SILVA JÚNIOR, JOSÉ DE ALENCAR Controle Robusto H Aplicado em Motores de Indução [Rio de Janeiro] 23 xxv, 152 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia

Μέγεθος: px
Εμφάνιση ξεκινά από τη σελίδα:

Download "SILVA JÚNIOR, JOSÉ DE ALENCAR Controle Robusto H Aplicado em Motores de Indução [Rio de Janeiro] 23 xxv, 152 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia"

Transcript

1 CONTROLE ROBUSTO H APLICADO EM MOTORES DE INDUÇÃO José de Alencar Silva Júnior TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DEMESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA ELÉTRICA. Aprovada por: Prof. João Carlos dos Santos Basilio, D. Phil. Prof. Liu Hsu, D.D'Etat Prof. Luis Guilherme Barbosa Rolim, Dr.-Ing. Prof. Paulo Lúcio Silva de Aquino, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL MARÇO DE 23

2 SILVA JÚNIOR, JOSÉ DE ALENCAR Controle Robusto H Aplicado em Motores de Indução [Rio de Janeiro] 23 xxv, 152 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Elétrica, 23) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE 1. Controle Robusto 2. Controle Vetorial 3. Motor de Indução I. COPPE/UFRJ II. Título (série) ii

3 "São fúteis e cheias de erros as ciências que não nasceram da experimentação, mãe de todo conhecimento." (Leonardo da Vinci) iii

4 iv À Selma, Zezinho e Flávia.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, pela dedicação e apoio, sem os quais teria sido mais difícil chegar até aqui. À minha esposa, Flávia pela compreensão e incentivo desde quando nos conhecemos. Agradeço também aos professores João Carlos dos Santos Basilio e Luis Guilherme Barbosa Rolim, tutores dedicados, com quem aprendi muito mais do que a teoria da sala de aula e aos professores Pedro Gomes Barbosa pelo incentivo antes do início do mestrado, José Luiz Rezende Pereira e Paulo Augusto Nepomuceno Garcia pela ajuda providencial após o segundo ano. Agradeço aos amigos Júlio C. R. Ferraz, Luis Oscar de A. P. Henriques, Luiz Gustavo SilvaRocha, Ricardo Mota Henriques e Zulmar Soares Machado Junior, pelo companheirismo e convivência saudável nesses anos de jornada. Por fim, agradeço à CAPES cujo apoio financeiro tornou possível o início deste trabalho e ao CEPEL, principalmente aos engenheiros André Bianco, Antônio Ricardo C. D. Carvalho, Carlos Eduardo V. M. Lopes e Mário Herdade, pela compreensão durante a fase de conclusão, e aos engenheiros Leonardo Pinto de Almeida pela solicitude e Roberto Perret de Magalhães pela ajuda nos momentos finais. v

6 Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.) CONTROLE ROBUSTO H APLICADO A MOTORES DE INDUÇÃO José de Alencar Silva Júnior Março/23 Orientador: João Carlos dos Santos Basilio Programa: Engenharia Elétrica Neste trabalho o projeto de um sistema de controle para motores de indução com abordagem pelo controle vetorial ou orientado pelo campo foi executado. Ava- riável a ser controlada é a velocidade do rotor. Dois problemas H são formulados e resolvidos: (i) um primeiro problema com objetivo demaximizar o desempenho do sistema, ou seja, a resposta transitória para todos os sinais de quadrado integrável, com a restrição de erro de regime permanente nulo para sinais de referência do tipo degrau; (ii) um segundo problema, formulado para maximizar tanto o desempenho do sistema (resposta transitória) quanto a tolerância do sistema a incertezas no modelo da planta. A idéia por trás da formulação do segundo problema é modelar o conhecimento inexato da constante de tempo rotórica (razão entre a indutância e a resistência do rotor) como uma perturbação do modelo nominal, que é suposto conhecido e de primeira ordem, quando a constante de tempo rotórica é conhecida exatamente e a planta é formada por um motor de indução e um inversor ideal. Todos os controladores projetados foram implementados em um sistema real, depois de serem testados em simulações. vi

7 Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.) ROBUST H CONTROL APPLIED ON INDUCTION MOTORS José de Alencar Silva Júnior March/23 Advisor: João Carlos dos Santos Basilio Department: Electrical Engineering In this work, the design of a control system for rotor flux oriented controlled induction motor drives using H optimal control theory is carried out. The variable to be controlled is the shaft velocity. Two H problems are formulated and solved: (i) a first problem with the view to maximizing the system performance, i.e., the transient response for all square integrable signals with the constraint of zero steady-state error for step reference signal; (ii) a second problem formulated for maximizing both the system performance (transient response) and the system tolerance to uncertainty in the plant model. The idea behind the formulation of the second problem is to model the non-exact knowledge of the rotor time constant (the ratio between the rotor inductance and resistance) as a perturbation on the nomimal model, which is known to be a first order one, when the rotor time constant is known exactly and the plant is formed by the induction motor and an ideal inverter. All the designed controllers have actually been implemented in a real system, after been tested in simulations. vii

8 Sumário 1 INTRODUÇÃO 1 2 MODELO MATEMÁTICO DO MOTOR DE INDUÇÃO MODELO MATEMÁTICO GENERALIZADO DE UMA MÁQUINA CA CONTROLE ORIENTADO PELO FLUXO DO ROTOR DE UM MOTOR DE INDUÇÃO ALIMENTADO POR CORRENTE Princípio da Orientação pelo Campo CONCLUSÕES CONTROLE ROBUSTO H PRELIMINARES MATEMÁTICOS Produto Interno e Normas Relação de Parseval e Definição de norma L a partir da norma L 2 induzida Gramianos de controlabilidade e observabilidade, valores singulares de Hankel e norma de Hankel CARACTERIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DE PROJETO EM TERMOS DA NORMA H DE UMA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA Problema de estabilidade robusta Rastreamento de sinais e desempenho transitório Rejeição de perturbação Atenuação de ruído OBJETIVOS DE PROJETO CONFLITANTES viii

9 3.4 PROBLEMA DE AJUSTE DE MODELOS ESTABILIZAÇÃO Estabilidade interna Fatoração coprima sobre RH Parametrização de Youla-Ku era REDUÇÃO DE PROBLEMAS H A PROBLEMAS DE AJUSTE DE MODELOS CARACTERIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE 1-, 2- E 4-BLOCOS Fatoração `inner' - `outer' Fatoração espectral Redução do problema de ajuste de modelos a problemas de Nehari SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE 1- E 2-BLOCOS Solução do Problema de 1-bloco Solução do Problema de 2-blocos CONCLUSÕES IDENTIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO NOMINAL O SISTEMA COMPLETO, SEUS SENSORES, ATUADORES E SIM- PLIFICAÇÕES CONCEITOS PRELIMINARES PARA IDENTIFICAÇÃO Perdas e diagrama de fluxo de potência Separando as perdas no cobre do rotor e a potência convertida no circuito equivalente do motor de indução ENSAIO DO MOTOR A VAZIO ENSAIO PARA A RESISTÊNCIA DO ESTATOR ENSAIO COM ROTOR BLOQUEADO RESULTADOS DOS ENSAIOS DO MOTOR A VAZIO, PARA A RESISTÊNCIA DO ESTATOR E COM ROTOR BLOQUEADO ENSAIO DE RESPOSTA AO DEGRAU RESULTADOS DO ENSAIO DE RESPOSTA AO DEGRAU Como não existe na literatura uma tradução consagrada para a língua portuguesa dos termos 'inner '/ 'outer ', neste trabalho serão mantidos os termos originais. ix

10 4.9 VALIDAÇÃO DO MODELO PARA SIMULAÇÃO CONCLUSÕES PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE CONTROLADORES RO- BUSTOS H PROJETO DO CONTROLADOR A PARTIR DE UM PROBLEMA H DE 1-BLOCO RESULTADOS EXPERIMENTAIS OBTIDOS A PARTIR DOS CON- TROLADORES H DE 1-BLOCO Resultados para τ =5τ Resultados para τ = τ Resultados para τ = τ/ Análise dos resultados PROJETO DO CONTROLADOR A PARTIR DE UM PROBLEMA H DE 2-BLOCOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS OBTIDOS A PARTIR DOS CON- TROLADORES H DE 2-BLOCOS Resultados para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+.1) (s+.1) Resultados para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+1) (s+.1) Resultados para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+1) (s+.1) CONCLUSÕES CONCLUSÃO 134 Apêndice A - LISTAGEM DO PROGRAMA PRINCIPAL DE IN- TERFACE E CONTROLE 14 Apêndice B - LISTAGEM DO PROGRAMA PARA CÁLCULO DOS CONTROLADORES A PARTIR DO PROBLEMA DE 2-BLOCOS148 x

11 Lista de Figuras 2.1 Seção transversal do motor de indução Vetor corrente complexo Distribuição do enrolamento da fase Acoplamentos magnéticos e tensões Distribuição de corrente do rotor e torque Relações angulares entre vetores corrente para i mr = i Sd Diagrama de blocos do motor de indução em coordenadas de campo, supondo imposição das correntes do estator Diagrama de blocos do motor de indução, usado para simulação Diagrama polar de f (s) tangenciando um círculo de raio igual a f Gráfico de f (jω) Diagrama de blocos de um modelo de planta com incerteza Diagrama de blocos para o projeto de controladores ótimos H Diagrama de blocos para o problema de ajuste de modelos Diagrama de blocos para análise da estabilidade interna do sistema da Figura Diagrama esquemático do sistema montado em bancada Diagrama de blocos do sistema em malha aberta, usado para simulação Diagrama de blocos do sistema em malha fechada, usado para simulação Circuito equivalente por fase de um motor de indução Diagrama de fluxo de potência de um motor de indução Circuito equivalente por fase com P CR e P conv separados xi

12 4.7 Ensaio sem carga de um motor de indução: (a) Circuito de teste. (b) O circuito equivalente resultante. Note que sem carga a impedância do motor é essencialmente a combinação em série de R S, jx 1 e jx mag Ensaio para determinar a resistência do estator O ensaio com rotor bloqueado: (a)circuito de teste. (b)circuito e- quivalente do motor Ensaios de resposta ao degrau: (a) i Sqref e (b) ω Respostas em malha aberta para o sistema real (linha contínua) e para o modelo (linha pontilhada) em várias faixas de operação do motor Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua) e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando o controlador PI obtido a partir do problema de 1-bloco, com τ =5τ. Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ =5τ. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ =5τ. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua) e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando o controlador PI obtido a partir do problema de 1-bloco, com τ = τ. Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) xii

13 5.6 Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ = τ. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ = τ. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua) e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando o controlador PI obtido a partir do problema de 1-bloco, com τ = τ/5. Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ = τ/5. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 1-bloco (PI), com τ = τ/5. Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura Respostas em freqüência do sistema real, para diferentes valores da constante de tempo rotórica estimada T R. (+) +5% de erro, ( ) % de erro e ( ) -5% de erro ( ) g 5.14 Curvas de max i2 e jφ i2 g i 1, g i3e jφ i3 e jφ i g i 1 (+) e W e jφ i 1 (s) ( ), para a 1 =.2, b 1 = 131 e c 1 = xiii

14 5.15 Curvas de 1 ± W 1 (jw) G(jw) envolvendo as curvas de módulo obtidas experimentalmente a partir do sistema real, para diferentes valores da constante de tempo rotórica estimada T R. (+) +5% de erro, ( ) %de erro e ( ) -5% de erro Curvas de módulo das funções de peso para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+.1) (s+.1) Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua)e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando um controlador obtido a partir do problema de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura Curvas de módulo das funções de peso para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+1) (s+.1) 5.22 Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua)e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando um controlador obtido a partir do problema de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) xiv

15 5.23 Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura Curvas de módulo das funções de peso para W 1 (s) = (s+3) (s+1) e W 2(s) =.1(s+1) (s+.1) 5.27 Respostas em malha fechada do sistema real (linha contínua)e do modelo (linha pontilhada) em três faixas de operação do motor, usando um controlador obtido a partir do problema de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: Tempo(segundos) i Sqref (A). Coluna da direita: Tempo(segundos) velocidade angular (rpm) Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de +5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro Resultados experimentais para o controlador H de 2-blocos, com os pesos da Figura Coluna da esquerda: respostas em malha fechada do sistema real para T R nominal e com erro de 5%. Coluna da direita: diferença percentual entre a respectiva curva nominal e com erro. Usando um controlador obtido a partir do problema de 2-blocos, com os pesos da Figura Gráficos de ruído percentual das curvas de i Sqref do sistema real, extraídos da coluna da esquerda da Figura xv

16 Lista de Tabelas 3.1 Faixas de frequência dos objetivos de controle Tabela para divisão das reatâncias do estator edorotor Tabela com os valores das medidas efetuadas no ensaio para a resistência do estator Tabela com os valores das medidas efetuadas no ensaio com rotor bloqueado Tabela com os valores das medidas efetuadas no ensaio do motor a vazio Tabela com os valores calculados a partir dos ensaios de resposta ao degrau xvi

17 Lista de Símbolos Constantes, funções e variáveis A, B, C, D matrizes para representação em espaço de estados a R (β,t) distribuição de corrente ao longo da circunferência do rotor B densidade de fluxo B RR (β,t) parcela de B R (β,ε,t) produzida pelas correntes do rotor B RS (β,ε,t) parcela de B R (β,ε,t) produzida pelas correntes do estator B S (α, ε, t),b R (β,ε,t) densidades de fluxo no entreferro, na superfície do estator e do rotor e ω (t) sinal de erro de velocidade E ω (s) transformada de Laplace de e ω (t) f coeficiente de atrito viscoso FP fator de potência (cosθ) G(s) matriz ou função de transferência da planta G p (s) matriz ou função de transferência da planta com perturbação h espessura do entreferro período de amostragem h chaves período de amostragem para aquisição e comparação das correntes/acionamento das chaves do inversor xvii

18 h cont H i mr (t) i mr (t) I mr (s) i mr (t) I mr (s) i R1 (t),i R2 (t),i R3 (t) i S (t),i R (t) i S (t),i R (t) i Sa (t),i Sb (t) i Sd (t),i Sq (t) I Sd (s),i Sq (s) i Sdref (t),i Sqref (t) I Sdref (s),i Sqref (s) i S1 (t),i S2 (t),i S3 (t) I S1 (s),i S2 (s),i S3 (s) i S1ref (t),i S2ref (t),i S3ref (t) I CC (t) I L (t) I L1 (t),i L2 (t),i L3 (t) I mag (t) I S (t),i R (t) período de amostragem para aquisição do valor de ω(t)/cálculo de i Sqref (malha de controle propriamente dita) intensidade de campo vetor corrente de magnetização módulo de i mr (t) transformada de Laplace de i mr (t) valor estimado de i mr (t) transformada de Laplace de i mr (t) correntes das fases 1, 2e3 do rotor vetores corrente de estator e de rotor módulos de i S (t) e i R (t) componentes direta e de quadratura de i S (t) quando decomposto sobre um par de eixos definido pelo eixo do enrolamento da fase 1 do estator componentes direta e de quadratura de i S (t) quando decomposto sobre um par de eixos definido por i mr (t) transformadas de Laplace de i Sd (t) e i Sq (t) correntes de referência para i Sd (t) e i Sq (t) transformadas de Laplace de i Sdref (t) e i Sqref (t) correntes das fases 1, 2e3 do estator transformadas de Laplace de i S1 (t), i S2 (t) e i S3 (t) correntes de referência para i S1 (t), i S2 (t) e i S3 (t) corrente contínua, no ensaio para a resistência do estator do motor de indução média aritmética simples de I L1 (t), I L2 (t) e I L3 (t) correntes de linha, nos ensaios do motor de indução corrente de magnetização, por fase, nos ensaios do motor de indução correntes de fase do estator e do rotor, nos ensaios do motor de indução xviii

19 j J k k abs k M k p K(s) l L mag L mut L S,L R L 1,L 2 m L (ε, ω, t) m M (t) M(s), M(s) n S (α) N(s), Ñ(s) N S,N R P ale (t) P A&V (t) P CE (t) P conv (t) 1 momento de inércia fator de acoplamento global índice para valor atual de variáveis na equação a diferenças ganho do modelo matemático do motor de indução constante da equação de torque ganho proporcional do controlador PI função de transferência do controlador comprimento axial indutância de magnetização indutância mútua indutâncias próprias, por fase, do estator e do rotor indutâncias de dispersão, por fase, do estator e do rotor torque de carga torque elétrico "denominadores" da fatoração duplamente coprima de G(s) densidade de condutores do estator "numeradores" da fatoração duplamente coprima de G(s) número de voltas dos enrolamentos de cada fase do estator e do rotor potência atribuída às perdas aleatórias potência que representa as perdas por atrito e ventilação potência que representa as perdas no cobre dos enrolamentos do estator potência convertida da forma elétrica para a forma mecânica xix

20 P CR (t) potência que representa as perdas no cobre dos enrolamentos do rotor P EF (t) potência do entreferro P nu (t) potência que representa as perdas no núcleo, por histerese e correntes parasitas no estator P sai (t) potência na ponta do eixo do motor Q(s) função incógnita do problema de ajuste de modelos r raio do rotor R conv R nu R RB R S,R R s S S(s) t t i resistência que "dissipa" P conv (t) resistência que dissipa P nu (t) resistência de rotor bloqueado resistência por fase, do estator e do rotor variável de Laplace escorregamento função de transferência de sensibilidade tempo constante de tempo de integração do controlador PI T (s) função de transferência complementar de S(s) (f. t. de malha fechada) T R,T R constante de tempo rotórica e seu valor estimado T dy (s) função de transferência do sinal de distúrbio para o sinal de saída T re (s) função de transferência do sinal de referência para o sinal de erro T vz (s) função de transferência do problema de ajuste de modelos T ηy (s) função de transferência do sinal de ruído para o sinal de saída u R1 (t),u R2 (t),u R3 (t) tensões fase-neutro das fases 1, 2e3dorotor u S1 (t),u S2 (t),u S3 (t) tensões fase-neutro das fases 1, 2e3doestator T 1 (s),t 2 (s),t 3 (s) matrizes ou funções de transferência do problema de ajuste de modelos xx

21 u S (t),u R (t) vetores tensão de estator e de rotor V CC (t) média aritmética simples de V CC1 (t), V CC2 (t) e V CC3 (t) V CC1 (t),v CC2 (t),v CC3 (t) tensão contínua sobre os enrolamentos das fases 1, 2 e 3 do estator, no ensaio para a resistência do estator V L (t) tensão de linha nos ensaios do motor de indução V S (t) tensão fase-neutro dos enrolamentos do estator nos ensaios do motor de indução W c,w o gramianos de controlabilidade e observabilidade W 1 (s),w 2 (s) matrizes ou funções de ponderação nos problemas H X mag X RB X RB X 1,X 2 X 1,X 2 z Z eq Z o Z RB α β reatância de magnetização, por fase, do motor de indução reatância de rotor bloqueado, na freqüência nominal reatância de rotor bloqueado, na freqüência de ensaio reatâncias de dispersão, por fase, do estator e do rotor reatâncias de dispersão, por fase, do estator e do rotor, na freqüência de ensaio variável da transformada z impedância equivalente fator espectral para solução do problema de 2-blocos impedância de rotor bloqueado coordenada angular, com referência ao eixo do enrolamento da fase 1doestator inf( T 1 T 2 QT 3 : Q RH ) coordenada angular, com referência ao eixo do enrolamento da fase 1 do rotor xxi

22 γ 2π/3 variável para o método da bissecção γ γ δ(jω) δ(t) R 2 valor convergido através do método da bissecção para solução do problema de 2-blocos função real não negativa sinal de posição angular de i S (t), com relação ao eixo definido por i mr (s) função de perturbação a (s), p (s) funções de perturbação aditiva emultiplicativa ε(t) sinal de posição angular do rotor, com relação ao eixo do enrolamento da fase 1doestator ε(s) transformada de Laplace de ε(t) ζ(t) sinal de posição angular de i S (t), com relação ao eixo do enrolamento da fase 1doestator θ ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente de linha nos ensaios do motor de indução Θ força magneto-motriz (fmm) Θ(α, ε, t) fmm resultante (superposição de Θ S (α, t) e Θ R (α, ε, t)) Θ R (α, ε, t), Θ R (β,t) fmm do rotor Θ S (α, t) fmm do estator (superposição de Θ S1 (α, t), Θ S2 (α, t) e Θ S3 (α, t)) Θ S1 (α, t), Θ S2 (α, t), Θ S3 (α, t) fmm devida aos enrolamentos das fases 1, 2 e 3 do estator λ coordenada angular para integração, com relação ao eixo do enrolamento da fase 1 do estator, devido à distribuição não uniforme dos enrolamentos µ constante de permeabilidade do ar ξ(t) sinal de posição angular de i R (t), com relação ao eixo do enrolamento da fase 1dorotor xxii

23 π ρ(t) sinal de posição angular de i mr (t), com relação ao eixo do enrolamento da fase 1doestator ρ(s) transformada de Laplace de ρ(t) ρ (t) valor estimado de ρ(t) ρ (s) transformada de Laplace de ρ (t) σ fator de dispersão total σ S,σ R fatores de dispersão do estator edorotor τ constante de tempo no modelo matemático do motor de indução τ pólo introduzido na função Q(s) para torná-la ψ R1 (t),ψ R2 (t),ψ R3 (t) ψ S1 (t),ψ S2 (t),ψ S3 (t) ψ S (t),ψ R (t) ω ω(t) ω(s) ω mr (t) ω mr (s) ω mr (t) ω mr (s) ω ref (t) ω ref (s) ω 1 (t) própria, nos cálculos de controladores H fluxos enlaçados pelos enrolamentos das fases 1, 2 e 3 do rotor fluxos enlaçados pelos enrolamentos das fases 1, 2 e 3 do estator vetores de fluxo enlaçado, de estator e de rotor freqüência angular sinal de velocidade angular do rotor, com relação ao estator transformada de Laplace de ω(t) sinal de velocidade angular de i mr (t), com relação ao estator transformada de Laplace de ω mr (t) valor estimado de ω mr (t) transformada de Laplace de ω mr (t) sinal de velocidade angular de referência para ω(t) transformada de Laplace de ω ref (t) sinal de velocidade angular de i S (t), com relação ao estator freqüência angular das correntes i S1 (t), i S2 (t) e i S3 (t) xxiii

24 ω 1 (s) ω 1nom ω 1ens ω 2 (t) ω 2 (s) ω 2 (t) ω 2 (s) transformada de Laplace de ω 1 (t) freqüência angular ω 1 nominal do motor freqüência angular ω 1 de ensaio do motor sinal de velocidade angular de i mr (t), com relação ao rotor freqüência angular das correntes i R1 (t), i R2 (t) e i R3 (t) transformada de Laplace de ω 2 (t) valor estimado de ω 2 (t) transformada de Laplace de ω 2 (t) Conjuntos, espaços, notações e operadores C conjunto dos números complexos N conjunto dos números naturais R conjunto dos números reais l 2 RL 2 RL RH espaço das funções em R de quadrado integrável espaço das funções racionais estritamente próprias, sem pólos no eixo imaginário espaço das funções racionais, próprias, sem pólos no eixo imaginário espaço das funções racionais, próprias e estáveis RH + espaço das funções racionais, próprias e antiestáveis P m inf [. ] max [. ] min [. ] Re (. ) Im (. ) K(s) est G(s) classe de plantas com perturbação multiplicativa ínfimo máximo mínimo parte real parte imaginária K (s) que estabiliza G (s) xxiv

25 . módulo. norma. norma infinita. 2 norma 2 ou norma euclidiana. H norma de Hankel.,. produto interno [. ] complexo conjugado transposto [. ] T transposto [. ] i, [. ] ci matriz ou função de transferência "inner" e "coinner" [. ] o, [. ] co matriz ou função de transferência "outer" e "coouter" F [. ] transformada de Fourier σ (. ) maior valor singular xxv

26 Capítulo 1 INTRODUÇÃO As idéias fundamentais a respeito do motor de indução foram desenvolvidas em meados de 188 por Nicola Tesla. Houve um período inicial de rápido desenvolvimento sobre as idéias básicas seguido de aperfeiçoamentos que vêm sendo implementados até os dias de hoje. O formato do motor de indução utilizado atualmente apareceu entre 1888 e Nesse período o rotor gaiola de esquilo foi apresentado. Em 1896 motores de indução trifásicos já eram disponíveis comercialmente ehojeé o motor elétrico mais utilizado. Sua invenção deu um forte impulso para a transição de DC para AC no campo da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Sua principal vantagem é a eliminação de todos os contatos deslizantes, resultando em uma construção extraordinariamente simples e robusta. Embora os problemas de controlar eficientemente a velocidade dos motores de indução têm sido investigados por décadas, todas as soluções realizáveis até poucos anos atrás eram insatisfatórias com respeito à complexidade, eficiência, desempenho dinâmico ou custo. Somente devido ao progresso da tecnologia dos semicondutores nos últimos 35 anos é que conversores de frequência estáticos satisfatórios puderam ser construídos a custo aceitável, fazendo do motor de indução o mais promissor dispositivo develocidade ajustável para muitas aplicações. A substituição do comutador, atuando como um conversor mecânico, por um conversor de estado sólido de eletrônica de potência, reduz a máquina AC somente à tarefa de conversão eletromecânica de energia, resultando em muito mais densidade de potência por volume ou massa. Além disso, o aperfeiçoamento contínuo da qualidade dos aços, das técnicas de fundição, do isolamento e das características de 1

27 construção também contribuíram para a diminuição do volume do motor em relação a uma mesma potência e para a redução do seu custo. Sistemas de controle são projetados para que certos sinais, tais como erros e entradas de atuadores, não excedam níveis pré-especificados. Devem ser levadas em conta também as incertezas sobre a planta a ser controlada (os modelos usados para representar sistemas físicos são meras idealizações) e os erros nas medidas de sinais (os sensores não possuem precisão infinita). A respeito da aparentemente óbvia necessidade de se considerar incertezas em plantas explicitamente nos problemas de controle, apenas no início da década de 198 os pesquisadores de controle restabeleceram a ligação com o trabalho clássico de Bode e outros, formulando uma noção sobre incerteza matematicamente tratável em uma estrutura básica de entrada-saída e desenvolvendo técnicas matemáticas rigorosas para considerá-la [1], [2], [3]. Este trabalho propõe o projeto e implementação de um sistema de controle para motores de indução com abordagem pelo controle vetorial ou orientado pelo campo, que tenha uma resposta dinâmica razoável e seja pouco sensível a variações nos parâmetros da planta, mais especificamente variações no valor da constante de tempo rotórica estimada. Por esse motivo escolheu-se aplicar a teoria de controle robusto H no projeto de compensadores para o sistema, apesar de se tratar de um problema não linear. Entretanto, pode-se obter um modelo linear para a planta através do controle orientado pelo campo. Avariável a ser controlada éavelocidade do rotor. Dois problemas H são formulados e resolvidos: (i) um problema de 1-bloco com objetivo de maximizar o desempenho do sistema, ou seja, a resposta transitória para todos os sinais de quadrado integrável, com a restrição de erro de regime permanente nulo para sinais de referência do tipo degrau; (ii) um problema de 2-blocos, formulado para maximizar tanto o desempenho do sistema (resposta transitória) quanto a tolerância do sistema a incertezas no modelo da planta. A idéia por trás da formulação do problema de 2-blocos é modelar o conhecimento inexato da constante de tempo rotórica (razão entre a indutância e a resistência do rotor) como uma perturbação do modelo nominal, que é suposto conhecido e de primeira ordem, quando a constante de tempo rotórica é conhecida exatamente e a planta é formada por um motor de indução e um inversor ideal. Todos os controladores projetados foram implementados em um sistema real. 2

28 A aplicação de controle robusto H em motores de indução é um tema que já foi abordado por outros autores. Attaianese e Tomasso [4] fizeram uso de controle vetorial e da teoria de controle H para controlar a velocidade de motores de indução e concluiram através da comparação entre resultados experimentais e simulados que o procedimento é válido para o projeto de controladores, além de confirmar que pode-se alcançar bom desempenho dinâmico e robustez quanto a variações nos parâmetros do sistema e distúrbios externos. Makouf et al. [5] exploraram o tema robustez e estabilidade de uma estrutura de controle H de motor de indução orientado pelo campo quanto a distúrbios internos e externos, usando linearização por realimentação, concluindo, por meio de resultados simulados, que os objetivos de rastreamento e rejeição de distúrbios foram alcançados. Chiaverini et al. [6] projetaram um controlador de velocidade robusto usando técnica H, orientação pelo campo e linearização por realimentação, obtendo dois subsistemas lineares desacoplados representando a velocidade do rotor e a dinâmica da norma do fluxo, supondo medição completa dos estados. Concluiram com base em resultados simulados, que houve um bom comportamento do motor de indução quanto a variações do tipo degrau no torque de carga. Cauët et al. [7] abordaram o projeto de controladores baseado em L.M.I e modelo politópico com vistas a aplicação em sistemas não lineares sujeitos a variações de parâmetros. Primeiramente usaram modelagem politópica para expressar avariação paramétrica do modelo linearizado e, em seguida, uma técnica de projeto mista H 2 /H baseada em um modelo de referência, foi usada para garantir os objetivos de projeto. Em seguida analizaram a estabilidade robusta do sistema em malha fechada linearizado, na presença das não linearidades ignoradas no processo de síntese do controlador, usando funções de Lyapunov. O método foi aplicado com sucesso em um motor de indução sujeito a variações de resistência e indutância. Mais autores podem ser citados, no que diz respeito à aplicação de técnicas não lineares para controle de motores de indução. Ortega et al. [8] propõem o projeto de um controlador não linear, globalmente estável, para regulação de torque de motores de indução, sem medição de variáveis do rotor e sem singularidades no controlador; a metodologia se aplica ao controle vetorial. Espinosa-Pérez et al. [9] apresentam um controlador não linear, globalmente estável, para rastreamento de 3

29 torque e regulação de fluxo de motores de indução; a metodologia requer medição das variáveis do estator e da velocidade do rotor. Ortega et al. [1] calculam um controlador não linear para rastreamento de velocidade, que não requer observadores de estado, utilizando um filtro linear para o erro de velocidade. Nos artigos de Ortega et al. [8] e [1] e Espinosa-Pérez et al. [9] somente resultados de simulações são apresentados. Ortega et al. [11] apresentam um controlador para orientação pelo fluxo, de motores de indução alimentados por corrente, em tempo discreto, que garante regulação assintótica global, assim como rastreamento da norma do fluxo. Wit et al. [12] investigam a questão da robustêz quanto a incertezas paramétricas dentro do contexto de orientação pelo fluxo. Condições para estabilidade assintótica local e global, assim como limitantes para todos os sinais são obtidos. Kim et al. [13] apresentam uma comparação teórica e experimental entre dois controladores não lineares recentes para regulação de velocidade de motores de indução alimentados por corrente; trata-se do controlador baseado em passividade (PBC) e do controlador adaptativo baseado em observadores (OBAC). Marino et al. [14] [15] propõem o projeto de um controlador adaptativo para motores de indução alimentados por corrente, supondo medição da velocidade do rotor e correntes do estator, garantindo rastreamento exponencial global, da velocidade e do fluxo do rotor, usando um estimador de sétima ordem. Chiasson [16] apresenta uma nova abordagem para o controle do motor de indução usando linearização por realimentação. Considerando o modelo d-q do motor, ele mostra que existe uma única transformação linear por realimentação, que é válida enquanto a magnitude do fluxo do rotor for não nula. Furtunato et al. [17] apresentam um sistema de controle de velocidade de um motor de indução através de controle vetorial com orientação pelo fluxo do rotor indireto. A estratégia é o controle adaptativo por modelo de referência e estrutura variável, destinada ao controle de plantas com incertezas. Em Marino et al. [14] e Furtunato et al. [17] resultados experimentais são apresentados. A construção de um sistema de controle geralmente envolve muitos passos. Um cenário típico é descrito a seguir: i) Estudar o sistema a ser controlado e decidir quais tipos de sensores e atuadores serão utlizados e onde eles serão inseridos. ii) Modelar o sistema resultante a ser controlado. 4

30 iii) Simplificar o modelo, se necessário, para que ele seja tratável. iv) Analisar o modelo resultante e determinar suas propriedades. v) Escolher os objetivos de controle. vi) Escolher o tipo de controlador a ser usado. vii) Projetar um controlador que atenda as especificações, se for possível; se não for, modificar os objetivos ou generalizar o tipo de controlador procurado. viii) Simular o sistema de controle resultante, seja em computador, seja em planta piloto. ix) Retornar ao passo 1sefor necessário. x) Escolher o hardware e o software e implementar o controlador. xi) Ajustar o controlador no "campo", se for necessário. Ao longo do tempo foram desenvolvidos vários modelos matemáticos para representar o funcionamento do motor de indução. Existem modelos que dão ênfase ao comportamento do motor em regime permanente [18] e modelos mais complexos, que se preocupam em representar satisfatoriamente o regime transitório da máquina [19]. Para tanto, o capítulo 2 apresenta detalhadamente a modelagem matemática do motor de indução, com vistas à aplicação do controle vetorial ou controle orientado pelo campo. A base matemática para o cálculo de controladores, utilizando técnicas de controle robusto H, está desenvolvida no capítulo 3. Os ensaios para identificação dos parâmetros e validação do modelo matemático da planta são descritos no capítulo 4. Os objetivos de controle e o projeto dos controladores H resultantes dos problemas de 1- e 2-blocos, assim como os resultados obtidos na implementação desses controladores em bancada estão apresentados no capítulo 5. Finalmente, no capítulo 6 são apresentadas as conclusões e comentários sobre o trabalho desenvolvido, além de propostas para a continuação do mesmo. 5

31 Capítulo 2 MODELO MATEMÁTICO DO MOTOR DE INDUÇÃO A teoria do motor de indução sob condições dinâmicas requer um tratamento matemático elaborado tendo em vista os campos magnéticos girantes e as relações espaciais dependentes da velocidade e da carga. Por essa razão, o seu tratamento, do ponto de vista industrial, requer simplificações. Os circuitos equivalentes desenvolvidos para a operação em regime permanente com tensões e correntes senoidais, são inadequados para se trabalhar com transitórios ou quando o motor é alimentado por um conversor chaveado. Como alternativa, deve-se procurar um modelo matemático a ser usado para fins de controle que incorpore a maioria das características qualitativas de um motor real. Porém, este modelo não será suficientemente preciso para a finalidade de se projetar uma máquina. Neste caso, a condição de regime permanente é tratada como um caso especial do caso dinâmico geral. Neste capítulo apresenta-se o modelo do motor de indução desenvolvido por Leonhard [19]. Inicialmente desenvolve-se o modelo vetorial referenciado a um sistema tri-axial de coordenadas fixas (ao estator e ao rotor) e posteriormente escolhe-se um novo sistema de coordenadas complexas móveis cujo eixo real é solidário ao pico positivo do fluxo do rotor. Um modelo alternativo e equivalente pode ser obtido a partir das equações propostas por Slemon [2]. 6

32 2.1 MODELO MATEMÁTICO GENERALIZADO DE UMA MÁQUINA CA Para a obtenção do modelo matemático de uma máquina de indução, são feitas as seguintes suposições: (i) o estator S da máquina é representado por um cilindro oco de ferro com seção transversal circular, contendo um rotor R concêntrico tal que um estreito entreferro, de espessura constante e radial h, exista entre as superfícies cilíndricas sobre as quais apóiam-se enrolamentos trifásicos de profundidade desprezível; (ii) A distribuição espacial das espiras é pensada como sendo produzida por condutores de fios finos ou por folhas condutoras adequadamente colocadas; (iii) ambos os neutros das conexões em estrela das bobinas são isolados; (iv) os terminais do enrolamento do rotor estão conectados a anéis deslizantes ou curto-circuitados internamente; (v) N S, N R são, respectivamente, os números de voltas completas do enrolamento de cada fase no estator e no rotor. Na máquina de indução, deseja-se ainda, uma distribuição senoidal no entreferro, da densidade de fluxo B, da intensidade de campo H e da força magneto-motriz (fmm) Θ. Para tanto, supõe-se que o enrolamento de cada fase possui uma densidade de condutores distribuída senoidalmente. Por exemplo, para a fase 1 do estator, a densidade de condutores (com unidade dada em condutores por radiano) para α π é igual a n S (α)= N S 2 sen α onde α denota a coordenada angular com referência ao eixo do enrolamento da fase 1 do estator que é indicado pela sua espira central, conforme mostrado na Figura 2.1. Finalmente, supõe-se que a permeabilidade do ferro laminado do estator e do rotor seja infinita, e que a saturação, as perdas no ferro e os efeitos de borda e das ranhuras sejam ignorados. Considere agora o diagrama esquemático da Figura 2.1, onde os eixos dos enrolamentos idênticos das fases 2 e 3 estão posicionados em α = γ = 12 e α =2γ = 24 respectivamente. Deve-se ressaltar que definições correspondentes valem para os enrolamentos do rotor, onde β denota a coordenada angular com referência ao eixo do enrolamento 1 do rotor. São definidos ainda: ε(t), ângulo de rotação do rotor, medido no sistema de coordenadas do estator; ω(t) =dε (t) /dt, velocidade angular 7

33 i S (t) ζ γ = 2π 3 β α i S3 i R2 i S2 ε i R3 i R1 Θ S (α, t) i S1 i R (t) Figura 2.1: Seção transversal do motor de indução instantânea do rotor. Deve ser ainda observado que a discussão a seguir se aplica a motores de 2 pólos; em máquinas com mais de 2 pólos a velocidade síncrona é correspondentemente reduzida. O campo magnético no entreferro da máquina tem direção radial devido ao paralelismo entre as superfícies do estator e do rotor e à suposição de permeabilidade infinita do ferro. Como os efeitos de borda foram desprezados, considera-se o campo magnético como sendo bi-dimensional, isto é, sempre pertencente a um plano perpendicular ao eixo do motor. As três correntes do estator i S1 (t), i S2 (t), i S3 (t) podem apresentar qualquer forma de onda; por razões de simetria todas as correntes são mantidas ao longo dos cálculos embora uma das correntes seja redundante porque, devido ao neutro isolado, tem-se que a relação i S1 (t)+i S2 (t)+i S3 (t) = (2.1) é válida em qualquer instante, ou seja, as correntes são balanceadas. Com estas simplificações e definições, a força magnetomotriz (fmm) radial estacionária devida ao enrolamento da fase 1 do estator e que é gerada pela circulação 8

34 de uma corrente no mesmo, tem distribuição espacial senoidal, sendo dada por: Θ S1 (α, t) =N S i S1 (t)cosα, onde o fator cos α se deve ao fato de que a distribuição de condutores é senoidal, ou seja, ele caracteriza a distribuição da fmm do enrolamento da fase 1 do estator. Analogamente, as fmm devidas aos enrolamentos das fases 2 e 3, considerando o deslocamento espacial desses enrolamentos, são dadas respectivamente por: Θ S2 (α, t) = N S i S1 (t)cos(α γ) Θ S3 (α, t) = N S i S1 (t)cos(α 2γ), γ = 2π 3. A superposição das fmm fornece a seguinte equação: Θ S (α, t) = Θ S1 (α, t)+θ S2 (α, t)+θ S3 (α, t) Θ S (α, t) = N S [i S1 (t)cos(α)+i S2 (t)cos(α γ)+i S3 (t)cos(α 2γ)] (2.2) De acordo com a Figura 2.1, Θ S (α, t) corresponde aos amperes-espiras ou fmm do estator, enlaçados por uma linha de campo magnético radial que cruza o motor em um ângulo α. Quando os enrolamentos são alimentados com correntes alternadas, cada termo da Equação (2.2) oscila como uma onda estacionária, fixa no espaço. A superposição delas resulta em uma onda girante Θ S (α, t). Introduzindo a notação complexa cos α = 1 2 (ejα + e jα ) e substituindo-a na Equação (2.2), tem-se que: [ is1 (t) ( Θ S (α, t) =N S e jα + e jα) + i S2(t) ( e jα e jγ + e jα e jγ) i S3(t) ( e jα e j2γ + e jα e j2γ)] 2 Θ S (α, t) = N S [( is1 (t)+i S2 (t)e jγ + i S3 (t)e j2γ) e jα ( i S1 (t)+i S2 (t)e jγ + i S3 (t)e j2γ) e jα] onde Θ S (α, t) = N S 2 [ is (t)e jα + i S (t)ejα], (2.3) i S (t) = i S1 (t)+i S2 (t)e jγ + i S3 (t)e j2γ (2.4a) i S (t) = i S1(t)+i S2 (t)e jγ + i S3 (t)e j2γ (2.4b) 9

35 sendo i S (t) um vetor corrente dependente do tempo no plano complexo e i S(t) seu vetor conjugado complexo respectivamente. Note que Θ S (α, t) é real, representando uma quantidade física mensurável dependente de α e t. i S (t)ejα e jγ γ ζ i S (t) α i S (t) i S (t)e jα 1 i S3 (t) e j2γ i S1 (t) i S2 (t) α i S (t) 2 N S Θ S (α, t) i S (t)e jα (a) (b) Figura 2.2: Vetor corrente complexo Como i S (t) é uma grandeza complexa, pode ser escrita como i S (t) =i S (t)e jζ(t). (2.5) onde i S (t) = i S (t) e ζ(t) = i S (t), em radianos, variam com o tempo. Uma construção do vetor corrente de estator i S (t) é mostrada na Figura 2.2 para supostos valores de i S1 (t) >, i S2 (t), i S3 (t) <. Ovetor corrente i S (t) determina o módulo e a posição angular instantânea do pico da forma de onda correspondente à fmm que é distribuída senoidalmente, sendo produzida pelas correntes dos três enrolamentos do estator espacialmente deslocados. Combinando as Equações (2.3) e (2.5) tem-se que a fmm pode ser expressa como uma onda viajante, cujo pico segue o ângulo ζ(t) do vetor corrente. Assim: Θ S (α, t) = N S [ is (t)e jζ(t) e jα + i S (t)e jζ(t) e jα] 2 [ 1 ( Θ S (α, t) = N S i S (t) e j(ζ(t) α) + e j(ζ(t) α))] 2 Θ S (α, t) = N S i S (t)cos[ζ(t) α]. (2.6) Se as correntes do estator são senoidais e formam um sistema trifásico simétrico, aondadefmmsemove com módulo constanteevelocidade ω 1 = dζ/dt no entreferro do motor. 1

36 Uma vez que os vetores complexos definidos nas Equações (2.4) a (2.6) descrevem a distribuição espacial de um campo magnético em um plano perpendicular ao eixo do motor, eles também são chamados de vetores espaciais ou fasores espaciais. Porém, eles não devem ser confundidos com os fasores constantes complexos que descrevem grandezas alternadas senoidais em regime permanente. O mesmo raciocínio anterior vale para a fmm produzida pelos enrolamentos trifásicos do rotor, ou seja: Θ R (β,t)=n R [i R1 (t)cosβ + i R2 (t)cos(β γ)+i R3 (t)cos(β 2γ)]. (2.7) Logo, definindo-se um vetor corrente de rotor e, respectivamente, seu complexo conjugado, tem-se: i R (t) = i R1 (t)+i R2 (t)e jγ + i R3 (t)e j2γ = i R (t)e jξ(t), (2.8a) i R (t) = i R1(t)+i R2 (t)e jγ + i R3 (t)e j2γ = i R (t)e jξ(t), (2.8b) onde i R (t) = i R (t) e ξ(t) = i R (t), em radianos. Desta forma a fmm, gerada pelas correntes do rotor e expressa em termos das coordenadas do rotor, é dada por: Θ R (β,t) = N R 2 [ ir (t)e jβ + i R (t)ejβ]. (2.9) Para escrevê-la em termos das coordenadas do estator, note que, de acordo com a Figura 2.1, e, portanto: Θ R (α, ε, t) = N R 2 β = α ε (2.1) [ ir (t)e j(α ε) + i R (t)ej(α ε)]. (2.11) A fmm resultante é uma superposição das fmm do estator e do rotor, sendo dada por: Θ(α, ε, t) =Θ S (α, t)+θ R (α, ε, t). (2.12) Com a permeabilidade do ferro suposta infinita e a força magnetomotriz nos dois cruzamentos do entreferro, a densidade de fluxo local no entreferro do lado do estator é dada por: B S (α, ε, t) = µ 2h [Θ S(α, t)+kθ R (α, ε, t)], (2.13) 11

37 r λ λ Densidade incremental de voltas N S 2 cos λ λ Figura 2.3: Distribuição do enrolamento da fase 1. onde k<1 é um fator de acoplamento global, que leva em conta a dispersão magnética (a ser quantificada mais adiante) e µ é a constante de permeabilidade do ar. No cálculo dos enlaces de fluxo, a distribuição espacial dos condutores deve ser considerada conforme mostrado na Figura 2.3 para o exemplo de um enrolamento do estator. Supondo uma distribuição quase contínua de voltas com uma densidade incremental 1 2 N S cos λ, tem-se a distribuição senoidal desejada. Deve ser observado que, neste caso, o número total de voltas se torna N S, como pode ser demonstrado pela integração no intervalo π λ π. Assim o fluxo enlaçado pelo enrolamento do estator é obtido por uma dupla integração, qual seja: ψ S1 (t) = N S 2 π 2 λ= π 2 cos λ λ+ π 2 α=λ π 2 lrb S (α, ε, t)dα dλ, (2.14) onde l é o comprimento axial efetivo er denota o raio do rotor. Aintegração sobre α é uma consequência do campo não uniforme no entreferro, enquanto que a integração sobre λ é necessária por causa da distribuição não uniforme do enrolamento. Inserindo a Equação (2.13) em (2.14) obtém-se: ψ S1 (t) = N S 2 π 2 λ= π 2 cos λ λ+ π 2 α=λ π 2 lrµ 2h [Θ S(α, t)+kθ R (α, ε, t)] dα dλ 12

Eletromagnetismo. Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística. ...:: Solução ::...

Eletromagnetismo. Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística. ...:: Solução ::... Eletromagnetismo Johny Carvalho Silva Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Matemática, Física e Estatística Lista -.1 - Mostrar que a seguinte medida é invariante d 3 p p 0 onde: p 0 p + m (1)

Διαβάστε περισσότερα

CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse

CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse CASE: Projeto EDW Enterprise Data Warehouse Objetivos do Projeto Arquitetura EDW A necessidade de uma base de BI mais robusta com repositório único de informações para suportar a crescente necessidade

Διαβάστε περισσότερα

Tema: Enerxía 01/02/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA

Tema: Enerxía 01/02/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA Tema: Enerxía 01/0/06 DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA Nome: 1. Unha caixa de 150 kg descende dende o repouso por un plano inclinado por acción do seu peso. Se a compoñente tanxencial do peso é de 735

Διαβάστε περισσότερα

Tema 3. Espazos métricos. Topoloxía Xeral,

Tema 3. Espazos métricos. Topoloxía Xeral, Tema 3. Espazos métricos Topoloxía Xeral, 2017-18 Índice Métricas en R n Métricas no espazo de funcións Bólas e relacións métricas Definición Unha métrica nun conxunto M é unha aplicación d con valores

Διαβάστε περισσότερα

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA MESTRADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA MARCOS VINICIUS BRESSAN INVERSOR MULTINÍVEL HÍBRIDO BASEADO

Διαβάστε περισσότερα

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Gabarito - Monitoria 01-10/04/2007

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Gabarito - Monitoria 01-10/04/2007 EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA Gabarito - Monitoria 0-0/04/2007 Eduardo P Ribeiro eduardopr@fgvbr Professor Ilton G Soares iltonsoares@fgvmailbr Monitor 0 Sobre o coeficiente de determinação R 2 e o coeficiente

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS. 3. Cal é o vector de posición da orixe de coordenadas O? Cales son as coordenadas do punto O?

EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS. 3. Cal é o vector de posición da orixe de coordenadas O? Cales son as coordenadas do punto O? EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: RECTAS E PLANOS Representa en R os puntos S(2, 2, 2) e T(,, ) 2 Debuxa os puntos M (, 0, 0), M 2 (0,, 0) e M (0, 0, ) e logo traza o vector OM sendo M(,, ) Cal é o vector de

Διαβάστε περισσότερα

EXERCICIOS DE REFORZO: RECTAS E PLANOS

EXERCICIOS DE REFORZO: RECTAS E PLANOS EXERCICIOS DE REFORZO RECTAS E PLANOS Dada a recta r z a) Determna a ecuacón mplícta do plano π que pasa polo punto P(,, ) e é perpendcular a r Calcula o punto de nterseccón de r a π b) Calcula o punto

Διαβάστε περισσότερα

COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS NEWTON C. BRAGA COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS VOLUME 2 Instituto Newton C. Braga www.newtoncbraga.com.br contato@newtoncbraga.com.br COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS Como testar componentes eletrônicos

Διαβάστε περισσότερα

SHEILA CRISLEY DE ASSIS

SHEILA CRISLEY DE ASSIS SHELA CRSLEY DE ASSS PROPAGAÇÃO DA ATTUDE DE SATÉLTES ARTFCAS ESTABLZADOS POR ROTAÇÃO: TORQUE RESDUAL MÉDO COM O MODELO DE QUADRPOLO PARA O CAMPO GEOMAGNÉTCO Tese apresentada à Faculdade de Engenharia

Διαβάστε περισσότερα

ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t

ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t FichaCatalografica :: Fichacatalografica https://www3.dti.ufv.br/bbt/ficha/cadastrarficha/visua... Ficha catalográfica preparada

Διαβάστε περισσότερα

Catálogodegrandespotencias

Catálogodegrandespotencias www.dimotor.com Catálogogranspotencias Índice Motores grans potencias 3 Motores asíncronos trifásicos Baja Tensión y Alta tensión.... 3 Serie Y2 Baja tensión 4 Motores asíncronos trifásicos Baja Tensión

Διαβάστε περισσότερα

Procedementos operatorios de unións non soldadas

Procedementos operatorios de unións non soldadas Procedementos operatorios de unións non soldadas Técnicas de montaxe de instalacións Ciclo medio de montaxe e mantemento de instalacións frigoríficas 1 de 28 Técnicas de roscado Unha rosca é unha hélice

Διαβάστε περισσότερα

Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα

Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα - Γενικά Onde posso encontrar o formulário para? Onde posso encontrar o formulário para? Για να ρωτήσετε που μπορείτε να βρείτε μια φόρμα Quando foi emitido seu/sua [documento]? Για να ρωτήσετε πότε έχει

Διαβάστε περισσότερα

REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ

REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ REPÚBLICA DE ANGOLA EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA GRÉCIA PEDIDO DE VISTO ΑΙΤΗΣΗ ΓΙΑ ΒΙΖΑ FOTO ΦΩΤΟΓΡΑΦΙΑ DIPLOMÁTICO OFICIAL ORDINÁRIO ΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΠΙΣΗΜΗ ΚΑΝΟΝΙΚΗ TRÂNSITO TRABALHO F. RESIDÊNCIA

Διαβάστε περισσότερα

ss rt çã r s t Pr r Pós r çã ê t çã st t t ê s 1 t s r s r s r s r q s t r r t çã r str ê t çã r t r r r t r s

ss rt çã r s t Pr r Pós r çã ê t çã st t t ê s 1 t s r s r s r s r q s t r r t çã r str ê t çã r t r r r t r s P P P P ss rt çã r s t Pr r Pós r çã ê t çã st t t ê s 1 t s r s r s r s r q s t r r t çã r str ê t çã r t r r r t r s r t r 3 2 r r r 3 t r ér t r s s r t s r s r s ér t r r t t q s t s sã s s s ér t

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II PAU XUÑO 2011 MATEMÁTICAS II Código: 26 (O alumno/a debe responder só os exercicios dunha das opcións. Puntuación máxima dos exercicios de cada opción: exercicio 1= 3 puntos, exercicio 2= 3 puntos, exercicio

Διαβάστε περισσότερα

Método de Diferenças Finitas Aplicado à Precicação de Opções EDÍLIO ROCHA QUINTINO Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Computação da Universidade Federal Fluminense como requisito

Διαβάστε περισσότερα

Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice de aluminio.

Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice de aluminio. HCH HCT HCH HCT Ventiladores helicoidales murales o tubulares, de gran robustez Ventiladores helicoidales murales o tubulares, versión PL equipados con hélice de plástico y versión AL equipados con hélice

Διαβάστε περισσότερα

MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA

MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA MARCELO RENATO DE CERQUEIRA PAES JÚNIOR ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE CENTRAIS SOLARES FOTOVOLTAICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO OESTE DO ESTADO DA PARAÍBA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2010 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2010 MATEMÁTICAS II PAU XUÑO 010 MATEMÁTICAS II Código: 6 (O alumno/a deber responder só aos eercicios dunha das opcións. Punuación máima dos eercicios de cada opción: eercicio 1= 3 punos, eercicio = 3 punos, eercicio 3 =

Διαβάστε περισσότερα

P P Ô. ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t

P P Ô. ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t P P Ô P ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã ís r t çã tít st r t FELIPE ANDRADE APOLÔNIO UM MODELO PARA DEFEITOS ESTRUTURAIS EM NANOMAGNETOS Dissertação apresentada à Universidade Federal

Διαβάστε περισσότερα

rs r r â t át r st tíst Ó P ã t r r r â

rs r r â t át r st tíst Ó P ã t r r r â rs r r â t át r st tíst P Ó P ã t r r r â ã t r r P Ó P r sã rs r s t à r çã rs r st tíst r q s t r r t çã r r st tíst r t r ú r s r ú r â rs r r â t át r çã rs r st tíst 1 r r 1 ss rt q çã st tr sã

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS PROBLEMAS M.H.S.. 1. Dun resorte elástico de constante k = 500 N m -1 colga unha masa puntual de 5 kg. Estando o conxunto en equilibrio, desprázase

Διαβάστε περισσότερα

Inscrição Carta de Referência

Inscrição Carta de Referência - Introdução Αγαπητέ κύριε, Αγαπητέ κύριε, Formal, destinatário do sexo masculino, nome desconhecido Αγαπητή κυρία, Αγαπητή κυρία, Formal, destinatário do sexo femino, nome desconhecido Αγαπητέ κύριε/κύρια,

Διαβάστε περισσότερα

Ακαδημαϊκός Λόγος Κύριο Μέρος

Ακαδημαϊκός Λόγος Κύριο Μέρος - Επίδειξη Συμφωνίας De modo geral, concorda-se com... porque... Επίδειξη γενικής συμφωνίας με άποψη άλλου Tende-se a concordar com...porque... Επίδειξη γενικής συμφωνίας με άποψη άλλου Parlando in termini

Διαβάστε περισσότερα

KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS

KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS KIT DE DRENAJE DE CONDENSADOS Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual está instalado este Kit. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y REGLAS

Διαβάστε περισσότερα

DECLARATION OF PERFORMANCE No CPD-0522 REV 1.02

DECLARATION OF PERFORMANCE No CPD-0522 REV 1.02 DECLARATION OF PERFORMANCE No. According to Construction Products Regulation EU No. 305/2011 This declaration is available in the following languages: English Declaration of Performance Page 2-3 Greek

Διαβάστε περισσότερα

Αιτήσεις Συνοδευτική Επιστολή

Αιτήσεις Συνοδευτική Επιστολή - Εισαγωγή Αξιότιμε κύριε, Επίσημη επιστολή, αρσενικός αποδέκτης, όνομα άγνωστο Αξιότιμη κυρία, Επίσημη επιστολή, θηλυκός αποδέκτης, όνομα άγνωστο Αξιότιμε κύριε/ κυρία, Prezado Senhor, Caro Senhor, Prezada

Διαβάστε περισσότερα

1 La teoría de Jeans. t + (n v) = 0 (1) b) Navier-Stokes (conservación del impulso) c) Poisson

1 La teoría de Jeans. t + (n v) = 0 (1) b) Navier-Stokes (conservación del impulso) c) Poisson 1 La teoría de Jeans El caso ás siple de evolución de fluctuaciones es el de un fluído no relativista. las ecuaciones básicas son: a conservación del núero de partículas n t + (n v = 0 (1 b Navier-Stokes

Διαβάστε περισσότερα

Tema 1. Espazos topolóxicos. Topoloxía Xeral, 2016

Tema 1. Espazos topolóxicos. Topoloxía Xeral, 2016 Tema 1. Espazos topolóxicos Topoloxía Xeral, 2016 Topoloxía e Espazo topolóxico Índice Topoloxía e Espazo topolóxico Exemplos de topoloxías Conxuntos pechados Topoloxías definidas por conxuntos pechados:

Διαβάστε περισσότερα

Τ ο οριστ ικό άρθρο ΕΝΙΚΟΣ Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλ ητική Αρσενικός ο του το(ν) Θηλ υκός η της τη(ν) Ουδέτερο το του το ΠΛΗΘΥ ΝΤΙΚΟΣ

Τ ο οριστ ικό άρθρο ΕΝΙΚΟΣ Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλ ητική Αρσενικός ο του το(ν) Θηλ υκός η της τη(ν) Ουδέτερο το του το ΠΛΗΘΥ ΝΤΙΚΟΣ Apresentação Άρθρο και Ουσιαστικά Nic o las Pe lic ioni de OLI V EI RA 1 Modelo de declinação de artigos e substantivos (άρθρο και ουσιαστικά, em grego) apresentado pela universidade Thessaloniki. Só é

Διαβάστε περισσότερα

Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλητική Αρσ. γλ υκοί γλ υκών γλ υκούς γλ υκοί Θηλ. γλ υκές γλ υκών γλ υκές γλ υκές Ουδ. γλ υκά γλ υκών γλ υκά γλ υκά

Ονομαστική Γενική Αιτιατική Κλητική Αρσ. γλ υκοί γλ υκών γλ υκούς γλ υκοί Θηλ. γλ υκές γλ υκών γλ υκές γλ υκές Ουδ. γλ υκά γλ υκών γλ υκά γλ υκά Επίθετα και Μετοχές Nic o las Pe lic ioni de OLI V EI RA 1 Apresentação Modelo de declinação de adjetivos e particípios (επίθετα και μετοχές, em grego) apresentado pela universidade Thessaloniki. Só é

Διαβάστε περισσότερα

Métodos Matemáticos en Física L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro APL)

Métodos Matemáticos en Física L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro APL) L4F. CONDICIONES de CONTORNO+Fuerzas Externas (Cap. 3, libro Condiciones de contorno. Fuerzas externas aplicadas sobre una cuerda. condición que nos describe un extremo libre en una cuerda tensa. Ecuación

Διαβάστε περισσότερα

SIMP OSIO BRASILEIRO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS FUNDAMENTOS DA ANIMAC ~ AO MODELADA PORCOMPUTADOR. Leo Pini Magalh~aes

SIMP OSIO BRASILEIRO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS FUNDAMENTOS DA ANIMAC ~ AO MODELADA PORCOMPUTADOR. Leo Pini Magalh~aes VIII SIBGRAPI SIMP OSIO BRASILEIRO DE COMPUTAC ~ AO GR AFICA E PROCESSAMENTO DE IMAGENS TUTORIAL: FUNDAMENTOS DA ANIMAC ~ AO MODELADA PORCOMPUTADOR Jose Tarcsio Franco de Camargo e-mail: tarcisio@dca.fee.unicamp.br

Διαβάστε περισσότερα

TRIGONOMETRIA. hipotenusa L 2. hipotenusa

TRIGONOMETRIA. hipotenusa L 2. hipotenusa TRIGONOMETRIA. Calcular las razones trigonométricas de 0º, º y 60º. Para calcular las razones trigonométricas de º, nos ayudamos de un triángulo rectángulo isósceles como el de la figura. cateto opuesto

Διαβάστε περισσότερα

Pessoal Cumprimentos. Cumprimentos - Casamento. Cumprimentos - Noivado

Pessoal Cumprimentos. Cumprimentos - Casamento. Cumprimentos - Noivado - Casamento Συγχαρητήρια. Σας ευχόμαστε όλη την ευτυχία του κόσμου. Frase usada para felicitar um casal recém-casado Θερμά συγχαρητήρια για τους δυο σας αυτήν την ημέρα του γάμου σας. Frase usada para

Διαβάστε περισσότερα

ΓΗ ΚΑΙ ΣΥΜΠΑΝ. Εικόνα 1. Φωτογραφία του γαλαξία μας (από αρχείο της NASA)

ΓΗ ΚΑΙ ΣΥΜΠΑΝ. Εικόνα 1. Φωτογραφία του γαλαξία μας (από αρχείο της NASA) ΓΗ ΚΑΙ ΣΥΜΠΑΝ Φύση του σύμπαντος Η γη είναι μία μονάδα μέσα στο ηλιακό μας σύστημα, το οποίο αποτελείται από τον ήλιο, τους πλανήτες μαζί με τους δορυφόρους τους, τους κομήτες, τα αστεροειδή και τους μετεωρίτες.

Διαβάστε περισσότερα

ELECTROTECNIA. BLOQUE 3: MEDIDAS NOS CIRCUÍTOS ELÉCTRICOS (Elixir A ou B)

ELECTROTECNIA. BLOQUE 3: MEDIDAS NOS CIRCUÍTOS ELÉCTRICOS (Elixir A ou B) 36 ELECTROTECNIA O exame consta de dez problemas, debendo o alumno elixir catro, un de cada bloque. Non é necesario elixir a mesma opción (A o B ) de cada bloque. Todos os problemas puntúan do mesmo xeito,

Διαβάστε περισσότερα

ELECTROTECNIA. BLOQUE 1: ANÁLISE DE CIRCUÍTOS (Elixir A ou B) A.- No circuíto da figura determinar o valor da intensidade na resistencia R 2

ELECTROTECNIA. BLOQUE 1: ANÁLISE DE CIRCUÍTOS (Elixir A ou B) A.- No circuíto da figura determinar o valor da intensidade na resistencia R 2 36 ELECTROTECNIA O exame consta de dez problemas, debendo o alumno elixir catro, un de cada bloque. Non é necesario elixir a mesma opción (A ou B ) de cada bloque. Todos os problemas puntúan igual, é dicir,

Διαβάστε περισσότερα

VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo,

VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo, 43 VERBOS II: A idéia de tempo, em grego, refere-se à qualidade da ação e não propriamente ao tempo, como em português. No presente, por exemplo, temos uma ação durativa ou linear. É uma ação em progresso,

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO. F = m a

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO. F = m a Física P.A.U. ELECTOMAGNETISMO 1 ELECTOMAGNETISMO INTODUCIÓN MÉTODO 1. En xeral: Debúxanse as forzas que actúan sobre o sistema. Calcúlase a resultante polo principio de superposición. Aplícase a 2ª lei

Διαβάστε περισσότερα

Problemas resueltos del teorema de Bolzano

Problemas resueltos del teorema de Bolzano Problemas resueltos del teorema de Bolzano 1 S e a la fun ción: S e puede af irm a r que f (x) está acotada en el interva lo [1, 4 ]? P or no se r c ont i nua f (x ) e n x = 1, la f unció n no e s c ont

Διαβάστε περισσότερα

LEONARDO DANIEL TAVARES UM SIMULADOR DE TRÁFEGO URBANO BASEADO EM AUTÔMATOS CELULARES Belo Horizonte, Minas Gerais Março de 2010 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Programa de Pós-Graduação

Διαβάστε περισσότερα

ln x, d) y = (3x 5 5x 2 + 7) 8 x

ln x, d) y = (3x 5 5x 2 + 7) 8 x EXERCICIOS AUTOAVALIABLES: CÁLCULO DIFERENCIAL. Deriva: a) y 7 6 + 5, b) y e, c) y e) y 7 ( 5 ), f) y ln, d) y ( 5 5 + 7) 8 n e ln, g) y, h) y n. Usando a derivada da función inversa, demostra que: a)

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS

Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS Física P.A.U. VIBRACIÓNS E ONDAS 1 VIBRACIÓNS E ONDAS INTRODUCIÓN MÉTODO 1. En xeral: a) Debúxanse as forzas que actúan sobre o sistema. b) Calcúlase cada forza. c) Calcúlase a resultante polo principio

Διαβάστε περισσότερα

NÚMEROS COMPLEXOS. Páxina 147 REFLEXIONA E RESOLVE. Extraer fóra da raíz. Potencias de. Como se manexa k 1? Saca fóra da raíz:

NÚMEROS COMPLEXOS. Páxina 147 REFLEXIONA E RESOLVE. Extraer fóra da raíz. Potencias de. Como se manexa k 1? Saca fóra da raíz: NÚMEROS COMPLEXOS Páxina 7 REFLEXIONA E RESOLVE Extraer fóra da raíz Saca fóra da raíz: a) b) 00 a) b) 00 0 Potencias de Calcula as sucesivas potencias de : a) ( ) ( ) ( ) b) ( ) c) ( ) 5 a) ( ) ( ) (

Διαβάστε περισσότερα

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES MANUAL DE INSTRUÇÕES Ο ΗΛΙΕΣ ΧΡΗΣΕΩΣ MANUAL DE INSTRUCCIONES DSAFM75R5IA- DSAFM95R5IA- DSAFM125R5IA- DSAFM165R5IA- DSAFM185R5IA- DSAFM225R5IA- DSAFP125R5IA- DSAFP165R5IA- DSAFP185R5IA- Aparelho de ar condicionado-sistema

Διαβάστε περισσότερα

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES

MANUAL DE INSTRUÇÕES MANUAL DE INSTRUCCIONES MANUAL DE INSTRUÇÕES Ο ΗΛΙΕΣ ΧΡΗΣΕΩΣ MANUAL DE INSTRUCCIONES CAFM75R5IA- CAFM95R5IA- CAFM125R5IA- CAFM165R5IA- CAFM185R5IA- CAFM255R5IA- CAFM365R5IA- CAFM485R5IA- CAFP125R5IA- CAFP165R5IA- CAFP185R5IA-

Διαβάστε περισσότερα

Exame tipo. C. Problemas (Valoración: 5 puntos, 2,5 puntos cada problema)

Exame tipo. C. Problemas (Valoración: 5 puntos, 2,5 puntos cada problema) Exame tipo A. Proba obxectiva (Valoración: 3 puntos) 1. - Un disco de 10 cm de raio xira cunha velocidade angular de 45 revolucións por minuto. A velocidade lineal dos puntos da periferia do disco será:

Διαβάστε περισσότερα

FILTRO DE RED METÁLICA

FILTRO DE RED METÁLICA FILTRO DE RED METÁLICA Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual está instalado el accesorio. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y a REGLAS

Διαβάστε περισσότερα

Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές

Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές - Γάμος Desejando a vocês toda felicidade do mundo. Συγχαρητήρια για ένα νιόπαντρο ζευγάρι Parabéns e votos calorosos aos dois no dia do seu casamento. Συγχαρητήρια για ένα νιόπαντρο ζευγάρι Parabéns por

Διαβάστε περισσότερα

Estimation of grain boundary segregation enthalpy and its role in stable nanocrystalline alloy design

Estimation of grain boundary segregation enthalpy and its role in stable nanocrystalline alloy design Supplemental Material for Estimation of grain boundary segregation enthalpy and its role in stable nanocrystalline alloy design By H. A. Murdoch and C.A. Schuh Miedema model RKM model ΔH mix ΔH seg ΔH

Διαβάστε περισσότερα

a a

a a Universidade Federal de Uberlândia - UFU Faculdade de Computação - FACOM Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação Caracterização de Imagens utilizando Redes Neurais Articiais Autor: Eduardo Ferreira

Διαβάστε περισσότερα

Prova escrita de conhecimentos específicos de MATEMÁTICA

Prova escrita de conhecimentos específicos de MATEMÁTICA Provas Especialmente Adequadas Destinadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência dos Cursos Superiores do Instituto Politécnico de Leiria dos Maiores de 23 Anos - 2011 Prova escrita de conhecimentos

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού - Στην είσοδο Eu gostaria de reservar uma mesa para _[número de pessoas]_ às _[hora]_. Για να κάνετε κράτηση Uma mesa para _[número de pessoas]_, por favor. Για να ζητήσετε τραπέζι Eu gostaria de reservar

Διαβάστε περισσότερα

15PROC002628326 2015-03-10

15PROC002628326 2015-03-10 ΕΛΛΗΝΙΚΗ ΔΗΜΟΚΡΑΤΙΑ ΝΟΜΟΣ ΙΩΑΝΝΙΝΩΝ ΔΗΜΟΣ ΙΩΑΝΝΙΤΩΝ Δ/ΝΣΗ ΟΙΚΟΝΟΜΙΚΩΝ ΥΠΗΡΕΣΙΩΝ ΤΜΗΜΑ ΠΡΟΜΗΘΕΙΩΝ- ΔΙΑΧΕΙΡΙΣΗΣ ΥΛΙΚΟΥ ΑΠΟΘΗΚΗΣ Διεύθυνση: Καπλάνη 7 (3 ος όροφος) Πληροφορίες: Δεσ. Μπαλωμένου Τηλ. 26513-61332

Διαβάστε περισσότερα

bab.la Φράσεις: Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές ελληνικά-πορτογαλικά

bab.la Φράσεις: Προσωπική Αλληλογραφία Ευχές ελληνικά-πορτογαλικά Ευχές : Γάμος Συγχαρητήρια. Σας ευχόμαστε όλη την ευτυχία του κόσμου. Desejando a vocês toda felicidade do mundo. νιόπαντρο ζευγάρι Θερμά συγχαρητήρια για τους δυο σας αυτήν την ημέρα του σας. Parabéns

Διαβάστε περισσότερα

Second Order RLC Filters

Second Order RLC Filters ECEN 60 Circuits/Electronics Spring 007-0-07 P. Mathys Second Order RLC Filters RLC Lowpass Filter A passive RLC lowpass filter (LPF) circuit is shown in the following schematic. R L C v O (t) Using phasor

Διαβάστε περισσότερα

Προγραμματική Περίοδος 2007 2013

Προγραμματική Περίοδος 2007 2013 Προγραμματική Περίοδος 2007 2013 Επιχειρησιακό Πρόγραμμα Τίτλος: ΜΑΚΕΔΟΝΙΑΣ - ΘΡΑΚΗΣ Κωδικός Ε.Π.: 9 CCI: 2007GR161PO008 ΕΠΙΣΗΜΗ ΥΠΟΒΟΛΗ Αθήνα, Μάρτιος 2006 ΠΕΡΙΕΧΟΜΕΝΑ ΕΝΟΤΗΤΑ 1. ΑΝΑΛΥΣΗ ΤΗΣ ΚΑΤΑΣΤΑΣΗΣ

Διαβάστε περισσότερα

Business Opening. Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name

Business Opening. Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name - Opening Portuguese Greek Excelentíssimo Sr. Presidente, Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Very formal, recipient has a special title that must be used in place of their name Prezado Senhor, Caro Senhor, Formal,

Διαβάστε περισσότερα

XEOMETRÍA NO ESPAZO. - Se dun vector se coñecen a orixe, o módulo, a dirección e o sentido, este está perfectamente determinado no espazo.

XEOMETRÍA NO ESPAZO. - Se dun vector se coñecen a orixe, o módulo, a dirección e o sentido, este está perfectamente determinado no espazo. XEOMETRÍA NO ESPAZO Vectores fixos Dos puntos do espazo, A e B, determinan o vector fixo AB, sendo o punto A a orixe e o punto B o extremo, é dicir, un vector no espazo é calquera segmento orientado que

Διαβάστε περισσότερα

CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ. MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C

CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ. MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C CARELINK EXPRESS TM MONITOR ΣΥΣΚΕΥΗ ΠΑΡΑΚΟΛΟΥΘΗΣΗΣ CARELINK EXPRESS TM MONITOR CARELINK EXPRESS TM Model 2020B/2020C / Μοντέλο 2020B/2020C / Modelo 2020B/2020C Electromagnetic Compatibility Declaration

Διαβάστε περισσότερα

Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης

Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System BDV-EF1100 Comece aqui Guia de início rápido Ξεκινήστε εδώ Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-EF1100 1 Conteúdo da embalagem/configurar os altifalantes Περιεχόμενα συσκευασίας/ρύθμιση

Διαβάστε περισσότερα

AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN

AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN AMORTIGUADORES DE VIBRACIÓN Estas instrucciones forman parte integrante del manual que acompaña el aparato en el cual se va a instalar este accesorio. Este manual se refiere a ADVERTENCIAS GENERALES y

Διαβάστε περισσότερα

A proba constará de vinte cuestións tipo test. As cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta.

A proba constará de vinte cuestións tipo test. As cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta. Páxina 1 de 9 1. Formato da proba Formato proba constará de vinte cuestións tipo test. s cuestións tipo test teñen tres posibles respostas, das que soamente unha é correcta. Puntuación Puntuación: 0.5

Διαβάστε περισσότερα

ΙΑΓΡΑΜΜΑ ΠΕΡΙΕΧΟΜΕΝΩΝ

ΙΑΓΡΑΜΜΑ ΠΕΡΙΕΧΟΜΕΝΩΝ ΙΑΓΡΑΜΜΑ ΠΕΡΙΕΧΟΜΕΝΩΝ Πρόλογος... ιάγραμμα περιεχομένων... Πίνακας περιεχομένων... Συντομογραφίες... Βιβλιογραφία... ΙΧ ΧΙ XV LI LV ΕΙΣΑΓΩΓΗ 1. Έννοια και σημασία του κληρονομικού δικαίου... 1 2. Ιστορική

Διαβάστε περισσότερα

Lógica Proposicional

Lógica Proposicional Proposicional educción Natural Proposicional - 1 Justificación de la validez del razonamiento os maneras diferentes de justificar Justificar que la veracidad de las hipótesis implica la veracidad de la

Διαβάστε περισσότερα

Lógica Proposicional. Justificación de la validez del razonamiento?

Lógica Proposicional. Justificación de la validez del razonamiento? Proposicional educción Natural Proposicional - 1 Justificación de la validez del razonamiento? os maneras diferentes de justificar Justificar que la veracidad de las hipótesis implica la veracidad de la

Διαβάστε περισσότερα

πρακτικού συνεδριάσεως ιοικητικού ΗΜΟΣ ΠΑΤΜΟΥ

πρακτικού συνεδριάσεως ιοικητικού ΗΜΟΣ ΠΑΤΜΟΥ ΑΝΑΡΤΗΤΕΑ ΣΤΟ ΙΑ ΙΚΤΥΟ ΕΛΛΗΝΙΚΗ ΗΜΟΚΡΑΤΙΑ Απόσπασµα εκ του αριθµ. 13/2015 ΝΟΜΟΣ Ω ΕΚΑΝΗΣΟΥ πρακτικού συνεδριάσεως ιοικητικού ΗΜΟΣ ΠΑΤΜΟΥ Συµβουλίου ΗΜΟΤΙΚΟ ΛΙΜΕΝΙΚΟ ΤΑΜΕΙΟ ΠΑΤΜΟΥ Αριθµ. Απόφασης 145/2015

Διαβάστε περισσότερα

Matrices and Determinants

Matrices and Determinants Matrices and Determinants SUBJECTIVE PROBLEMS: Q 1. For what value of k do the following system of equations possess a non-trivial (i.e., not all zero) solution over the set of rationals Q? x + ky + 3z

Διαβάστε περισσότερα

ΑΡΙΣΤΟΤΕΛΕΙΟ ΠΑΝΕΠΙΣΤΗΜΙΟ ΘΕΣΣΑΛΟΝΙΚΗΣ ΣΧΟΛΗ ΝΟΜΙΚΩΝ, ΟΙΚΟΝΟΜΙΚΩΝ ΚΑΙ ΠΟΛΙΤΙΚΩΝ ΕΠΙΣΤΗΜΩΝ ΤΜΗΜΑ ΝΟΜΙΚΗΣ

ΑΡΙΣΤΟΤΕΛΕΙΟ ΠΑΝΕΠΙΣΤΗΜΙΟ ΘΕΣΣΑΛΟΝΙΚΗΣ ΣΧΟΛΗ ΝΟΜΙΚΩΝ, ΟΙΚΟΝΟΜΙΚΩΝ ΚΑΙ ΠΟΛΙΤΙΚΩΝ ΕΠΙΣΤΗΜΩΝ ΤΜΗΜΑ ΝΟΜΙΚΗΣ ΑΡΙΣΤΟΤΕΛΕΙΟ ΠΑΝΕΠΙΣΤΗΜΙΟ ΘΕΣΣΑΛΟΝΙΚΗΣ ΣΧΟΛΗ ΝΟΜΙΚΩΝ, ΟΙΚΟΝΟΜΙΚΩΝ ΚΑΙ ΠΟΛΙΤΙΚΩΝ ΕΠΙΣΤΗΜΩΝ ΤΜΗΜΑ ΝΟΜΙΚΗΣ Μεταπτυχιακές σπουδές στον τομέα Αστικού, Αστικού Δικονομικού και Εργατικού Δικαίου ΔΙΠΛΩΜΑΤΙΚΗ ΕΡΓΑΣΙΑ

Διαβάστε περισσότερα

Νόµοςπεριοδικότητας του Moseley:Η χηµική συµπεριφορά (οι ιδιότητες) των στοιχείων είναι περιοδική συνάρτηση του ατοµικού τους αριθµού.

Νόµοςπεριοδικότητας του Moseley:Η χηµική συµπεριφορά (οι ιδιότητες) των στοιχείων είναι περιοδική συνάρτηση του ατοµικού τους αριθµού. Νόµοςπεριοδικότητας του Moseley:Η χηµική συµπεριφορά (οι ιδιότητες) των στοιχείων είναι περιοδική συνάρτηση του ατοµικού τους αριθµού. Περιοδικός πίνακας: α. Είναι µια ταξινόµηση των στοιχείων κατά αύξοντα

Διαβάστε περισσότερα

Grécia-Atenas: Construção de via férrea urbana 2017/S Anúncio de concurso sectores especiais. Obras

Grécia-Atenas: Construção de via férrea urbana 2017/S Anúncio de concurso sectores especiais. Obras 1 / 7 O presente anúncio no sítio web do TED: http://ted.europa.eu/udl?uri=ted:notice:133129-2017:text:pt:html Grécia-Atenas: Construção de via férrea urbana 2017/S 070-133129 Anúncio de concurso sectores

Διαβάστε περισσότερα

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού

Ταξίδι Τρώγοντας έξω. Τρώγοντας έξω - Στην είσοδο. Τρώγοντας έξω - Παραγγελία φαγητού - Στην είσοδο Eu gostaria de reservar uma mesa para _[número de pessoas]_ às _[hora]_. Για να κάνετε κράτηση Uma mesa para _[número de pessoas]_, por favor. Για να ζητήσετε τραπέζι Você aceita cartão de

Διαβάστε περισσότερα

Το άτομο του Υδρογόνου

Το άτομο του Υδρογόνου Το άτομο του Υδρογόνου Δυναμικό Coulomb Εξίσωση Schrödinger h e (, r, ) (, r, ) E (, r, ) m ψ θφ r ψ θφ = ψ θφ Συνθήκες ψ(, r θφ, ) = πεπερασμένη ψ( r ) = 0 ψ(, r θφ, ) =ψ(, r θφ+, ) π Επιτρεπτές ενέργειες

Διαβάστε περισσότερα

P P Ó P. r r t r r r s 1. r r ó t t ó rr r rr r rí st s t s. Pr s t P r s rr. r t r s s s é 3 ñ

P P Ó P. r r t r r r s 1. r r ó t t ó rr r rr r rí st s t s. Pr s t P r s rr. r t r s s s é 3 ñ P P Ó P r r t r r r s 1 r r ó t t ó rr r rr r rí st s t s Pr s t P r s rr r t r s s s é 3 ñ í sé 3 ñ 3 é1 r P P Ó P str r r r t é t r r r s 1 t r P r s rr 1 1 s t r r ó s r s st rr t s r t s rr s r q s

Διαβάστε περισσότερα

Resistencia de Materiais. Tema 5. Relacións entre tensións e deformacións

Resistencia de Materiais. Tema 5. Relacións entre tensións e deformacións Resistencia de Materiais. Tema 5. Relacións entre tensións e deformacións ARTURO NORBERTO FONTÁN PÉREZ Fotografía. Ponte Coalbrookdale (Gran Bretaña, 779). Van principal: 30.5 m. Contido. Tema 5. Relacións

Διαβάστε περισσότερα

ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Química P.A.U. ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS ESTRUTURA ATÓMICA E CLASIFICACIÓN PERIÓDICA DOS ELEMENTOS CUESTIÓNS NÚMEROS CUÁNTICOS. a) Indique o significado dos números cuánticos

Διαβάστε περισσότερα

1.ª DECLINAÇÃO. Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o

1.ª DECLINAÇÃO. Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o 52 1.ª DECLINAÇÃO Somente nomes femininos e masculinos, não há neutros. Os nomes femininos têm o nominativo singular terminado em α (que pode ser puro ou impuro) ou η; já os masculinos os têm terminados

Διαβάστε περισσότερα

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos)

MATEMÁTICAS. (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos) 1 MATEMÁTICAS (Responder soamente a unha das opcións de cada bloque temático). BLOQUE 1 (ÁLXEBRA LINEAL) (Puntuación máxima 3 puntos) Opción 1. Dada a matriz a) Calcula os valores do parámetro m para os

Διαβάστε περισσότερα

III IV V VI VII VIII IX IX X XI XII XIII XIV XVI XIX XIX XX XXII XXIII

III IV V VI VII VIII IX IX X XI XII XIII XIV XVI XIX XIX XX XXII XXIII .. 1 ( - ). -..... - 2 (- ) ). (...).... - ). (...)... -.... 3. I III IV V VI VII VIII IX IX X XI XII XIII XIV XVI XIX XIX XX XXII XXIII I 1. XXIII 2. XXV 3. XXVI 4. XXVII 5. XXIX (...) 1-83 85-89 91-95

Διαβάστε περισσότερα

INICIACIÓN AO CÁLCULO DE DERIVADAS. APLICACIÓNS

INICIACIÓN AO CÁLCULO DE DERIVADAS. APLICACIÓNS INICIACIÓN AO CÁLCULO DE DERIVADAS. APLICACIÓNS Páina 0 REFLEXIONA E RESOLVE Coller un autobús en marca Na gráfica seguinte, a liña vermella representa o movemento dun autobús que arranca da parada e vai,

Διαβάστε περισσότερα

PAU XUÑO 2012 MATEMÁTICAS II

PAU XUÑO 2012 MATEMÁTICAS II PAU Código: 6 XUÑO 01 MATEMÁTICAS II (Responder só aos exercicios dunha das opcións. Puntuación máxima dos exercicios de cada opción: exercicio 1= 3 puntos, exercicio = 3 puntos, exercicio 3= puntos, exercicio

Διαβάστε περισσότερα

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO

Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO Física P.A.U. ELECTROMAGNETISMO 1 ELECTROMAGNETISMO PROBLEMAS CAMPO ELECTROSTÁTICO 1. Dúas cargas eléctricas de 3 mc están situadas en A(4, 0) e B(-4, 0) (en metros). Calcula: a) O campo eléctrico en C(0,

Διαβάστε περισσότερα

ss rt t r s t t t rs r ç s s rt t r t Pr r r q r ts P 2s s r r t t t t t st r t

ss rt t r s t t t rs r ç s s rt t r t Pr r r q r ts P 2s s r r t t t t t st r t Ô P ss rt t r s t t t rs r ç s s rt t r t Pr r r q r ts P 2s s r r t t t t t st r t FichaCatalografica :: Fichacatalografica https://www3.dti.ufv.br/bbt/ficha/cadastrarficha/visua... Ficha catalográfica

Διαβάστε περισσότερα

IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes

IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes IX. ESPAZO EUCLÍDEO TRIDIMENSIONAL: Aplicacións ao cálculo de distancias, áreas e volumes 1.- Distancia entre dous puntos Se A e B son dous puntos do espazo, defínese a distancia entre A e B como o módulo

Διαβάστε περισσότερα

Resorte: estudio estático e dinámico.

Resorte: estudio estático e dinámico. ESTUDIO DO RESORTE (MÉTODOS ESTÁTICO E DINÁMICO ) 1 Resorte: estudio estático e dinámico. 1. INTRODUCCIÓN TEÓRICA. (No libro).. OBXECTIVOS. (No libro). 3. MATERIAL. (No libro). 4. PROCEDEMENTO. A. MÉTODO

Διαβάστε περισσότερα

Study on Re-adhesion control by monitoring excessive angular momentum in electric railway traction

Study on Re-adhesion control by monitoring excessive angular momentum in electric railway traction () () Study on e-adhesion control by monitoring excessive angular momentum in electric railway traction Takafumi Hara, Student Member, Takafumi Koseki, Member, Yutaka Tsukinokizawa, Non-member Abstract

Διαβάστε περισσότερα

SUPPLEMENTAL INFORMATION. Fully Automated Total Metals and Chromium Speciation Single Platform Introduction System for ICP-MS

SUPPLEMENTAL INFORMATION. Fully Automated Total Metals and Chromium Speciation Single Platform Introduction System for ICP-MS Electronic Supplementary Material (ESI) for Journal of Analytical Atomic Spectrometry. This journal is The Royal Society of Chemistry 2018 SUPPLEMENTAL INFORMATION Fully Automated Total Metals and Chromium

Διαβάστε περισσότερα

Física A.B.A.U. GRAVITACIÓN 1 GRAVITACIÓN

Física A.B.A.U. GRAVITACIÓN 1 GRAVITACIÓN Física A.B.A.U. GRAVITACIÓN 1 GRAVITACIÓN PROBLEMAS 1. A luz do Sol tarda 5 10² s en chegar á Terra e 2,6 10³ s en chegar a Xúpiter. a) O período de Xúpiter orbitando arredor do Sol. b) A velocidade orbital

Διαβάστε περισσότερα

Comece aqui. Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido. Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System. Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N9200WL BDV-N7200WL BDV-N7200WL

Comece aqui. Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido. Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System. Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N9200WL BDV-N7200WL BDV-N7200WL Blu-ray Disc /DVD Home Theatre System BDV-N9200WL BDV-N7200WL PT Comece aqui Ξεκινήστε εδώ Guia de início rápido Οδηγός γρήγορης έναρξης BDV-N7200WL BDV-N9200WL 1 PT Conteúdo da embalagem/configurar os

Διαβάστε περισσότερα

LTI Systems (1A) Young Won Lim 3/21/15

LTI Systems (1A) Young Won Lim 3/21/15 LTI Systems (1A) Copyright (c) 214 Young W. Lim. Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.2 or any later version

Διαβάστε περισσότερα

Química A Extensivo V. 5

Química A Extensivo V. 5 Extensivo V. 5 Resolva Aula 17 17.01) 7 0. Correta. vetor eletronegatividade C linear apolar C μ R = 0 angular polar μ 0 R 08. Incorreta. N 3 piramidal polar N μ 0 R C tetraédrica apolar μ = 0 R 16. Incorreta.

Διαβάστε περισσότερα

PROBA DE AVALIACIÓN DO BACHARELATO PARA O ACCESO Á UNIVERSIDADE (ABAU) CONVOCATORIA DE XUÑO Curso

PROBA DE AVALIACIÓN DO BACHARELATO PARA O ACCESO Á UNIVERSIDADE (ABAU) CONVOCATORIA DE XUÑO Curso PROBA DE AVALIACIÓN DO BACHARELATO PARA O ACCESO Á UNIVERSIDADE (ABAU) CONVOCATORIA DE XUÑO Curso 2017-2018 Elixir e desenvolver unha das dúas opcións. As solución numéricas non acompañadas de unidades

Διαβάστε περισσότερα

Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome

Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome - Introdução Inglês Grego Dear Mr. President, Αξιότιμε κύριε Πρόεδρε, Muito formal, o destinatário tem um título especial que deve ser usado no lugar do seu primeiro nome Dear Sir, Αγαπητέ κύριε, Formal,

Διαβάστε περισσότερα

1. O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES 1.1. DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE

1. O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES 1.1. DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE O ESPAZO VECTORIAL DOS VECTORES LIBRES DEFINICIÓN DE VECTOR LIBRE MATEMÁTICA II 06 Exames e Textos de Matemática de Pepe Sacau ten unha licenza Creative Commons Atribución Compartir igual 40 Internacional

Διαβάστε περισσότερα

CENTRIFUGAL AIR COOLED CONDENSERS CONDENSADORES DE AIRE CENTRÍFUGOS. GPC, GMC and GSC Series. Series GPC, GMC y GSC

CENTRIFUGAL AIR COOLED CONDENSERS CONDENSADORES DE AIRE CENTRÍFUGOS. GPC, GMC and GSC Series. Series GPC, GMC y GSC CENTRIFUGAL AIR COOLED CONDENSERS GPC, GMC and GSC Series CONDENSADORES DE AIRE CENTRÍFUGOS Series GPC, GMC y GSC Key Example / Ejemplo de nomenclatura de modelos GP Direct Drive 900/100 rpm / Transmisión

Διαβάστε περισσότερα

BEDIENUNGSANWEISUNG KD mit Montageanweisungen

BEDIENUNGSANWEISUNG KD mit Montageanweisungen BEDIENUNGSANWEISUNG mit Montageanweisungen GB F NL I E P GR Instructions for use and installation instructions Instructions d'utilisation et avis de montage Gebruiksaanwijzing en montagehandleiding Istruzioni

Διαβάστε περισσότερα

1. A INTEGRAL INDEFINIDA 1.1. DEFINICIÓN DE INTEGRAL INDEFINIDA 1.2. PROPRIEDADES

1. A INTEGRAL INDEFINIDA 1.1. DEFINICIÓN DE INTEGRAL INDEFINIDA 1.2. PROPRIEDADES TEMA / CÁLCULO INTEGRAL MATEMÁTICA II 07 Eames e Tetos de Matemática de Pepe Sacau ten unha licenza Creative Commons Atriución Compartir igual.0 Internacional. A INTEGRAL INDEFINIDA.. DEFINICIÓN DE INTEGRAL

Διαβάστε περισσότερα