SHEILA CRISLEY DE ASSIS

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1 SHELA CRSLEY DE ASSS PROPAGAÇÃO DA ATTUDE DE SATÉLTES ARTFCAS ESTABLZADOS POR ROTAÇÃO: TORQUE RESDUAL MÉDO COM O MODELO DE QUADRPOLO PARA O CAMPO GEOMAGNÉTCO Tese apresentada à Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, para obtenção do título de Mestre em Física na área de Dinâmica Orbital Orientador: Prof. Dr. Maria Cecília F. P. Zanardi Co-orientador: Prof. Dr. Hélio K. Kuga Guaratinguetá, SP 00

2 Há três maneiras de agir sabiamente, A primeira pela dedicação, que é a mais sábia A segunda pela imitação, que é a mais fácil E a terceira pela experiência, que é a mais amarga.

3 de modo especial, à minha mãe Aparecida, que mesmo estando distante sempre me apoiou nos momentos difíceis.

4 AGRADECMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por ter me concedido essa oportunidade. Aos meus colegas da pós-graduação pelo apoio e incentivo nos momentos difíceis. Aos professores da pós-graduação pelo apoio. A minha família, que mesmo estando distante sempre soube me ouvir nos momentos que mais precisei. Ao meu co-orientador pelo apoio e dedicação. E em especial a minha orientadora Cecília pelo carinho, dedicação, amizade, incentivo, confiança e persistência.

5 ASSS, A. M. S. Propagação da Atitude de Satélites Artificiais Estabilizados por Rotação: Torque Residual Médio com o modelo de Quadripolo para o Campo Geomagnético f. Dissertação (Mestrado em Física) Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 00.. RESUMO Um abordagem analítica para a propagação de atitude de satélites estabilizados por rotação em órbita circular é apresentada, incluindo o torque magnético residual (torque devido ao momento magnético ao longo do eixo de rotação do satélite). O modelo de quadripolo é utilizado para descrever o campo geomagnético. O método da média é aplicado para determinar o torque ao longo de um período orbital. Observa-se que Torque Magnético Residual Médio não possui componente ao longo do eixo de rotação, de modo que não afeta o módulo da velocidade de rotação do satélite. Para um período orbital uma solução analítica é apresentada. Esta solução mostra que o torque residual contribui para a deriva e precessão do eixo de rotação. Simulações são realizadas com os dados dos Satélites de Coleta de Dados Brasileiros (SCD e SCD). PALAVRAS- CHAVE: Atitude de satélites artificiais, satélites estabilizados por rotação, torque magnético residual, modelo de quadripolo.

6 ASSS, S. C. Spin Stabilized Artificial Satellite Attitude Propagation: Residual Torque with Quadripolo Model to the Geomagnetic Field f. Dissertação (Mestrado em Física) Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 00. ABSTRACT An analytical approach for the attitude motion of spin stabilized artificial satellite in circular orbit is presented, including residual torque. The quadripolo model is used to described the geomagnetic field. The averaged residual torque is computed for one orbital period. t is observed that the residual magnetic torque does not have a component along the spin axis. The inclusion of this torque on the rotational motion differential equations of spin stabilized spacecraft s yields the conditions to derive an analytical solution. The solution shows that residual torque does not affect the spin velocity magnitude, contributing only for the precession and the drift of the spin axis of the spacecraft. Applications are shown for the spin stabilized Brazilian satellites SCD and SCD. KEYWORDS: Attitude of the artificial satellite, spin-stabilized satellite, residual magnetic torque, quadripolo model.

7 SUMÁRO LSTA DE FGURAS LSTA DE TABELAS LSTA DE ABREVATURAS E SGLAS LSTA DE SÍMBOLOS NTRODUÇÃO 0 REVSÃO BBLOGRÁFCA 03 3 SSTEMAS DE REFERÊNCAS 3. SSTEMA EQUATORAL NERCAL 3. SSTEMA EQUATORAL 3.3 SSTEMA DO SATÉLTE 3. SSTEMA ORBTAL CAMPO MAGNÉTCO DA TERRA 7. CONCETO 7. COMPONENTES DO CAMPO GEOMAGNÉTCO 9.3 MODELO DE DPOLO MAGNÉTCO. MODELO DE QUADRPOLO MAGNÉTCO 3.5 COMPONENTES DO CAMPO GEOMAGNÉTCO NO STEMA DO SATÉLTE 5 TORQUE MAGNÉTCO RESDUAL COM MODELO DE 8 QUADRPOLO 5. COMENTÁROS NCAS 8 5. TORQUE MAGNÉTCO RESDUAL TORQUE MAGNÉTCO RESDUAL MÉDO 3 5. DETERMNAÇÃO DA COMPONENTE N rxm Análise dos termos envolvendo a ascensão reta α declinação δ Análise dos termos envolvendo a longitude local θ e a co-latitude 5 φ 5.5 DETERMNAÇÃO DA COMPONENTE N rym 5 5. COMENTÁROS FNAS SOBRE O TORQUE RESDUAL 5 MÉDO EQUAÇÕES DO MOVMENTO ROTACONAL 5. EQUAÇÕES DO MOVMENTO 5. SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DO MOVMENTO 57 7 APLCAÇÕES DADOS DE TESTES Dados do Satélite SCD Dados do Satélite SCD

8 7..3 Coeficientes do Campo Geomagnético 5 7. RESULTADOS PARA O SATÉLTE SCD 7.. Resultados com atualização de dados fornecidos pelo CCS 7.. Resultados obtidos através da não atualização de dados para o 7 SCD 7.3 RESULTADOS PARA O SATÉLTE SCD Resultados com atualização de atitude Resultados obtidos com a não atualização de atitude 80 8 COMENTÁROS FNAS 85 REFERÊNCAS 88 BBLOGRAFA CONSULTADA 9 APÊNDCE A 9 APÊNDCE B APÊNDCE C 88 APÊNDCE D 0 APÊNDCE F APÊNDCE G 7

9 LSTA DE FGURAS ) ) ) ) ) FGURA Sistema Equatorial ( ˆ, J, K), Sistema do Satélite ( i, j, k ), orientação do eixo de rotação ( s ) ), ascensão reta (α) e declinação (δ) do eixo de rotação ) ) ) ) ) FGURA Sistema Equatorial ( ˆ, J, K), Sistema Orbital ( is, js, ks ) 5 FGURA 3 Representação do vetor posição r, ascensão reta (α) e declinação (δ) de r 37 FGURA Triângulo Esférico 38 FGURA 5 Sistema Equatorial: ascensão reta α, declinação δ, longitude 7 local θ e ascensão reta de Greenwich θ G. FGURA Rotação do SCD no intervalo analisado FGURA 7 Declinação x Ascensão reta do SCD no intervalo analisado FGURA 8 Rotação do SCD no intervalo analisado 3 FGURA 9 Declinação x Ascensão reta do SCD no intervalo analisado 3 FGURA 0 Ascensão reta do eixo de rotação por 3 dias para SCD 7 FGURA Declinação do eixo de rotação por 3 dias para SCD 7 FGURA Desvio da Ascensão reta do eixo de rotação do SCD 9 FGURA 3 Desvios da Declinação do eixo de rotação do SCD 9 FGURA Erro de apontamento durante 3 dias para SCD 7 FGURA 5 Ascensão reta do eixo de rotação para SCD com dados não 7 atualizados FGURA Declinação do eixo de rotação para SCD com dados não 73 atualizados FGURA 7 Desvio da Ascensão reta do eixo de rotação do SCD 7 FGURA 8 Desvios da Declinação do eixo de rotação do SCD 75 FGURA 9 Erro de apontamento para o SCD 75 FGURA 0 Ascensão reta do eixo de rotação por 0 dias para SCD com 78 dados atualizados FGURA Declinação do eixo de rotação por 0 dias para SCD com 78 dados atualizados FGURA Desvio para a Ascensão reta do eixo de rotação do SCD 79 FGURA 3 Desvios da Declinação do eixo de rotação do SCD 79 FGURA Erro de apontamento durante 0 dias para SCD 80 FGURA 5 Ascensão reta do eixo de rotação do SCD com dados não 8 atualizados FGURA Declinação do eixo de rotação do SCD com dados não atualizados 83

10 FGURA 7 Desvio da Ascensão reta do eixo de rotação do SCD com 83 dados não atualizados FGURA 8 Desvio da Declinação do eixo de rotação do SCD com 8 dados não atualizados FGURA 9 Erro de apontamento para SCD 8

11 LSTA DE TABELAS TABELA Avaliação dos termos em TABELA Momento magnético do SCD TABELA 3 Momento magnético do SCD TABELA Valores de α e δ fornecidos pelo CCS, valores calculados 8 ( índice s) e os correspondentes desvios encontrados para SCD TABELA 5 Valores de α e δ fornecidos pelo CCS, valores calculados 7 ( índice s) e os correspondentes desvios encontrados para SCD com a não atualização dos dados fornecidos pelo CCS TABELA Valores de α e δ fornecidos pelo CCS, valores calculados 77 ( índice s) e os correspondentes desvios encontrados para SCD TABELA 7 Valores de α e δ fornecidos pelo CCS, valores calculados ( índice s) e os correspondentes desvios encontrados para SCD com a não atualização dos dados de atitude 8

12 LSTA DE ABREVATURAS E SGLAS CCS - Centro de Controle de Satélites SCD - Primeiro Satélite de Coleta de dados Brasileiro SCD - Segundo Satélite de Coleta de dados Brasileiro NPE - nstituto de Pesquisas Espaciais

13 LSTA DE SÍMBOLOS a - Semi- eixo maior a i i a 3 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual A, B, C, D, E, F, G, H, a, - Coeficientes envolvidos nas componentes do J, L, M, N, O, P, Q torque magnético residual B r, B φ, B θ - Componentes de B r no sistema equatorial B r - Campo Geomagnético e - Excentricidade g, h - Coeficientes Gaussianos m n m n h - Momento angular específico H i, i a 5 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual a j, j a 7 - ntegrais pertencentes ao torque magnético residual b j, j a 7 - ntegrais pertencentes ao torque magnético residual c j, j a - ntegrais pertencentes ao torque magnético residual - nclinação orbital iˆ, ˆ, j kˆ - Vetores unitários do sistema do satélite

14 iˆ, ˆj, kˆ - Vetores unitários do sistema orbital s s s ˆ, Jˆ, Kˆ - Vetores unitários do sistema equatorial inercial e sistema equatorial,, - Momentos principais de nércia do satélite x y z j i a 8 i - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual L i i a - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual L r - Momento angular M - Momento angular M r - Soma dos momentos magnéticos individuais do satélite M S - Momento magnético do satélite ao longo do eixo de rotação n - Movimento médio N rxm, N rym - Componentes do Torque magnético residual N, i a 9 i - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual N r - Torque magnético residual N rm - Torque magnético residual médio

15 O i, i a - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual O - Centro de massa do satélite O - Centro de massa da Terra O xyz - Sistema de coordenadas do satélite O XYZ - Sistemas de coordenadas equatorial O ' xs ys zs - Sistema orbital, associado com o movimento translacional do satélite em torno da Terra O' xyz - Sistemas de coordenadas geocêntricas m n P (θ ) - Polinômios associados de Legendre P i, i a 5 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual r - Distância geocêntrica R X - Matriz de rotação de (90 -δ) em torno do eixo O x R Z - Matriz de rotação (α-70 ) em O z r T - Raio equatorial da Terra R - Matriz de rotação que relaciona o sistema do satélite com o sistema geocêntrico R 3 - Matriz de rotação que relaciona o sistema geocêntrico com o sistema orbital R, S, T, U, V, X, W, Y, Z - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual

16 ŝ - Eixo de rotação em torno do seu centro de massa t - tempo t i - Tempo inicial T - Período Orbital T j, j a - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual V - Potencial escalar magnético V i, i a 0 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual X i, i a 7 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual X k, k a 5 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual Y i, i a 7 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual W - Módulo da velocidade de rotação W r - Velocidade angular de rotação Z i, i a 8 - Coeficientes envolvidos nas componentes do torque magnético residual α - Ascensão reta do eixo de rotação α - Ascensão reta do vetor posição δ - Declinação do eixo de rotação

17 δ - Declinação do vetor posição θ - Co-latitude θ G - Ascensão reta de Greenwich υ - Anomalia verdadeira ω - Argumento do pericentro ω - ( ω υ) Ω - Longitude do nodo ascendente

18 CAPÍTULO NTRODUÇÃO Desde o advento dos satélites artificiais a interação entre fontes de campo magnético a bordo do satélite e a indução do campo geomagnético tem sido objeto de vários estudos relacionados com a análise da atitude de satélites artificiais (THOMAS e CAPELLAR, 9; WERTZ,978; HARA,973; CARRARA, 98; KUGA,SLVA, GUEDE 987; ORLANDO, LOPES, KUGA, 997; QURELL, 00; REAL, 00; ZANARD e REAL, 003; ZANARD, QURELL, KUGA 003a e 003b). Alguns destes trabalhos apresentam uma abordagem numérica ao problema, como o trabalho de Hara,973; Carrara, 98; Kuga, Ferreira e Guedes, 987; Kuga, Silva e Guedes,987; Orlando, Lopes, Kuga, 997, enquanto os demais apresentam abordagens analíticas similares à propagação analítica proposta neste trabalho. O objetivo deste trabalho é propagar analiticamente a atitude de satélites estabilizados por rotação (os quais possuem o eixo de rotação alinhado com o eixo geométrico) em órbita circular, incluindo o torque magnético residual nas equações do movimento rotacional. considerando o modelo de quadripolo para descrever o campo geomagnético. A propagação analítica é realizada de modo similar a abordagem realizada por Quirelli (00), com as parcelas do torque magnético residual médio sendo obtidas utilizando o modelo de quadripolo para descrever o campo geomagnético (WERTZ,978; REAL, 00). Neste trabalho a atitude do satélite é descrita por coordenadas esféricas: o módulo da velocidade de rotação ( W ), ascensão reta ( α ) e declinação ( δ ) do eixo de rotação do satélite. Será também considerado que a órbita do satélite ao redor da Terra é conhecida, dada inicialmente pela órbita Kepleriana, sendo posteriormente incluídos as principais variações devido ao achatamento da Terra na longitude do nodo ascendente. As equações de Euler são apresentadas em termos das coordenadas esféricas (W, α, δ) e dependem das componentes dos torques externos atuantes sobre o satélite, expressas no sistema de eixos fixos no satélite. Como torque externo é incluído apenas o torque magnético residual. No desenvolvimento deste trabalho, as componentes do torque residual médio no sistema de eixos fixos no satélite são obtidas pela média em um período orbital do torque residual instantâneo. O processo de integração das equações de Euler para satélites estabilizados por rotação incluiu o torque magnético residual médio, sendo a abordagem analítica apresentada válida para um período orbital. A utilização do torque médio já inclui os principais efeitos associados com o torque magnético residual que queremos analisar, associados com a precessão e deriva do eixo de rotação. Na sequência deste trabalho, no Capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica de alguns trabalhos relacionados com o enfoque principal deste projeto. No Capítulo 3 são introduzidos os sistemas de referência e matrizes de rotação que foram úteis durante o desenvolvimento deste trabalho.

19 No Capítulo o modelo de quadripolo para o campo magnético da Terra é discutido, sendo também introduzidas as componentes do campo magnético tanto no sistema equatorial quanto no sistema orbital. No Capítulo 5 o torque magnético residual é definido e as componentes do torque residual médio no sistema do satélite são determinadas, considerando o modelo de quadripolo para o campo geomagnético, com o satélite estabilizado por rotação e em órbita circular. No Capítulo são introduzidas as equações de Euler que descrevem o movimento rotacional de um satélite estabilizado por rotação e a solução obtida para estas equações, considerando as parcelas do torque magnético residual médio. No Capítulo 7 são feitas aplicações aos Satélites de Coleta de Dados Brasileiro ( SCD e SCD), comparando-se os resultados obtidos pelo desenvolvimento teórico realizado com os dados fornecidos pelo Centro de Controle de Satélite (CCS) do NPE. No Capítulo 8 descreve-se as conclusões finais extraídas deste trabalho e os comentários finais para trabalhos futuros. Nos Apêndices A, B, C, D, E, F e G são apresentados os desenvolvimentos de diversas integrais e definição de diversos parâmetros associados com as componentes do torque residual médio no sistema do satélite, os quais são necessários nos Capítulos, 7 e 8. O trabalho é finalizado com a apresentação da bibliografia consultada e referências necessárias para o seu desenvolvimento.

20 CAPÍTULO REVSÃO BBLOGRÁFCA Neste capítulo são introduzidos diversos trabalhos relacionados com a análise da dinâmica envolvida com o movimento rotacional de satélites artificiais, dentre eles destacando-se aqueles que envolvem a abordagem analítica e satélites estabilizados por rotação, os quais estão mais diretamente relacionados com o desenvolvimentos desta dissertação. E. Y. Yu (93) relata os problemas dinâmicos do satélite Telstar, estabilizado por rotação, que é caracterizado pelo decaimento da velocidade de rotação, amortecimento de precessão e deslocamento do eixo de rotação. A análise do decaimento da velocidade de rotação, está relacionada com o Torque devido às correntes de Foulcaut. Esta análise envolve um desenvolvimento algébrico muito grande de modo a calcular a componente do campo magnético perpendicular ao eixo de rotação. Nos desenvolvimentos são realizados diversos comentários sobre campo geomagnético, as variações dos parâmetros orbitais e a mudança de direção do eixo de rotação. Para a precessão do eixo de rotação, foi apresentada uma análise linear do mecanismo de amortecimento de precessão do eixo de rotação, sendo que comparações com resultados experimentais foram realizadas, sendo concluído que o tempo de amortecimento depende da magnitude do torque transverso. Com relação ao deslocamento do eixo de rotação foi realizada uma análise quantitativa, mostrando que quando um corpo rígido perde energia, o eixo de maior momento de inércia ( coincidente com a velocidade angular) tende a se alinhar com o momento angular. Os resultados obtidos nesta análise podem ser empregados em satélites estabilizados por rotação. Thomas e Cappelari (9) descreveram técnicas de determinação de atitude e predição em satélites estabilizados por rotação, sendo que estas técnicas foram testadas nos satélites de coletas de dados Telstar e. Neste mesmo artigo é incluído um estudo sobre espelhos; sensores solares e sistemas de coordenadas ( inercial, sistemas de corpos rígidos, 3

21 orbital e magnético). Uma análise abrangente sobre o campo magnético da Terra associado ao vetor de dipolo é também apresentada. São muitos os torques que exercem influência sobre os satélites Telstar e, entre eles o torque de arrastro atmosférico, pressão de radiação solar, torque eletrostático e outros, mas os mais importantes e que receberam destaque neste trabalho foram o torque de gradiente de gravidade e o torque magnético residual. Em Kuga, Ferreira e Guedes ( 987a) é apresentado um estudo de dinâmica envolvendo o movimento rotacional do satélite estabilizado por rotação, aplicado ao satélite de coleta de dados (SCD) da MECB( Missão Espacial Completa Brasileira). O principal objetivo é de viabilizar o sistema de estabilização e propor um esquema de controle de atitude, considerando a utilização de uma bobina magnética. Foi adotado um sistema conveniente de coordenadas esféricas para expressar as equações diferenciais do movimento de atitude do eixo de rotação. Os principais torques pertubadores foram os torques devido ao gradiente de gravidade, os torques magnéticos ativo, residual e devidos às correntes de Foucault. Resultados obtidos e simulações numéricas do sistema dinâmico e sistemas de controle são apresentados para um período orbital. Kuga, Ferreira e Guedes ( 987b) descreve uma modelagem para a dinâmica de atitude para satélites estabilizado por rotação. Este estudo partiu da utilização das equações da conservação do momento angular para obter as equações diferenciais do movimento, considerando os principais torques pertubadores: torque magnético residual, torque devido às correntes de Foucault e torque de gradiente de gravidade. O modelo matemático associado a cada torque é apresentado e discutido. O programa numérico desenvolvido em FORTRAN é também apresentado. Carrara e Guedes (99) descreveram a dinâmica de controle de satélites brasileiros de coleta de dados SCD e SCD, desenvolvidos no NPE até 99. A missão destes satélites é coletar dados ambientais em toda a extensão do Brasil. O satélite SCD foi lançado com sucesso em fevereiro de 993, enquanto que o SCD não se encontrava em órbita na época, mas com previsão de lançamento para 995. Ambos os satélites são

22 estabilizados por rotação, possuindo órbita nominal circular de aproximadamente 750 km de altitude e com 5 de inclinação. O sistema de controle dos satélites é fornecido por uma bobina magnética, cujo funcionamento é descrito detalhadamente. O SCD não possui controle sobre a velocidade angular do satélite, de modo que o decaimento exponencial causado pelo torque devido às correntes de Foucalut não é controlado. No entanto, devido às características do SDC este fato não afeta o desempenho de sua missão. No entanto para o SCD é necessário que a velocidade de rotação seja próxima de 30 rpm e para isso é necessário a existência de sistema de controle. A dinâmica envolvida tanto para manobras de controle do eixo de rotação quanto da velocidade angular são descritos. São também apresentadas a evolução do ângulo de aspecto solar, do eixo de rotação e velocidade angular para o primeiro ano de funcionamento do SCD. Os valores estimados pelo NPE para o parâmetro de Foucault e momento magnético do satélite são também apresentados para o mesmo período. Orlando, Lopes e Kuga (997) apresentam comentários sobre o lançamento do satélite brasileiro SCD que ocorreu em fevereiro de 993 e que depois de anos de seu lançamento, na época, 3 anos a mais que o esperado, ainda apresentava um bom desempenho. Atualmente, a mais de anos de seu lançamento o SCD continua a apresentar um desempenho satisfatório. O SCD é o primeiro satélite desenvolvido, construído e controlado em órbita pelo NPE. Este satélite é estabilizado por rotação sem nenhum controle sobre a variação da velocidade de rotação. Os autores fazem uma análise abrangente dos anos de operação do SCD. Discutem também as funções básicas do Sistema de Dinâmica de vôo desenvolvido tanto para a órbita quanto para a atitude do satélite. Ainda são apresentados gráficos que descrevem a evolução com o tempo do ângulo de aspecto solar, da velocidade de rotação e do semi-eixo maior. A experiência do lançamento do SCD proporcionou ao grupo de Dinâmica de Vôo do NPE um aprendizado sólido e profundo que contribui para o melhoramento de futuras missões espaciais. Em Quirelli (00) é apresentada uma abordagem analítica para a propagação da atitude de satélites artificiais estabilizados por rotação, considerando a influência de torques 5

23 magnéticos. O modelo do dipolo inclinado para o campo magnético da Terra é utilizado e o método da média é aplicado para determinar o torque ao longo de um período orbital, considerando desenvolvimentos até segunda ordem na excentricidade para o torque residual e até a ordem para o torque devido às correntes de Foulcaut. Observa-se que o torque magnético residual não afeta o módulo da velocidade de rotação, contribuindo apenas para as variações temporais da ascensão reta e declinação do eixo de rotação. O torque magnético devido às correntes de Foulcaut causa um decaimento exponencial no módulo da velocidade de rotação. Simulações numéricas foram realizadas e mostraram a concordância entre a solução analítica obtida e o comportamento real do satélite, dentro das limitações da abordagem analítica realizada. A maior contribuição deste trabalho foi a abordagem analítica dada ao torque magnético devido às correntes de Foucault, a qual envolveu um volume extenso de cálculos algébricos. Orlando (00) apresenta um relato sobre os satélites artificiais já desenvolvidos e construídos pelo NPE, assim como a previsão de lançamento de outros satélites brasileiros. nicialmente relata os satélites já existentes e em funcionamento até aquele momento, sendo eles: Satélite SCD, lançado em 9 de fevereiro de 993, cuja missão é retransmitir, em direção a uma estação receptora, os dados coletados por uma rede de plataformas automáticas de coletas de dados ambientais distribuídos ao longo de todo território nacional. Satélite SCD, lançado em de outubro de 998, cuja missão também é de coletar dados; Satélite CBERS-, lançado em de outubro de 999, cujo controle é compartilhado entre Brasil e China, que prevê o desenvolvimento de quadro satélites heliosíncronos de observação da Terra, cuja missão é fornecer cobertura global de imagem, em ciclos de dias. Os satélites CBERS possuem cerca de 50 kg de massa. O autor descreve detalhadamente as atividades do centro de controle de solo dos satélites no Brasil, que são realizados pelo Centro de Controle de Satélites em São José dos Campos, pela estação de rastreio de Alcântara, no Maranhão e pela estação de rastreio

24 de Cuiabá em Mato Grosso. Apresenta-se também informações sobre o sistema de dinâmica orbital desenvolvido para o centro de satélites do NPE, que se subdivide em determinação da órbita e determinação de altitude. Finalmente destaca os próximos satélites a serem lançados pelo NPE: FBM micro-satélite científico desenvolvido em conjunto com Brasil e França. Previsão de lançamento é para 00. SABE, desenvolvido pela Argentina, Brasil e Espanha, com previsão de lançamento para 008. SSR e SSR, são pequenos satélites de observação da região tropical, com data prevista para lançamento em 008/009. SCD3, satélite com missão semelhante ao SCD e SCD tem data prevista para ser lançado em 00. Zanardi e Real (003a) e Assis, Zanardi e Kuga (003) apresentam o desenvolvimento do modelo de quadripolo para o campo geomagnético. Zanardi e Real (003) apresentam comparações numéricas entre as magnitudes dos torques residual e devido às correntes de Foucault, tanto para o modelo de dipolo quanto para o modelo de quadripolo, considerando dados de satélites de pequeno porte (similares aos dos satélites SCD e SCD). Observa-se que a magnitude de ambos os torques decrescem com a altitude em relação da superfície da Terra, sendo da ordem de 0 - Nm para o torque magnético residual e da ordem de 0-5 Nm (para SCD) e 0 - Nm (para o SCD) para o torque devido às correntes de Foucault. As diferenças de magnitudes dos torques com o modelo de dipolo e de quadripolo são maiores para os dados do satélite similar ao SCD. Zanardi e Real (003b) apresentam modelos matemáticos clássicos para os diversos torques atuantes em satélites artificiais com baixa altitude: torque de radiação solar direta, torque aerodinâmico, torque residual, torque devido às corrente de Foucault e torque de gradiente de gravidade. Comparações das magnitudes destes torque com relação a altitude em relação a superfície da Terra são apresentadas, considerando satélites de médio e pequeno porte. O torque aerodinâmico prevalece sobre os demais até altitudes próximas de 00 km. Para os satélites de pequeno porte com características similares ao SDD e SCD 7

25 observa-se que o torque residual e de gradiente de gravidade predominam sobre os torques devido às correntes de Foucault e de pressão de radiação solar. As diferenças das magnitudes dos torques magnéticos residual e devido às correntes de Foucault obtidas tanto para o modelo de dipolo quanto para o modelo de quadripolo são também discutidas. Zanardi, Quirelli e Kuga ( 003a) enfatizam a influência do torque magnético devido às correntes de Foucault no módulo da velocidade de rotação de satélites estabilizados por rotação. A obtenção das componentes médias do torque devido às correntes de Foulcault no sistema fixo no satélite é discutida detalhadamente, com o campo geomagnético descrito pelo vetor de dipolo. Quirelli, Zanardi e Kuga (003) destacam a solução analítica determinada para as equações do movimento rotacional de satélites artificiais estabilizados por rotação, com a inclusão das componentes médias do torque residual e devido às correntes de Foucault. Estas soluções são válidas para um período orbital e mostram o decaimento exponencial do módulo da velocidade de rotação, relacionada com o torque devido às correntes de Foucault, e a precessão do eixo de rotação devido a ação conjunta do torque residual e devido às correntes de Foucault. Zanardi, Quirelli e Kuga (003b) discutem a abordagem analítica geral envolvendo o movimento rotacional do satélite estabilizado por rotação, com a inclusão dos dois torques magnéticos. mplementações numéricas foram realizadas com os dados do satélites de coleta de dados brasileiros ( SCD e SCD). As simulações numéricas realizadas mostram a concordância entre a solução analítica obtida e o comportamento real do satélite, dentro da abordagem analítica realizada. O erro médio de apontamento foi de o para o SCD e de 0.8 o para o SCD, em concordância com os dados do Centro de Controle de Satélites do NPE. Os trabalhos acima relacionados foram estudados e contribuíram para uma melhor compreensão da análise realizada nesta dissertação. 8

26 A abordagem analítica a ser apresentada nesta dissertação dará continuidade as abordagens analíticas realizadas em Quirelli (00), Quirelli, Zanardi e Kuga (00), Zanardi e Real (003a) e Assis, Zanardi e Kuga (003) no que se refere a propagação analítica da atitude de satélites estabilizados por rotação com o torque magnético residual e na utilização do modelo de quadripolo para a descrever o campo geomagnético. Os procedimentos necessários para obter as componentes do torque magnético residual médio com o modelo de quadripolo já foram discutidas em Assis (00) e Zanardi, Assis e Kuga (00). Os desenvolvimentos envolvem um grande volume de cálculos algébricos, o que acarreta em limitações na abordagem analítica realizada. 9

27 CAPÍTULO 3 SSTEMAS DE REFERÊNCAS Neste capítulo são introduzidos os sistemas de coordenadas utilizados no decorrer deste trabalho e as matrizes de rotações que relacionam estes sistemas, as quais são necessárias no desenvolvimento do torque magnético residual médio e na determinação de suas componentes no sistema fixo no satélite. As matrizes de rotação estão definidas em termos de ângulos de Euler, envolvendo os elementos orbitais, a ascensão reta e declinação do eixo de rotação do satélite. 3. SSTEMA EQUATORAL NERCAL O sistema de coordenadas denominado geocêntrico, representado por O XYZ, possui sua origem no centro de massa da Terra, com o plano de referência O XY paralelo ao plano do Equador terrestre, com o eixo O X apontando na direção do ponto vernal (intersecção do plano da eclíptica com o plano do equador terrestre), o eixo O Z na direção do pólo norte e o eixo O Y forma o sistema dextrogiro. Ao vetores unitários deste sistema são representados por Î, Ĵ, Kˆ. 3. SSTEMA EQUATORAL Neste sistema OXYZ, a origem coincide com o centro de massa do satélite O e os eixos são paralelos aos do sistema geocêntrico inercial. Assim os vetores unitários deste sistema também são representados por Î, Ĵ, Kˆ.

28 3.3 SSTEMA DO SATÉLTE O sistema do satélite Oxyz, está associado ao eixo de rotação ŝ do satélite em torno de seu centro de massa O, com o eixo Oz na direção deste eixo de rotação, o plano Oxy é perpendicular a Oz, com o eixo Ox na intersecção de Oxy com o plano equatorial OXY e o eixo Oy formando o sistema dextrogiro. Os vetores unitários deste sistema são representados por î, ĵ, kˆ. Este sistema está representado na Figura, juntamente com o sistema equatorial, onde também estão representados os ângulos ascensão reta α e a declinação δ que expressam a posição do eixo de rotação em relação ao sistema equatorial, sendo definidos por: α - ângulo que a projeção do eixo de rotação k ) no plano OXY forma com o eixo OX; δ - ângulo que o eixo de rotação k ) forma com o eixo OZ. Pela Figura observamos que o sistema do satélite Oxyz é obtido do sistema geocêntrico OXYZ através de: - rotação de (α ) no eixo OZ, a qual associamos a matriz de rotação o RZ ( α 70 ) ; o - rotação de ( δ ) R X ( 90 δ ). 90 no eixo Ox, a qual associamos a matriz de rotação e: Desta maneira, estes dois sistemas se relacionam através da matriz de rotação R

29 iˆ ˆj k ˆ ˆ R Jˆ Kˆ (3.) com: R ( 90 o δ ), ( α 70 o ) R x R z senα cosα 0 R senδ cosα senδ senα cosδ (3.) cosδ cosα cosδ senα senδ A matriz de rotação R é útil na determinação das componentes do campo geomagnético no sistema do satélite, uma vez que se conheça as componentes deste campo no sistema inercial. As componentes do campo geomagnético no sistema do satélite são utilizadas para determinar as componentes do torque residual neste sistema, as quais são necessárias nas equações do movimento rotacional do satélite estabilizado por rotação. Logo, com a substituição da equação (3.) em (3.), as componentes dos versores do sistema do satélite no sistema equatorial são dadas por: iˆ senα ˆ cosα Jˆ ˆj senδ cosα ˆ senδ senα Jˆ cosδ Kˆ kˆ cosδ cosα ˆ cosδ senα Jˆ senδ Kˆ (3.3) Os vetores unitários Î, Ĵ, Kˆ podem ser representados em termos dos vetores unitários do sistema do satélite, utilizando a transposta da matriz R, dada na equação (3.), de modo que: ˆ Senα ˆ Senδ Cosα ˆj Cosδ Cosα kˆ Jˆ Cosα ˆ Senδ Senα ˆj Cosδ Senα kˆ Kˆ Cosδ ˆ Senδ ˆj (3.) 3

30 ) Figura Sistema Equatorial (,Ĵ, Kˆ ), Sistema dos Satélite ( î, ĵ,kˆ ), orientação do eixo de rotação (k ) ), ascensão reta (α) e declinação (δ) do eixo de rotação. 3.. SSTEMA ORBTAL O sistema orbital O ' x y z está associado com o movimento translacional do s s s satélite em torno da Terra, sendo que o plano O ' x s y coincide com o plano orbital, o eixo s O ' x s está na direção radial (que une o centro de massa do satélite ao centro de massa da Terra), O 'zs é perpendicular ao plano orbital e O ' ys forma o sistema dextrogiro. Os vetores unitários deste sistema são representados por representado na Figura. î, ĵ, kˆ. Este sistema está s s s

31 ) Figura - Sistema Equatorial (,Ĵ, Kˆ ) e Sistema Orbital ( î s, ĵs, kˆ s ). ( Fonte: Adaptado de Bate et al ( 97)) Sabe-se que o sistema orbital (Bate et al., 97) relaciona-se com o sistema geocêntrico através dos elementos orbitais, ou seja, o sistema orbital é obtido do sistema geocêntrico através da seqüência de ângulos de Euler 3--3, envolvendo a longitude do nodo ascendente ( Ω ), a inclinação orbital (), a soma da anomalia verdadeira (ν) e o argumento do perigeu (ω) respectivamente, de modo que: îs kˆs ĵ s R Î Ĵ Kˆ (3.5) em que: r r r3 R r r r3 (3.5.a) r3 r3 r33 5

32 sendo: r r r r r r r r r cosω cos ( ω υ) sen Ω sen ( ω υ) cos sen Ω cos( ω υ) cosω sen ( ω υ) cos sen ( ω υ) sen cosω sen ( ω υ) sen Ω cos( ω υ) cos sen Ω sen ( ω υ) cosω cos( ω υ) cos cos( ω υ) sen sen Ω sen cosω cos sen (3.5.b) Substituindo a matriz de rotação R, dada pela equação (3.5.a) e (3.5.b), em (3.), os vetores unitários do sistema orbital representados no sistema equatorial são dados por: iˆ s (cosω cos( ω υ) cos sen( ω υ) sen Ω) ˆ (cos( ω υ) sen Ω cos sen( ω υ) cosω) Jˆ (sen( ω υ) sen ) Kˆ ˆj (cosω sen( ω υ) cos cos( ω υ) sen Ω) ˆ s ( sen( ω υ) sen Ω cos cos( ω υ) cosω) Jˆ (cos( ω υ) sen ) Kˆ kˆ (sen sen Ω) ˆ (sen cosω) Jˆ (cos ) Kˆ s (3.) A matriz de rotação R é necessária na determinação das relações existentes entre a ascensão reta e declinação do vetor posição e os elementos orbitais.

33 CAPÍTULO CAMPO MAGNÉTCO DA TERRA Neste capítulo são introduzidos os modelos de dipolo e quadripolo para o campo magnético da Terra. As componentes do campo geomagnético no sistema do satélite são necessárias na determinação das componentes do torque magnético residual no sistema do satélite.. CONCETO O termo Campo Magnético foi empregado pela primeira vez, pelo químico e físico Michael Faraday ( 79-87). Em 838, Karl Fridrich Gauss ( ), matemático, astrônomo e físico alemão, obteve uma representação matemática aproximada para destacar o campo magnético terrestre. Como o campo magnético gira com a Terra, sendo uma indicação clara que o campo origina onde está a Terra, e devido à natureza esférica da Terra, o potencial é devidamente representado em harmônicos esféricos ( WERTZ, 978): n k r n t m m m V ( r, φ, θ) rt ( gn cosmθ h n sen mθ) Pn ( φ) (.) n r m 0 em que r t é o raio equatorial médio da Terra, m m g n, h n são os coeficientes Gaussianos, m P n (φ) são os Polinômios associados de Legendre, r,φ,θ representam a distância geocêntrica, a co-latitude e a longitude de um ponto no espaço, respectivamente. Pelo truncamento do desenvolvimento da série de harmônicos esféricos da equação (.), é estabelecido o modelo a ser considerado para o campo geomagnético: se n vale, o potencial é chamado de Modelo de Dipolo; se n vale e então é chamado de Modelo de Quadripolo ( modelo que será utilizado neste trabalho); quando n assume valores igual ou maior que 3, o potencial é chamado de Múltiplos Pólos. Os coeficientes Gaussianos são 7

34 determinados empiricamente pelo método de mínimos quadrados para medidas do campo, os quais, são encontrados no nternational Geomagnetic Reference Field, mostrados em Wertz (978), para a época de 975. O campo magnético terrestre não é tão regular e estático como pensamos. Existem fenômenos observáveis, que não ocorreriam se a Terra não apresentasse seu campo magnético. Devido ao fato do campo magnético terrestre possuir importantes variações locais ocasionado por diferenças nas propriedades magnéticas das rochas que constituem a crosta terrestre e pela presença de minérios magnéticos concentrados. Variações também ocorrem de acordo com a latitude local, a declinação e a inclinação magnéticas médias variam de ano a ano em qualquer local. Também ocorre variações devido ao vento solar: o sol emite uma corrente constante de átomos de hidrogênio ionizados ( prótons) e de elétrons que varre o Sistema Solar com velocidade supersônica. Este vento solar interage fortemente com o campo magnético da Terra. A intensidade desses ventos solar produzem tempestades magnéticas terrestre que interferem seriamente nas comunicações radiofônicas de longa distância. A diferença de ângulo entre o norte magnético e o geográfico recebe o nome de declinação magnética ou variação magnética. O valor deste ângulo não é constante em todos os pontos da Terra. O plano perpendicular ao centro do dipolo magnético terrestre é chamado de equador magnético. O magnetismo terrestre pode estar relacionado com o fato do núcleo central da Terra ser líquido, altamente condutor e acompanhar a rotação da Terra, sendo que o raio deste núcleo representa 55% do raio da Terra.. COMPONENTES DO CAMPO GEOMAGNÉTCO O campo geomagnético terrestre pode ser expressado como o gradiente de um potencial escalar V, como mostrado abaixo (WERTZ,978): r B V (.) 8

35 9 em que o potencial geomagnético V está representado na equação (.). Em termos de coordenadas esféricas (r,φ, θ), o gradiente do potencial é dado por: φ θθ φ ˆ ˆ ˆ B B r B B r r (.3) em que: r B r V - (.) φ φ φ V r B sen (.5) θ φ θ V r B sen - (.) Substituindo o potencial (V) dado por (.) nas equações (.) a (.) e evoluindo os cálculos, obtém-se (WERTZ,978): k n n m m n m n m n n t r P m h m g r r n B 0,,, ) ( ) sen cos ( ) ( φ θ θ (.7) k n n m m n m n m n n t d dp m h m g r r B 0,,, ) ( ) sen cos ( φ φ θ θ φ (.8) k n n m m n m n m n n t P m h m g r r B 0,,, ) ( ) cos sen ( sen φ θ θ φ θ (.9) sendo que g n,m, h n,m e P n,m são funções dos coeficientes Gaussianos e de funções auxiliares S m,n, sendo expressos por:

36 0 (.) (.) (.0),,,,,, m n m n m n m n m n m n m n m n m n P S P h S h g S g As funções S n,m não dependem de r, φ, θ, e são dadas por Wertz (978): (.) para, 3) )( ( - ) ( (.5) para, ) )( (, -,, > n n n m n K m m n m n S S m n K m m n m n δ (.) para, (.3) -,0,0 0,0 n n n S S S n n (.9) sen (.8) (.7) para 0,,, 0,0, n n n n m n P P P n K φ (.3) - ) - (sen ) (cos (.) ) (cos ) (sen P (.) 0 (.0) - cos,,,,,,,, 0,0,,,, φ φ φ φ φ φ φ φ φ φ φ m n m n m n m n m n n n n n n n m n m n m n m n P K P P P P P P P K P P onde K δ é o Delta de Kronecker, de modo que i j K δ, se i j e 0 i j K δ, se i j. Nos modelos de dipolo e quadripolo para o campo geomagnético, que serão discutidos a seguir, n assume valores e, enquanto m assume valores de 0 a. Assim as parcelas acima para estes valores de n e m são dadas por:

37 S S S S S,0,,0,,,5 3 3 g, g (.9) g,0 g 0 (.30) g,0,5 g 0 (.3) g, 3 g (.3) g, 3/ g (.33) (.) (.5) (.) (.7) (.8) P P P P P,0,,0, ( φ) cosφ ( φ) senφ, ( φ) cos φ 3 ( φ) cosφ senφ ( φ) sen φ (.3) (.35) (.3) (.37) (.38),0 P - senφ φ, P cosφ φ,0 P - cosφ senφ φ, P cosφ φ, P sen φ φ (.39) (.0) (.) (.) (.3) h, h (.)

38 h, 3 h (.5) h, 3 h (.).3 MODELO DE DPOLO MAGNÉTCO Para o modelo de dipolo considera-se n igual a e m variando de 0 a. Substituindo nas equações (.7 ) a (.9 ), tem-se que ( WERTZ,978): 3 0 [ g cosφ ( g cosθ h sen θ ) φ ] rt Br sen (.7) r B B φ θ rt r rt r [ g sen φ ( g cosθ h sen θ ) cosφ ] [ g sen θ h cosθ ] (.8) (.9) Observa-se que n,m m n,m m gn e h h n para os valores de n e m no modelo de dipolo, g visto que S,0 e S,, assumem o valor a partir das equações (.) e (.5).. O MODELO DE QUADRPOLO MAGNÉTCO Para o modelo de quadripolo magnético considera-se n variando de a e m assumindo valores de 0 até nas equações (.7) a (.9). A diferença deste modelo quando comparado com o modelo de Dipolo é a existência de mais termos nas expressões de B r, B φ e B θ.

39 Portanto aplicando os valores de n e m nos somatórios da equação (.7), tem-se que (ZANARD e REAL, 003a): rt Br ( n ) n r 3 rt,0 Br g P r n m 0 rt 3 r ( g n, m cosmθ h n, m sen mθ ) P n, m ( φ),0,,, { ( φ ) [ g cos( θ ) h sen( θ ) ] P ( φ )} 3 { g [ g,0, P,0 [ g, cos(θ ) h cos( θ ) h,, sen(θ )] P sen( θ )] P, ( φ)}, ( φ) (.50) (.5) em que P,0 (φ), P, (φ), P,0 (φ), P, (φ) e P, (φ) são dados respectivamente pelas equações (.3), (.35), (.3), (.37) e (.38). Assim, B r pode ser expresso na forma: 3 Br rt rt f ( θ, φ) 3 f ( θ, φ) (.5) r r sendo 0 { g cos( φ ) [ g cos( θ ) sen( θ ) ] sen( φ )} f ( θ, φ) h (.53) f ( θ, φ) {,5 g 3 (cos ( φ) - 3 ) [ g cos(θ ) h sen(θ )] sen ( φ )} 0 [ 3g cos( θ ) 3 h sen( θ ) ] cosφ senφ (.5) 0 sendo que os coeficientes gaussianos g, g, g, g g, h 0, h,, h podem ser obtidos em Wertz (978). Aplicando agora os valores de n nos somatórios da equação (.8), tem-se (ZANARD e REAL, 003a): 3

40 P n n, m rt n, m n, m ( g cosmθ h senmθ ) n m 0 φ B φ r rt Bφ r rt r 3 { g { g,0,0 P P,0 φ,0 φ ( φ ) ( φ ),, [ g cos( θ ) h sen( θ ) ],, [ g cos( θ ) h sen( θ ) ],, [ g cos(θ ) h sen(θ ) ] P, φ ( φ ) P P, φ, φ ( φ ) ( φ ) } ( φ ) (.55) (.5) Substituindo dp,0 (φ)/dφ, dp, (φ)/dφ e dp, (φ)/dφ dados pelas equações (.), (.) e (.3), em (.5), B φ pode ser colocado na forma: rt r 3 f rt ( θ, φ) r Bφ 3 (.57) f ( θ, φ) sendo 0 { g senφ [ g cos( θ ) sen( θ ) ] cosφ} f 3 ( θ, φ,) h (.58) f ( θ, φ) { g 3 g 0 cos(θ ) cosφ senφ [ g 3 h 3 cos( θ ) h sen(θ )]sen φ} 3 sen( θ )]cosφ (.59) 0 0 em que os valores de g, g,g,g,g, h,h, h são tabelados em Wertz (978). Finalmente, aplicando os valores de n e m nos somatórios da equação (.9), tem-se (ZANARD e REAL, 003a):

41 n rt Bθ - m senφ n r m 0 n, m m ( θ θ ) n, m n, g senm h cos m P ( φ ) (.0) B θ rt - { senφ r rt r rt r 3,,, [- g sen( θ ) h cos( θ ) ] P ( φ ),,, [- g sen( θ ) h cos( θ ) ] P ( φ ),,, [- g sen(θ ) h cos(θ ) ] P ( φ )} (.) onde os valores de P, (φ), P, (φ) e P, (φ) são dados nas equações (.35), (.37) e (.38) respectivamente e B θ pode ser colocado na forma: 3 B 7 rt rt rt θ { f5 ( θ, φ) f ( θ, φ) f ( φ, θ)} (.) sen φ r r r em que: [- g sen( θ ) cos( θ ) ] sen( φ ) [- g sen( θ ) cos( θ ) ] cosφ senφ f 5 ( θ, φ) h (.3) f ( θ, φ) h (.) f 7 ( θ, φ) - 3 sen(θ ) 3 cos(θ ) sen φ g h (.5) Pela comparação das expressões (.5), (.57) e (.) válidas para o modelo de quadripolo com as expressões (.7), (.8) e (.9) válidas para o modelo de dipolo, r observa-se a inclusão de termos da ordem de t r no modelo de quadripolo..5 COMPONENTES DO CAMPO GEOMAGNÉTCO NO SSTEMA DO SATÉLTE Nas equações do movimento rotacional será necessário conhecer as componentes do campo geomagnético no sistema do satélite ( definido no Cap.3). 5

42 No Sistema Equatorial, as componentes do campo geomagnético são dadas por Wertz (978): B B B Y X Z ( B ( B cosδ B cosδ B B senδ B r r r φ φ φ senδ )cosα B senδ )senα B cosδ θ θ senα cosα (.) (.7) (.8) em que α e δ são a ascensão reta e a declinação do vetor posição, respectivamente. Como conhece-se as componentes do campo magnético ( B r ) no Sistema Equatorial, dados pelas expressões (.) a (.8), pode-se obter suas componentes no sistema de satélite: r B B iˆ B ˆj B kˆ x y z (.9) em que iˆ, ˆ, j kˆ são os versores do sistema do satélite. Utilizando a matriz de rotação que relaciona o sistema do satélite com o sistema geocêntrico,dada por (3.), e as relações (3.), as componentes do campo geomagnético no sistema do satélite são dadas por : B x - B X senα B Y cos α (.70) B y -B X sen δ cos α - B Y sen δ sen α B Z cosδ (.7) B z B X sen δcos α B Y cos δ sen α B Z sen δ (.7) em que α e δ são a ascensão reta e a declinação do eixo de rotação do satélite, respectivamente. As componentes B x, B y e B z serão utilizadas na determinação do torque magnético residual. Através das relações (.) a (.8), estas componentes podem ser obtidas em termos das componentes horizontais do campo geomagnético B r, B φ e B θ.

43 CAPÍTULO 5 TORQUE MAGNÉTCO RESDUAL COM MODELO DE QUADRPOLO No desenvolvimento deste trabalho, o processo de integração das equações de Euler para satélites estabilizados por rotação inclui apenas o torque residual médio. Neste capítulo são determinadas as componentes do torque magnético residual médio no sistema do satélite, considerando o satélite em órbita circular, com o campo magnético da Terra descrito pelo modelo de quadripolo. A utilização do torque residual médio já inclui os principais efeitos associados com o torque magnético residual. 5. COMENTÁROS NCAS O torque magnético atuante em satélites artificiais resulta da interação entre o campo magnético residual do satélite e o campo magnético da Terra. As principais fontes causadoras do torque magnético são o momento magnético do satélite, as correntes de Foucault e a histerese, sendo o momento magnético do satélite a fonte dominante. Geralmente é selecionado um material, no projeto da construção do satélite, que permitem que sejam negligenciadas as demais fontes. O torque magnético pode ser subdividido em: a) Torque Magnético Residual: ocorre devido ao momento magnético ao longo do eixo de rotação do satélite. Este torque contribui para uma lenta precessão do eixo de rotação, e pode ser obtido por Wertz (978): r r r mxb (5.) N r em que B r é campo magnético terrestre local e m r é a soma dos momentos magnéticos individuais do satélite. 8

44 b) Torque devido às correntes de Foucault: ocorre em conseqüência do movimento de rotação do satélite e às correntes induzidas de Foucault que circulam pelas superfícies metálicas do satélite, causando um decaimento de perfil exponencial na velocidade de rotação. Este torque é descrito por Wertz (978): r N i r r r p B (5.) ( B W ) sendo W r a velocidade angular de rotação, B r o campo magnético terrestre local, e p um coeficiente que depende da geometria do satélite e da condutividade do material. c) Torque de Histerese: é causado pela perda de energia em forma de calor durante o movimento de rotação do satélite, devido ao atrito com o campo geomagnético. Os efeitos deste torque são apreciáveis apenas em materiais nos quais variações no campo magnético local causam grandes variações no momento magnético do satélite. O enfoque deste trabalho está voltado para a análise da influência do torque magnético residual em satélites estabilizados por rotação, admitindo-se que o material do satélite possui características que tornam desprezíveis o efeito do torque de histerese. Sabese que o principal efeito do torque devido às correntes de Foucault ( WERTZ, 978; QURELL, 00) é o decaimento exponencial da velocidade de rotação do satélite. No entanto este efeito não é considerado neste trabalho, devido ao grande volume de cálculo já associado com a abordagem analítica a ser realizada com o torque devido ao momento magnético residual. 5. TORQUE MAGNÉTCO RESDUAL A interação do campo magnético do satélite com o campo magnético terrestre produz o torque magnético residual N r r dado por (5.). Quando a parcela principal do momento magnético residual do satélite se alinha ao longo do eixo de rotação, o torque magnético residual instantâneo é obtido por: r r N M kˆ x B (5.3) r s 9

45 em que: M s é o módulo do momento magnético residual do satélite ao longo do eixo de rotação, kˆ é o vetor unitário ao longo do eixo de rotação do satélite, e B r é o campo magnético terrestre local ( Kg A s ) Efetuando o produto vetorial em (5.3), com o campo magnético terrestre B r expresso no sistema do satélite e dado por (.9), o torque residual instantâneo no sistema do satélite é dado por: r N r N rx iˆ N ry ˆj (5.) com: N rx - B y M s (5.5) N ry B x M s (5.) em que B x e B y estão expressos nas equações (.70) e (.7) respectivamente. 5.3 Torque Magnético Residual Médio O torque residual médio é obtido através da integração do torque magnético residual instantâneo, dado por (5.), em um período orbital ( T), ou seja: r N r T ti T m ti r N r dt (5.7) sendo t o tempo, t o instante inicial e T o período orbital. i Considera-se aqui o satélite em órbita circular, de modo que a média pode ser desenvolvida em termos do ângulo de argumento de latitude (w) : 30

46 w w υ (5.8) sendo w o argumento do pericentro e ν a anomalia verdadeira. Para o caso da órbita circular, o módulo do vetor posição é o próprio semi-eixo maior da órbita e d w ndt (5.9) com n sendo o movimento médio: π n, (5.0) T de modo que: Tdw dt. (5.) π Logo substituindo (5.) em (5.7), o torque residual médio é dado por: r N rm w π i π wi r N r dw. (5.) Sem perda de generalidade, é aqui considerado que w 0, o que corresponde ao satélite estar cruzando o plano do Equador. Substituindo (5.) em (5.), o torque residual médio é expresso por: i r N rm π π M s B dw iˆ y B π 0 0 x dw ˆj (5.3) 3

47 Definindo: π M s N rxm B y dw, (5.) π 0 π M s N rym B x dw, (5.5) π 0 o torque residual médio pode ser representado por: r N rm N rxm iˆ N rym ˆj (5.) Uma vez conhecidas as componentes do torque residual médio no sistema do satélite, as equações do movimento rotacional do satélite estabilizado por rotação podem ser integradas. Com o torque residual médio dado em (5.), observa-se que sua componente ao longo do eixo de rotação é nula, de modo que o módulo da velocidade não é afetado por este torque, como será verificado no Capítulo. Para evoluir as integrais (5.) e (5.5) é necessário obter as componentes do campo magnético B x e B y em termos do ângulo w, utilizando as matrizes de rotação introduzidas no capítulo 3 e propriedades de trigonometria esférica, como será discutido a seguir. 5. DETERMNAÇÃO DA COMPONENTE N RXM Para obter a componente N rxm do torque magnético residual médio, dada por (5.), inicialmente substitui-se B y em termos das componentes do campo geomagnético no sistema equatorial, utilizando (.7): N rxm - M s π π { - senδ cosα π B dw senδ senα 0 X B dw 0 Y cos δ π B Z dw } (5.7) 0 3

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