαβάστε περισσότερα

Problemas resueltos del teorema de Bolzano

Problemas resueltos del teorema de Bolzano Problemas resueltos del teorema de Bolzano 1 S e a la fun ción: S e puede af irm a r que f (x) está acotada en el interva lo [1, 4 ]? P or no se r c ont i nua f (x ) e n x = 1, la f unció n no e s c ont

Διαβάστε περισσότερα

Catálogodegrandespotencias

Catálogodegrandespotencias www.dimotor.com Catálogogranspotencias Índice Motores grans potencias 3 Motores asíncronos trifásicos Baja Tensión y Alta tensión.... 3 Serie Y2 Baja tensión 4 Motores asíncronos trifásicos Baja Tensión

Διαβάστε περισσότερα

Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές

Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές - Γάμος Desejando a vocês toda felicidade do mundo. Συγχαρητήρια για ένα νιόπαντρο ζευγάρι Parabéns e votos calorosos aos dois no dia do seu casamento. Συγχαρητήρια για ένα νιόπαντρο ζευγάρι Parabéns por

Διαβάστε περισσότερα

Batista Pioneira Bíblia,

Batista Pioneira Bíblia, Este artigo é parte integrante da Revista Batista Pioneira Bíblia, Teologia e prática online - ISSN 2316-686X impresso: ISSN 2316-462X http://revista.batistapioneira.edu.br/ A AUTENTICIDADE DO TEXTO DO

Διαβάστε περισσότερα

Συνέλευση Κανονικών Ορθοδόξων Επισκόπων Λατινικής Αμερικής. Γενική Γραμματεία ΔΕΛΤΙΟ ΤΥΠΟΥ

Συνέλευση Κανονικών Ορθοδόξων Επισκόπων Λατινικής Αμερικής. Γενική Γραμματεία ΔΕΛΤΙΟ ΤΥΠΟΥ Συνέλευση Κανονικών Ορθοδόξων Επισκόπων Λατινικής Αμερικής Γενική Γραμματεία ΔΕΛΤΙΟ ΤΥΠΟΥ «Πορευθέντες μαθητεύσατε πάντα τὰ ἔθνη» Μτ 28, 19 Συνήλθεν άπó τής 20ης έως 23ης Ιανουαρίου άρξαμένου έτους, είς

Διαβάστε περισσότερα

TRIGONOMETRIA. hipotenusa L 2. hipotenusa

TRIGONOMETRIA. hipotenusa L 2. hipotenusa TRIGONOMETRIA. Calcular las razones trigonométricas de 0º, º y 60º. Para calcular las razones trigonométricas de º, nos ayudamos de un triángulo rectángulo isósceles como el de la figura. cateto opuesto

Διαβάστε περισσότερα

1. O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES 1.1. DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE

1. O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES 1.1. DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE MATEMÁTICA II 06 Exames e Textos de Matemática de Pepe Sacau ten unha licenza Creative Commons Atribución Compartir igual 40 Internacional

Διαβάστε περισσότερα

Prova escrita de conhecimentos específicos de MATEMÁTICA

Prova escrita de conhecimentos específicos de MATEMÁTICA Provas Especialmente Adequadas Destinadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência dos Cursos Superiores do Instituto Politécnico de Leiria dos Maiores de 23 Anos - 2011 Prova escrita de conhecimentos

Διαβάστε περισσότερα

Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης

Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System BDV-EF1100 Comece aqui Guia de início rápido Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-EF1100 1 Conteúdo da embalagem/configurar os altifalantes Περιεχόμενα συσκευασίας/ρύθμιση

Διαβάστε περισσότερα

DECLARATION OF PERFORMANCE No CPD-0522 REV 1.02

DECLARATION OF PERFORMANCE No CPD-0522 REV 1.02 DECLARATION OF PERFORMANCE No. According to Construction Products Regulation EU No. 305/2011 This declaration is available in the following languages: English Declaration of Performance Page 2-3 Greek

Διαβάστε περισσότερα

Comece aqui. Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido. Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System. Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N9200WL BDV-N7200WL BDV-N7200WL

Comece aqui. Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido. Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System. Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N9200WL BDV-N7200WL BDV-N7200WL Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System BDV-N9200WL BDV-N7200WL PT Comece aqui Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N7200WL BDV-N9200WL 1 PT Conteúdo da embalagem/configurar os

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS INTRODUCIÓN MÉTODO 1. En xeral: a) Debúxanse as forzas que actúan sobre o sistema. b) Calcúlase cada forza. c) Calcúlase a resultante polo principio

Διαβάστε περισσότερα

Inecuacións. Obxectivos

Inecuacións. Obxectivos 5 Inecuacións Obxectivos Nesta quincena aprenderás a: Resolver inecuacións de primeiro e segundo grao cunha incógnita. Resolver sistemas de ecuacións cunha incógnita. Resolver de forma gráfica inecuacións

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS DE REFORZO: SISTEMAS DE ECUACIÓNS LINEAIS

EXERCICIOS DE REFORZO: SISTEMAS DE ECUACIÓNS LINEAIS EXERCICIOS DE REFORZO: SISTEMAS DE ECUACIÓNS LINEAIS. ) Clul os posiles vlores de,, pr que triz A verifique relión (A I), sendo I triz identidde de orde e triz nul de orde. ) Cl é soluión dun siste hooéneo

Διαβάστε περισσότερα

ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t

ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t FichaCatalografica :: Fichacatalografica https://www3.dti.ufv.br/bbt/ficha/cadastrarficha/visua... Ficha catalográfica preparada

Διαβάστε περισσότερα

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA MESTRADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA MARCOS VINICIUS BRESSAN INVERSOR MULTINÍVEL HÍBRIDO BASEADO

Διαβάστε περισσότερα

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos)

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos) 1 MATEMÁTICAS (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos) Opción 1. Dada a matriz a) Calcula os valores do parámetro m para os

Διαβάστε περισσότερα

1.ª DECLINAÇÃO. Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o

1.ª DECLINAÇÃO. Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o 52 1.ª DECLINAÇÃO Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o nominativo singular terminado em α (que pode ser puro ou impuro) ou η; já os masculinos os têm terminados

Διαβάστε περισσότερα

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES MANUAL DE INSTRUÇÕES Ο ΗΛΙΕΣ ΧΡΗΣΕΩΣ MANUAL DE INSTRUCCIONES CAFM75R5IA- CAFM95R5IA- CAFM125R5IA- CAFM165R5IA- CAFM185R5IA- CAFM255R5IA- CAFM365R5IA- CAFM485R5IA- CAFP125R5IA- CAFP165R5IA- CAFP185R5IA-

Διαβάστε περισσότερα

Εμπορική αλληλογραφία Επιστολή

Εμπορική αλληλογραφία Επιστολή - Διεύθυνση Mr. J. Rhodes Rhodes & Rhodes Corp. 212 Silverback Drive California Springs CA 92926 Mr. J. Rhodes Rhodes & Rhodes Corp. 212 Silverback Drive California Springs CA 92926 Αμερικανική γραφή διεύθυνσης:

Διαβάστε περισσότερα

XEOMETRÍA NO ESPAZO. - Se dun vector se coñecen a orixe, o módulo, a dirección e o sentido, este está perfectamente determinado no espazo.

XEOMETRÍA NO ESPAZO. - Se dun vector se coñecen a orixe, o módulo, a dirección e o sentido, este está perfectamente determinado no espazo. XEOMETRÍA NO ESPAZO Vectores fixos Dos puntos do espazo, A e B, determinan o vector fixo AB, sendo o punto A a orixe e o punto B o extremo, é dicir, un vector no espazo é calquera segmento orientado que

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO. F = m a

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO. F = m a Física P.A.U. ELECTOMAGNETISMO 1 ELECTOMAGNETISMO INTODUCIÓN MÉTODO 1. En xeral: Debúxanse as forzas que actúan sobre o sistema. Calcúlase a resultante polo principio de superposición. Aplícase a 2ª lei

Διαβάστε περισσότερα

VIII. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Ángulos, perpendicularidade de rectas e planos

VIII. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Ángulos, perpendicularidade de rectas e planos VIII. ESPZO EULÍDEO TRIDIMENSIONL: Áglos perpediclaridade de rectas e plaos.- Áglo qe forma dúas rectas O áglo de dúas rectas qe se corta se defie como o meor dos áglos qe forma o plao qe determia. O áglo

Διαβάστε περισσότερα

A proba constará de vinte cuestións tipo test. As cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta.

A proba constará de vinte cuestións tipo test. As cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta. Páxina 1 de 9 1. Formato da proba Formato proba constará de vinte cuestións tipo test. s cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta. Puntuación Puntuación: 0.5

Διαβάστε περισσότερα

Instruções de funcionamento Οδηγίες χρήσης. Integrated Stereo Amplifier TA-A1ES

Instruções de funcionamento Οδηγίες χρήσης. Integrated Stereo Amplifier TA-A1ES Instruções de funcionamento Οδηγίες χρήσης Integrated Stereo Amplifier TA-A1ES AVISO Não instale o aparelho num espaço fechado, como numa estante ou num armário. Para reduzir o risco de incêndio, não tape

Διαβάστε περισσότερα

LIVRO II POLITICA. 1261α] ἀλλὰ πότερον ὅσων ἐνδέχεται κοινωνῆσαι, πάντων βέλτιον κοινωνεῖν τὴν µέλλουσαν οἰκήσεσθαι πόλιν καλῶς, LIVRO II

LIVRO II POLITICA. 1261α] ἀλλὰ πότερον ὅσων ἐνδέχεται κοινωνῆσαι, πάντων βέλτιον κοινωνεῖν τὴν µέλλουσαν οἰκήσεσθαι πόλιν καλῶς, LIVRO II LIVRO II 1260b Posto que nos propusemos considerar qual a forma de comunidade 25 política, i. e., a forma que é melhor para os que são capazes de viver do modo mais conforme possível ao que desejam, devemos

Διαβάστε περισσότερα

MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA

MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação

Διαβάστε περισσότερα

SILVA JÚNIOR, JOSÉ DE ALENCAR Controle Robusto H Aplicado em Motores de Indução [Rio de Janeiro] 23 xxv, 152 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia

SILVA JÚNIOR, JOSÉ DE ALENCAR Controle Robusto H Aplicado em Motores de Indução [Rio de Janeiro] 23 xxv, 152 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia CONTROLE ROBUSTO H APLICADO EM MOTORES DE INDUÇÃO José de Alencar Silva Júnior TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

Διαβάστε περισσότερα

AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN

AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual se va a instalar este accesorio. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y

Διαβάστε περισσότερα

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES MANUAL DE INSTRUÇÕES Ο ΗΛΙΕΣ ΧΡΗΣΕΩΣ MANUAL DE INSTRUCCIONES DSAFM75R5IA- DSAFM95R5IA- DSAFM125R5IA- DSAFM165R5IA- DSAFM185R5IA- DSAFM225R5IA- DSAFP125R5IA- DSAFP165R5IA- DSAFP185R5IA- Aparelho de ar condicionado-sistema

Διαβάστε περισσότερα

ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Química P.A.U. ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS CUESTIÓNS NÚMEROS CUÁNTICOS. a) Indique o significado dos números cuánticos

Διαβάστε περισσότερα

NÚMEROS COMPLEXOS. Páxina 147 REFLEXIONA E RESOLVE. Extraer fóra da raíz. Potencias de. Como se manexa k 1? Saca fóra da raíz:

NÚMEROS COMPLEXOS. Páxina 147 REFLEXIONA E RESOLVE. Extraer fóra da raíz. Potencias de. Como se manexa k 1? Saca fóra da raíz: NÚMEROS COMPLEXOS Páxina 7 REFLEXIONA E RESOLVE Extraer fóra da raíz Saca fóra da raíz: a) b) 00 a) b) 00 0 Potencias de Calcula as sucesivas potencias de : a) ( ) ( ) ( ) b) ( ) c) ( ) 5 a) ( ) ( ) (

Διαβάστε περισσότερα

Tradução: Sexto Empírico, Contra os gramáticos 176-218 Rodrigo Pinto de Brito (UFS) 1 Rafael Hughenin (IFRJ)

Tradução: Sexto Empírico, Contra os gramáticos 176-218 Rodrigo Pinto de Brito (UFS) 1 Rafael Hughenin (IFRJ) Tradução: Sexto Empírico, Contra os gramáticos 176-218 Rodrigo Pinto de Brito (UFS) 1 Rafael Hughenin (IFRJ) RESUMO: Tradução de Sexto Empírico (c. II- III d.c.), Contra os gramáticos (Adv. Gram. 176-218

Διαβάστε περισσότερα

FM Stereo FM/AM Receiver

FM Stereo FM/AM Receiver 4-254-235-21(1) FM Stereo FM/AM eceiver Manual de instruções Οδηγίες Χρήσεως PT G ST-DE497 2004 Sony Corporation PT ADVETÊNCIA Para evitar riscos de incêndio ou choque eléctrico, não exponha o aparelho

Διαβάστε περισσότερα

Exame tipo. C. Problemas (Valoración: 5 puntos, 2,5 puntos cada problema)

Exame tipo. C. Problemas (Valoración: 5 puntos, 2,5 puntos cada problema) Exame tipo A. Proba obxectiva (Valoración: 3 puntos) 1. - Un disco de 10 cm de raio xira cunha velocidade angular de 45 revolucións por minuto. A velocidade lineal dos puntos da periferia do disco será:

Διαβάστε περισσότερα

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos)

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos) 21 MATEMÁTICAS (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 Dada a matriz a) Calcula os valores do parámetro m para os que A ten inversa.

Διαβάστε περισσότερα

PÁGINA 106 PÁGINA a) sen 30 = 1/2 b) cos 120 = 1/2. c) tg 135 = 1 d) cos 45 = PÁGINA 109

PÁGINA 106 PÁGINA a) sen 30 = 1/2 b) cos 120 = 1/2. c) tg 135 = 1 d) cos 45 = PÁGINA 109 PÁGINA 0. La altura del árbol es de 8,5 cm.. BC m. CA 70 m. a) x b) y PÁGINA 0. tg a 0, Con calculadora: sß 0,9 t{ ««}. cos a 0, Con calculadora: st,8 { \ \ } PÁGINA 05. cos a 0,78 tg a 0,79. sen a 0,5

Διαβάστε περισσότερα

ELECTROTECNIA. BLOQUE 1: ANÁLISE DE CIRCUÍTOS (Elixir A ou B) A.- No circuíto da figura determinar o valor da intensidade na resistencia R 2

ELECTROTECNIA. BLOQUE 1: ANÁLISE DE CIRCUÍTOS (Elixir A ou B) A.- No circuíto da figura determinar o valor da intensidade na resistencia R 2 36 ELECTROTECNIA O exame consta de dez problemas, debendo o alumno elixir catro, un de cada bloque. Non é necesario elixir a mesma opción (A ou B ) de cada bloque. Todos os problemas puntúan igual, é dicir,

Διαβάστε περισσότερα

Ano 2018 FÍSICA. SOL:a...máx. 1,00 Un son grave ten baixa frecuencia, polo que a súa lonxitude de onda é maior.

Ano 2018 FÍSICA. SOL:a...máx. 1,00 Un son grave ten baixa frecuencia, polo que a súa lonxitude de onda é maior. ABAU CONVOCAT ORIA DE SET EMBRO Ano 2018 CRIT ERIOS DE AVALI ACIÓN FÍSICA (Cód. 23) Elixir e desenvolver unha das dúas opcións. As solución numéricas non acompañadas de unidades ou con unidades incorrectas...

Διαβάστε περισσότερα

Física e química 4º ESO. As forzas 01/12/09 Nome:

Física e química 4º ESO. As forzas 01/12/09 Nome: DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA Problemas Física e química 4º ESO As forzas 01/12/09 Nome: [6 Ptos.] 1. Sobre un corpo actúan tres forzas: unha de intensidade 20 N cara o norte, outra de 40 N cara o nordeste

Διαβάστε περισσότερα

DVD Home Theatre System

DVD Home Theatre System 0:GR(f6)01cov-cel.fm] DAV-DZ530.book Page 1 Tuesday, March 27, 2007 3:28 PM 2-895-972-11(1) DVD Home Theatre System Manual de Instruções Οδηγίς χρήσης PT GR DAV-DZ530/DZ630 2007 Sony Corporation T)\2895972111\2895972111DAVDZ530-630\PT\PT02reg.fm]

Διαβάστε περισσότερα

LUGARES XEOMÉTRICOS. CÓNICAS

LUGARES XEOMÉTRICOS. CÓNICAS LUGARES XEOMÉTRICOS. CÓNICAS Páxina REFLEXIONA E RESOLVE Cónicas abertas: parábolas e hipérboles Completa a seguinte táboa, na que a é o ángulo que forman as xeratrices co eixe, e, da cónica e b o ángulo

Διαβάστε περισσότερα

Química A Extensivo V. 5

Química A Extensivo V. 5 Extensivo V. 5 Resolva Aula 17 17.01) 7 0. Correta. vetor eletronegatividade C linear apolar C μ R = 0 angular polar μ 0 R 08. Incorreta. N 3 piramidal polar N μ 0 R C tetraédrica apolar μ = 0 R 16. Incorreta.

Διαβάστε περισσότερα

1 La teoría de Jeans. t + (n v) = 0 (1) b) Navier-Stokes (conservación del impulso) c) Poisson

1 La teoría de Jeans. t + (n v) = 0 (1) b) Navier-Stokes (conservación del impulso) c) Poisson 1 La teoría de Jeans El caso ás siple de evolución de fluctuaciones es el de un fluído no relativista. las ecuaciones básicas son: a conservación del núero de partículas n t + (n v = 0 (1 b Navier-Stokes

Διαβάστε περισσότερα

VII. RECTAS E PLANOS NO ESPAZO

VII. RECTAS E PLANOS NO ESPAZO VII. RETS E PLNOS NO ESPZO.- Ecuacións da recta Unha recta r no espao queda determinada por un punto, punto base, e un vector v non nulo que se chama vector director ou direccional da recta; r, v é a determinación

Διαβάστε περισσότερα

Métodos Estadísticos en la Ingeniería

Métodos Estadísticos en la Ingeniería Métodos Estadísticos e la Igeiería INTERVALOS DE CONFIANZA Itervalo de cofiaza para la media µ de ua distribució ormal co variaza coocida: X ± z α/ µ = X = X i N µ X... X m.a.s. de X Nµ Itervalo de cofiaza

Διαβάστε περισσότερα

Áreas de corpos xeométricos

Áreas de corpos xeométricos 9 Áreas de corpos xeométricos Obxectivos Nesta quincena aprenderás a: Antes de empezar 1.Área dos prismas....... páx.164 Área dos prismas Calcular a área de prismas rectos de calquera número de caras.

Διαβάστε περισσότερα

"ECOLOGIA, HISTÓRIA EVOLUTIVA E CONSERVAÇÃO DE THALASSEUS SANDVICENSIS/ ACUFLAVIDUS/ EURYGNATHUS (AVES: STERNIDAE).

ECOLOGIA, HISTÓRIA EVOLUTIVA E CONSERVAÇÃO DE THALASSEUS SANDVICENSIS/ ACUFLAVIDUS/ EURYGNATHUS (AVES: STERNIDAE). FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS ZOOLOGIA "ECOLOGIA, HISTÓRIA EVOLUTIVA E CONSERVAÇÃO DE THALASSEUS SANDVICENSIS/ ACUFLAVIDUS/ EURYGNATHUS (AVES: STERNIDAE). Márcio Amorim

Διαβάστε περισσότερα

Una visión alberiana del tema. Abstract *** El marco teórico. democracia, república y emprendedores; alberdiano

Una visión alberiana del tema. Abstract *** El marco teórico. democracia, república y emprendedores; alberdiano Abstract Una visión alberiana del tema - democracia, república y emprendedores; - - alberdiano El marco teórico *** - 26 LIBERTAS SEGUNDA ÉPOCA - - - - - - - - revolución industrial EMPRENDEDORES, REPÚBLICA

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II Código: 26 (O alumno/a debe responder só os exercicios dunha das opcións. Puntuación máxima dos exercicios de cada opción: exercicio 1= 3 puntos, exercicio 2= 3 puntos, exercicio

Διαβάστε περισσότερα

Laurindo Joao Dos Santos Lauro ~ Τιµοκατάλογος

Laurindo Joao Dos Santos Lauro ~ Τιµοκατάλογος Laurindo Joao Dos Santos Lauro ~ Τιµοκατάλογος Artmajeur.com/anaeluygi rua visconde de maua 140 apt 105 meireles, 60125160 Fortaleza ceara nordeste, Βραζιλία apresentando meu ceara brasil (90 Εικόνες)

Διαβάστε περισσότερα

Escenas de episodios anteriores

Escenas de episodios anteriores Clase 09/10/2013 Tomado y editado de los apuntes de Pedro Sánchez Terraf Escenas de episodios anteriores objetivo: estudiar formalmente el concepto de demostración matemática. caso de estudio: lenguaje

Διαβάστε περισσότερα

CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ. MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C

CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ. MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ CARELINK EXPRESS TM MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C Electromagnetic Compatibility Declaration

Διαβάστε περισσότερα